Review AGON GM510 | Mouse gamer ultraleve de 58g barato
Por Felipe Vidal • Editado por Jones Oliveira

O AGON GM510 é um mouse gamer ultraleve de apenas 58g voltado para jogadores de FPS. O modelo chama a atenção pelo seu sensor Pixart, compatibilidade com o NVIDIA Reflex e o peso reduzido.
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A AOC vem em uma crescente na sua expansão de periféricos pelo Brasil. Com bons acertos em teclados mecânicos, a marca tem um futuro interessante pela frente e resolveu investir em modelos ultraleves. Nessa toada, o AGON GM510 se destaca, e nós decidimos analisar o produto para ajudar você a descobrir se vale a pena comprá-lo.
Prós
- Peso de apenas 58g
- Cabo ultraflex
- Preço muito competitivo
- Switches Kailh
- Compatível com NVIDIA Reflex
Contras
- Software problemático
- Não recomendado para pegada palm
Design
Apesar do RGB logo de cara, o AGON GM510 não tem muitas firulas. O aspecto de um mouse relativamente simples é nítido, mas que consegue manter um nível de charme atraente para os gamers.
Assim como a maioria dos mouses ultraleves do mercado, esse não foge da regra e chega com vários furinhos na parte posterior da carcaça, adotando o famoso aspecto de colmeia. Para quem tem tripofobia ou simplesmente não gosta de mouses assim, o GM510 não passa no teste. No entanto, confesso que o formato mais variado dos furinhos dá um toque bem divertido a esse aparelho, sem ser aquele visual protocolar demais.
Certamente, a iluminação RGB marca presença de maneira contundente. Dentro do aparelho há um ponto de LED posicionado no logotipo da AOC. O grande diferencial é que essa iluminação, quando vista por dentro, parece uma teia de aranha e gera um show de cores bem bonito. Inclusive, toda a iluminação é personalizável graças a um software.
O peso é o principal diferencial do AGON GM510, uma vez que o periférico tem apenas 58g. Esse fato coloca o mouse na prateleira de cima dos mouses ultraleves vendidos no Brasil, já que poucos são os modelos que ofertam essa característica.
O AGON GM510 é um dos únicos mouses ultraleves com apenas 58g no Brasil, tornando esse um dos periféricos mais interessantes para jogadores de entrada que querem jogar FPS com bastante suavidade.
— Felipe Vidal
Construção
Assim como no design, o AGON GM510 conta com uma construção simples. Basicamente toda a estrutura do periférico é feita de plástico, algo que certamente possui o intuito de tornar o dispositivo mais leve, além de baratear os custos. Ainda assim, é um material bom, mas que carrega muitas marcas de dedo com pouco tempo de uso.
Sensor óptico e switch
Para os botões, a AOC fez bem ao inserir os switches Kailh, que garantem uma experiência bem competente no uso diário e já carrega a fama de ser um tipo de interruptor durável. O mesmo vale para o sensor desse mouse óptico, o Pixart 3389. Esse é outro ponto em que a AOC merece elogios, visto que esse é um sensor de qualidade e acompanha até 16.000 DPI.
O mouse possui polling rate de até 1.000 Hz e DPI pré-definido que varia em seis níveis: 1.200, 1.600, 3.200, 6.400, 12.000 e 16.000. Nos testes que fiz, usando um monitor Full HD de 144Hz, o uso em 3.200 DPI foi suficiente, mas algo em torno de 4.000 me agradou mais. Já em testes usando um notebook com tela QHD+ de 240Hz, a pré-definição próxima aos 6.400 é mais indicada.
Botões
Simples, o GM510 da AGON não inventa na quantidade de botões. Ao todo, o mouse conta com seis, incluindo os dois principais, dois na lateral esquerda, um de DPI ao centro e uma rodinha. Inclusive, a rolagem é padrão, sem nenhum tipo de característica adicional.
Cabo
O AGON GM510 é um mouse com fio, mas bem que poderia ganhar uma versão wireless no futuro. Porém, a realidade é que esse periférico trabalha com um cabo fixo do tipo paracord ultraflex de 1,8 metro e conexão USB Tipo-A padrão, levemente banhada a ouro para aumentar a durabilidade.
Por se tratar de um mouse ultraleve, a escolha desse formato de cabo flexível se mostrou muito acertada, uma vez que ele é menos rígido que o paracord tradicional. Isso evita qualquer tipo de atrito na mesa ou mousepad e mantém a dinâmica principal do produto.
Usabilidade
A experiência de usar o AGON GM510 foi mediana. O aparelho trabalha com um formato ergonômico que se encaixa bem na mão e, teoricamente, funciona com todos os três tipos de pegadas. Nos testes que fiz, o melhor tipo de pegada foi a finger tip (na ponta dos dedos). A minha pegada favorita, palm, até funciona, mas eu daria preferência para finger tip ou claw.
O GM510 é um mouse para destros, mas que pode ser utilizado com a mão esquerda ao desativar os botões laterais. Ele vai funcionar bem para pessoas com mãos pequenas ou médias, mas pode ser desconfortável para quem tem a mão muito grande, já que seu tamanho não é tão avantajado.
Mesmo que eu tenha mãos pequenas, o mouse me causou desconforto. Após algumas semanas de uso, eu não consegui me acostumar com esse modelo tão bem, algo que causou dores em meu pulso. O motivo pode ter sido por conta dessa curva ergonômica lateral que impede a pegada palm de forma mais precisa - como eu disse, a pegada palm funciona, mas recomendo as outras duas.
Experiência de uso
Com foco em games, usar o AGONGM 510 durante minhas partidas caóticas de Call of Duty: Modern Warfare 3 foi uma experiência até que bem positiva. Os botões e switches trabalham de forma equilibrada, proporcionando toques bem precisos e sem barulhos altos.
Essencialmente, esse é um mouse que funciona melhor para os FPS, mas nada te impede de jogar outros games. A resposta é boa e, consequentemente, torna esse periférico um mouse justo. Não é o melhor dos mundos para quem trabalha com muitos textos, até por conta do incômodo que ele me causou, mas funciona de forma aceitável dependendo da sua mão.
O AGON GM510 ainda é um dos poucos mouses do Brasil a ser compatível com o NVIDIA Reflex. Somado a um hardware competente, a tecnologia busca diminuir o atraso nos cliques e dar vantagem competitiva aos jogadores. Em meus testes, isso gera um tempo de resposta mais preciso, que só pode ser observado por olhos mais atentos de jogadores com bastante experiência.
O fato de o AGON GM510 ter compatibilidade com o NVIDIA Reflex ajuda muito quem quer ter precisão máxima nos games por conta da baixa latência nos comandos.
— Felipe Vidal
Software
Assim como outros produtos da linha AGON, o AGON GM510 pode ser customizado no software G-Menu. Lá, os usuários podem personalizar DPI, polling rate, velocidade da rolagem, e criar perfis de uso, além da clássica mudança de cores. Infelizmente, assim como já aconteceu outras vezes, o G-Menu é um programa com bugs e que esquece suas configurações salvas, além de não reconhecer os dispositivos conectados de forma recorrente.
Concorrentes diretos
Com seu peso de apenas 58g e valor na casa dos R$ 150, é até difícil projetar um concorrente para o GM510 da AGON. Hoje, o HyperX Pulsefire Haste é um bom competidor, visto que tem apenas 59g graças ao design com favos de mel. O modelo ainda acompanha um cabo fixo ultraflex, sensor Pixart 3335 de boa qualidade com 16.000 DPI e fitas de fixação inclusas na caixa. No entanto, o modelo da HyperX é mais caro, encontrado na faixa dos R$ 250.
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Vale a pena comprar o AGON GM510?
Com uma construção decente, visual bacana e o fato de ser um dos periféricos mais leves vendidos no Brasil, o AGON GM510 vale a pena para quem quer um mouse gamer ultraleve de boa qualidade e preço baixo. O bom sensor Pixart 3389 e os switches Kailh contribuem para uma experiência sólida em jogos. No entanto, o AGON GM510 não vale a pena para quem tem a pegada palm, possui mãos muitos grandes e quer usar esse mouse para trabalhar ou usar durante todo o dia.