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Amazon teria demitido dezenas de engenheiros após fracasso do Fire Phone

Por| 27 de Agosto de 2015 às 12h01

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Divulgação
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Que a Amazon é a maior varejista online do mundo, isso todo mundo já sabe. Mas de uns tempos para cá a empresa também tem se aventurado em outras áreas. Um dos mercados no qual a entidade direcionou um grande investimento foi o de celulares, com o lançamento do Fire Phone. No entanto, o tiro saiu pela culatra e até hoje a corporação de Jeff Bezos sofre com os prejuízos causados pelas vendas bem abaixo do esperado do primeiro (e talvez último) smartphone da marca.

Agora, os esforços falhos da Amazon em tentar concorrer no mercado de telefones inteligentes teriam atingido a equipe responsável pelo desenvolvimento do aparelho. De acordo com informações do Wall Street Journal, dezenas de engenheiros que trabalhavam no Lab126, divisão que cuida dos dispositivos da empresa - entre eles o Kindle e a Fire TV - foram afastados de seus cargos nas últimas semanas.

O jornal ainda afirma que o tamanho das demissões não pode ser determinado devido a acordos de confidencialidade que os funcionários são obrigados a assinar. Contudo, sabe-se que esta é a primeira vez que um grande número de profissionais é dispensado pela Amazon. Atualmente, a unidade Lab126 tem sedes em Cupertino e Sunnyvale, nos Estados Unidos, e emprega aproximadamente três mil pessoas.

Lançado em julho do ano passado, o Fire Phone foi vendido como um produto revolucionário para a categoria de smartphones. Ele possui tela de 4,7 polegadas, processador quad-core com velocidade de 2,2 GHz, processador gráfico Adreno 330, 2 GB de memória RAM e revestimento resistente em Gorilla Glass em ambos os lados. O grande diferencial do aparelho é um conjunto de quatro câmeras frontais, que recebeu um recurso 3D chamado Dynamic Perspective. Por meio desse recurso, o cliente pode acessar itens pelo site da Amazon e visualizá-los em três dimensões, de acordo com sua perspectiva e posição.

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De fato, o dispositivo parecia inovador e diferente de todos os outros celulares disponíveis naquela época. Mesmo assim, o aparelho não caiu no gosto do público: cerca de dois meses após ser anunciado, foram vendidas apenas 35 mil unidades do gadget. Depois, o que se viu foram várias reduções no preço do smartphone, que custava US$ 199, em um contrato de dois anos, ou US$ 649 caso o consumidor optasse pelo dispositivo desbloqueado.

Bezos chegou a afirmar que não se importava caso o aparelho fracassasse em vendas porque "é preciso fazer apostas ousadas e que elas nem sempre dão certo". Além disso, o custo de fabricação do Fire Phone era muito maior do que o de outros smartphones topo de linha, como a do iPhone 5s - na época, o celular mais recente da Apple.

Como destaca Steven Musil, repórter do site CNET, o que se percebe é que a Amazon não apenas reconheceu sua manobra desastrosa em querer entrar no mercado de smartphones, mas também mudou o foco de sua equipe de desenvolvimento para algo que pode ser um diferencial na vida do usuário. Basta ver as últimas investidas da empresa, o Amazon Echo e o Dash Button, duas plataformas focadas principalmente na Internet das Coisas.

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O Echo é um dispositivo cilíndrico que funciona como uma espécie de assistente pessoal, semelhante ao Google Now e a Siri. Além de acessar a internet, o aparelho pode responder perguntas elaboradas pelo usuário, receber comandos de voz e "aprender" as preferências e o comportamento do dono para entregar uma experiência altamente personalizada. Isso sem contar que ele pode ser plugado em qualquer canto da residência para começar a funcionar.

Enquanto isso, o Dash Button traz aos consumidores a facilidade de efetuar suas compras com apenas um clique. Se faltar sabão em pó ou papel higiênico, por exemplo, basta que o usuário pressione um único botão para comprar aquele item em falta e recebê-lo em casa. Já foram cadastrados 255 produtos nesse sistema, incluindo itens de limpeza, cosméticos, alimentos e outros produtos que geralmente usamos todos os dias.

Fontes: Wall Street Journal, CNET