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Maioria das espécies de corais do mundo deve morrer com o aquecimento global

Por| Editado por Patricia Gnipper | 02 de Fevereiro de 2022 às 12h20

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Tom Fisk/Pexels
Tom Fisk/Pexels

A maior parte dos recifes de corais do mundo está ameaçada com o aquecimento de 1,5 °C na temperatura global. Um estudo liderado pela University of Leeds prevê que, caso as emissões de gases de efeito estufa não sejam limitadas, cerca de 99% dos recifes sofrerão ondas intensas de calor, sem a chance de se recuperar.

Os recifes de corais são considerados os mais vulneráveis ao aquecimento global. Os corais, que levaram milhares de anos para se adaptar a uma temperatura específica, estão cada vez ameaçados pelas ondas de calor intenso nos oceanos.

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Um efeito do aquecimento dos oceanos é o fenômeno do branqueamento desses corais. Basicamente, eles perdem as algas que vivem dentro deles e que fornecem seus alimentos por meio da fotossíntese — eventualmente, a maioria morre nesse processo.

Há muito tempo, o branqueamento em massa dos corais deixou de ser algo pontual, à medida que o clima da Terra aqueceu — e não para de esquentar. Com ondas de calor mais frequentes, boa parte das espécies ficam sem tempo suficiente para se recuperar desse fenômeno.

O novo estudou realizou modelos capazes de analisar as diferentes temperaturas entre os recifes de corais até um quilômetro de distância. Os resultados mostram que, com um aquecimento de 1,5 °C — previsto para o início da próxima década —, 99% dos recifes do mundo sofrerão profundos danos.

Branqueamento dos corais e seus impactos

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A perda massiva dos corais é uma catástrofe para as milhares de espécies marinhas que dependem dos corais para sobreviver, além de um bilhão de pessoas que vivem da biodiversidade encontrada nestes ecossistemas.

As ondas de calor podem provocar um estresse térmico em grandes áreas geográficas. Entre 2015 e 2016, uma onda de calor produziu o branqueamento generalizado nos Oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.

Corais são minúsculos animais que formam um recife com carbonato de cálcio. Eles crescem lentamente, mas a recuperação após o braqueamento pode demorar ainda mais devido à poluição e pesca excessiva.

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Ainda assim, os pesquisadores destacaram alguns trechos de recifes que podem manter temperaturas adequadas para a sobrevivência dos corais no futuro. Segundo eles, isso se deve à ressurgência, pela qual a água mais frio do fundo dos oceanos é trazida para a superfície.

Refúgios térmicos também estão ameaçados

A equipe de cientistas também modelou como os refúgios se comportarão com o aquecimento global, de acordo com projeções de modelos climáticos e dados históricos de satélites. Até 2019%, 84% dos recifes do mundo possuíam algum tipo de abrigo térmico.

No entanto, com o aquecimento de 1,5 °C na temperatura global, apenas 0,2% desses refúgios térmicos resistirá. Só nessa décadas, a maioria dos recifes globais já experimentou ao menos um evento de branqueamento em massa.

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À medida que a temperatura global sobe, as ondas de calor nos oceanos se tornam mais frequentes e intensas, ameaçando ainda mais os corais. Os pesquisadores ressaltaram que o corte de emissões de gases de efeito estufa é a esperança para estes animais.

A pesquisa foi publicada na revista PLOS Climate.

Fonte: PLOS Climate, Via The Conversation