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Efeito estufa faz atmosfera reter dobro do calor em relação a 1993

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Junho de 2024 às 10h53

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NASA Earth Observatory/Wikimedia Commons
NASA Earth Observatory/Wikimedia Commons

Segundo um estudo publicado no periódico científico Earth System Science Data, a razão para o clima estar cada vez mais quente no planeta está na atmosfera — ela estaria retendo mais do que o dobro do calor em relação a três décadas atrás. A pesquisa faz parte do relatório anual chamado Indicadores de Mudança Climática Global, cuja última publicação é de 2023 e juntou 50 cientistas.

O desequilíbrio energético da Terra, representado pela quantia de energia entrando pela atmosfera comparada com a energia que sai, explicaria o calor — caso a afirmação faça lembrar do efeito estufa, você acertou: ele é o responsável por tal desequilíbrio.

Efeito estufa e o calor na atmosfera

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Essa intensificação do efeito estufa é gerada, por sua vez, pela emissão de gases que obstruem a atmosfera — com isso, a luz do sol é capaz de entrar no planeta, mas não consegue mais sair dele. Entre 1974 e 1993, o desequilíbrio energético da Terra ficou em cerca de 0,42 w/m² (watts por metro quadrado), de acordo com a pesquisa. Entre 2004 e 2023, no entanto, o número dobrou, chegando a 0,87 w/m².

E esse aumento não gera só consequências para o conforto térmico dos seres humanos. Os oceanos estão entre os principais afetados, já que absorvem cerca de 90% do excesso de calor. Em 2023, a UNESCO registrou o ano mais quente da história oceânica, e, em fevereiro de 2023, os grandes corpos d’água bateram recordes de temperatura de superfície, chegando a uma média de 21,06 ºC.

A partir daí, outros problemas surgem, já que o calor excessivo nos oceanos diminui sua capacidade de sequestrar o dióxido de carbono, liberando mais CO2 na atmosfera e realimentando o ciclo, já que se trata de um gás do efeito estufa.

Os animais que vivem no oceano também sentem as mudanças, como os corais, que sofrem branqueamento, bem como mudanças nos níveis de oxigênio, que diminuem, e nas correntes marítimas.

Fonte: Earth System Science Data