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5 maiores terremotos que já aconteceram no Brasil

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Dave Goudreau/Unsplash
Dave Goudreau/Unsplash

Quando se pensa em terremotos, é mais comum associar o problema a outros países, como o terremoto de magnitude 9,0 que atingiu a costa nordeste do Japão e causou o desastre nuclear de Fukushima, em 2011. No entanto, os abalos sísmicos, mesmo que em menor intensidade, também são registrados em solo brasileiro. Para contar essa história (pouco conhecida), o Canaltech foi atrás de especialistas para descobrir os 5 maiores terremotos que já aconteceram no Brasil.

Adiantamos que existe até um caso de morte por causa dos efeitos de um terremoto no país. O episódio ocorreu em 2007, no interior de Minas Gerais, em Itacarambi, e causou danos estruturais em mais de 70 casas, além de deixar seis pessoas feridas e causar o óbito de uma menina de 5 anos. Por isso, é considerado o maior terremoto da história do Brasil.  

Os efeitos de destruição de um abalo sísmico não dependem apenas da magnitude, calculada através da escala Richter. Medida a partir da escala Mercalli, a intensidade também dá uma noção importante de como o terremoto será sentido. Outros fatores envolvem a profundidade e a proximidade do epicentro do tremor com cidades e construções.

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5 maiores terremotos que já aconteceram no Brasil

A seguir, confira os 5 maiores terremotos que já aconteceram no Brasil, segundo análise de Bruno Collaço, cientista e sismólogo do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), para o Canaltech:

  1. Terremoto de Itacarambi, em Minas Gerais, no ano de 2007, com magnitude de 4,8. Como adiantamos, é o único caso de morte relacionada a um sismo no Brasil.
  2. Terremoto de Pacajus, no Ceará, no ano de 1980, com magnitude de 5,2. Por causa deste abalo sísmico, muitas pessoas ficaram feridas e mais de 400 casas foram afetadas. Inclusive, foi sentido em Fortaleza;
  3. Terremoto em João Câmara, no Rio Grande do Norte, no ano de 1986, com magnitude de 5,1. O sismo derrubou várias casas e foi associado a uma sequência de outros sismos, com dezenas de eventos no mesmo dia. Após o episódio, muitas pessoas deixaram o local por medo dos tremores, chegando até a vender suas casas e terrenos a preços baixíssimos;
  4. Terremoto em Montes Claros, em Minas Gerais, no ano de 2012, com magnitude de 4,0. Desta vez, várias casas foram afetadas na região, sendo que algumas sofreram danos estruturais e foram classificadas como condenadas pela Defesa Civil. No total, mais de 10 bairros foram afetados;
  5. Terremoto em Tubarão, em Santa Catarina, no ano de 1939, com magnitude de 5,9. O tremor de terra causou pequenas trincas e foi bastante sentido em Florianópolis devido à intensidade VI (o limite desta escala é XII).

Por que terremotos não são comuns no Brasil?

Se voltarmos até o primeiro exemplo mencionado do caso japonês, dá para se perguntar por qual motivo os terremotos não são tão “fortes” no Brasil. A resposta envolve a localização do país, que está na parte central da Placa Sul Americana. Aqui, é importante lembrar que eles só ocorrem por causa da movimentação e do contato entre as placas tectônicas.

“A borda Leste está no meio do Oceano Atlântico — formando a Dorsal Atlântica — e a borda Oeste, está na Costa do Chile, ou seja, estamos bem distantes das bordas”, explica o sismólogo Collaço.

De forma oposta, a grande maioria dos sismos que causam mais destruição ocorrem nas bordas das placas, uma região que não é ocupada pelo Brasil. Este é o caso de inúmeros países, como Chile, Japão e Indonésia, além de toda a região do Oceano Pacífico. 

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Terremotos na Cordilheira dos Andes?

Fora da lista de maiores terremotos que já aconteceram no Brasil, estão alguns sismos de magnitude 6,0 ou mais que ocorrem no Acre, próximo à fronteira com o Peru. Entre eles, está o terremoto de 6,6 que foi registrado em janeiro deste ano, por exemplo.

Esses tremores de terra são muito profundos, com mais de 300 km de profundidade, e podem até ser sentidos pela população, mas com intensidade baixa. Em outras palavras, não chegam a causar nenhum dano. 

Além do poder baixo ou quase nulo de destruição, “estes eventos nem são considerados como sismos realmente brasileiros”, explica o cientista. “Obviamente, eles ocorrem sob o solo do Brasil, mas o mecanismo que gera esses eventos é a subducção da placa de Nazca sob a placa Sul Americana, ou seja, são típicos eventos dos Andes”, detalha.

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“Os tremores típicos brasileiros, diferentemente dos do Acre [associados com a região da Cordilheira dos Andes], ocorrem até uns 5 km de profundidade, em geral até 1 km”, completa Collaço.

Após entender melhor a história dos terremotos e o poder de destruição deles no Brasil, vale conhecer quais foram os maiores abalos sísmicos que já aconteceram no mundo

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