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A Microsoft vai comprar a Steam?

Por| Editado por Durval Ramos | 23 de Maio de 2024 às 17h15

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Reprodução/Microsoft, Steam
Reprodução/Microsoft, Steam
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Um novo rumor de que a Microsoft estaria prestes a comprar a Valve, empresa responsável pela Steam, deixou o universo gamer inquieto. Afinal, estamos falando da empresa dona de uma das maiores e mais poderosas lojas de jogos do mundo e de um negócio que, caso realizado, tenha potencial para transformar a indústria como um todo. Por isso mesmo, uma história um tanto quanto suspeita. Ao mesmo tempo, a sanha aquisitiva da Microsoft vista ao longo dos últimos anos provou que tudo é possível e, por isso mesmo, justificando a apreensão e as dúvidas.

Em 2023, durante o julgamento da FTC, órgão americano que estava decidindo se a Microsoft podia ou não comprar a ActivisionBlizzard, documentos internos da empresa acabaram sendo vazados na internet e revelaram que executivos apoiaram a compra de outras duas empresas, Valve e Nintendo, mostrando que o pessoal não estava nem aí mesmo.

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Essas conversas nunca foram para frente, mas já demonstrava um desejo de Phil Spencer de tentar comprar outra grande empresa de games além da Activision Blizzard, neg´cio que foi fechado por impressionantes US$ 70 bilhões. Porém, um ano depois, um novo rumor, de uma fonte bastante questionável, reacendeu as chamas da internet, principalmente após polêmicas envolvendo a Microsoft, como fechamento de estúdios e mudanças nas estratégias da empresa.

"De acordo com as vozes da minha cabeça"

Tudo parece ter começado quando um criador de conteúdo conhecido dentro da comunidade de Counter-Strike foi até a sua conta do X e cravou ter ouvido que a Microsoft está preparando uma oferta de US$ 16 bilhões para comprar a Valve Corporation, supostamente adquirindo os estúdios de desenvolvimento de jogos, como Half-Life, Team Fortress e Portal, além da Steam, a mais popular plataforma de jogos para computador no mundo.

Sendo bem direto, US$ 16 bilhões não é nada para uma empresa como a Valve, que basicamente domina a maior loja de jogos para PC no mundo. Dior, nome do criador de conteúdo que começou toda essa loucura, ainda afirma que Gabe Newell, presidente da Valve, não seria mais o dono da companhia, ficando com apenas 25% dela e isso poderia indicar que uma decisão da maioria levaria à venda da empresa.

Existem vários problemas nessas ideias trazidas por um criador de conteúdo aleatório na internet. A primeira é o valor da compra.

US$ 16 bilhões de dólares é um valor consideravelmente baixo para comprar uma empresa bem sucedida e com alto valor de mercado. Comprar a Valve e tomar controle da Steam colocaria a Microsoft em uma posição de total liderança no mercado de games para PC, o que por si só, já criaria vários impedimentos para que a compra fosse aprovada. basta lembrar a novela que foi a aquisição da Activision Blizzard e os vários julgamentos antitruste a que o negócio foi submetido.

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Seguindo isso, a Valve é uma empresa privada, com uma estimativa de lucro de US$ 10 bilhões por ano, basicamente sendo uma fábrica de dinheiro. O fato de existirem poucos detalhes públicos sobre as finanças da companhia dificultaria muito até mesmo avaliar quanto a Valve realmente vale. Não precisa ser um especialista financeiro para imaginar que uma oferta como essa da Microsoft poderia ser simplesmente ignorada por Newell.

Além disso, nenhuma fonte respeitável, com um histórico de furos sobre a indústria de games, sequer levantou essa possibilidade de a Microsoft querer comprar a Valve, nem mesmo após o vazamento de documentos em 2023.

Considere tudo isso e lembre das informações de antigos funcionários da divisão de jogos da Microsoft, que afirmam que Satya Nadella e Amy Hood, CEO e CFO da Microsoft, estariam dando ordens em cima do Xbox depois da compra da Activision. A compra de uma empresa como a Valve em um momento como esse apenas deixaria a Microsoft na mira de órgãos reguladores, desenvolvedores e até mesmo os próprios consumidores.

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Portanto, a Microsoft pode comprar a Valve? A empresa foi avaliada em US$ 3 trilhões, então não seria falta de dinheiro que impediria tal compra. Porém, isso é nada além de mensagens em uma rede social de um criador de conteúdo que nunca deu furos sobre a indústria no geral, possivelmente tentando ganhar mais seguidores no processo.

Quando jornalistas experientes e insiders confiáveis passarem a ventilar esse tipo de rumor com seriedade, como aconteceu durante a compra a Activision Blizzard, então é hora de começar a se assustar.