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Firefly | Como funciona a IA geradora de imagens da Adobe

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Reprodução/Adobe
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O Adobe Firefly é um modelo de inteligência artificial generativa focada na geração de imagens e textos. O serviço deve funcionar como um complemento para oferecer melhorias para os aplicativos dos pacotes Creativa Cloud, Document Cloud, Experience Cloud e Adobe Express.

O Firefly funcionará como parte de uma série de serviços de IA do Adobe Sensei, todos planejados para integrar os apps da companhia. Não funcionará como uma solução independente, como o ChatGPT ou o DALL-E, por isso somente os assinantes dos referidos pacotes poderão utilizar a tecnologia.

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Uma das aplicações mais óbvias são os filtros neurais no Photoshop, usados para otimizar retratos de maneira natural e otimizada. Outra aplicação é no reconhecimento e produção de conteúdo do After Effects, trazendo sugestões de melhoria para os vídeos.

Outro uso anunciado pela Adobe é no Acrobat, o famoso gerenciador de PDFs. Os clientes poderão criar, editar, mensurar, otimizar e revisar conteúdos de maneira inédita, com apoio de uma IA pensada para atender a essa necessidade, em poucos segundos.

“Com Firefly, a Adobe trará ‘ingredientes criativos’ generativos alimentados por IA diretamente para os fluxos de trabalho dos clientes, aumentando a produtividade e a expressão criativa para todos os criadores, desde profissionais criativos de ponta até a cauda longa da economia criadora", explicou o presidente de negócios de mídia digital da Adobe, David Wadhwani.

Reforço na criação de conteúdo

Um dos maiores destaques do Firefly é a capacidade de uso por profissionais do setor criativo, como designers, administradores de redes sociais e redatores. A promessa é de a IA ajudar a todos que trabalham com a produção de conteúdo, independentemente da experiência ou habilidade.

O robô inteligente deve atuar de modo amplo na suíte de aplicações, com abrangência em imagens, áudios, vetores, vídeos e renderizações em 3D. Para isso ocorrer, a IA usará pincéis, gradientes, transformações e outras ferramentas hoje exclusivas dos humanos.

Os primeiros aplicativos beneficiados pelo Adobe Firefly serão:

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  • Adobe Express;
  • Adobe Experience Manager;
  • Adobe Photoshop;
  • Adobe Illustrator.

Como funciona o Adobe Firefly?

É difícil delimitar o funcionamento da Firefly, porque ela é uma IA extremamente ampla em termos de usabilidade. Ela não vai apenas responder a perguntas ou gerar imagens, como fazem ChatGPT e DALL-E, respectivamente, pois a sua premissa é antever problemas e entregar soluções.

A ferramenta deve atuar como um verdadeiro assistente, capaz de fornecer ajuda com base no contexto das imagens, vídeos ou documentos. Para entender melhor, é possível ilustrar alguns exemplos.

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Exemplos práticos de uso da Firefly AI

A Firefly pode ver a imagem de uma árvore única na foto de um pasto e sugerir que você duplique ou crie variações dela para povoar a cena. Se você usar a borracha e apagar um pedaço do gramado, a IA pode sugerir a troca daquele espaço em branco por um rio, uma casa ou animal.

No vídeo de demonstração da Adobe, é possível ver uma edição de cores de um Apple Watch extremamente intuitiva com a IA. É só clicar na pulseira para receber opções de cores diferentes e até de texturas variadas, como couro, metal ou borracha.

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Um terceiro caso é a criação de padrões a partir de algo. Se você tem a foto de um cachorro com pelos encaracolados, poderia ser muito difícil replicar estilo visual de maneira natural. Com a IA ativa, é só selecionar uma área para que a ferramenta replique aquela forma, fazendo ajustes automáticos para deixar o resultado crível, como se não tivesse sido manipulado digitalmente.

Geração de imagens a partir de texto

O assistente também pode atuar na geração de artes e fotografias digitais a partir de descrições textuais, como o Bing Image Creator, da Microsoft. O motor da geração de imagens, vídeos e modelos 3D é a IA Picasso, anunciada ontem (21) pela NVIDIA.

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O interessante é que o uso não será restrito apenas a imagens inéditas e 100% geradas pela IA, como em outras ferramentas do mercado. A Adobe pretende adicionar a criação de imagens por texto dentro de conteúdos já existentes ou para ajustar elementos de fotos.

Isso significa que você pode expandir uma paisagem com uma algo não presente na fotografia original ou trocar elementos de algumas áreas. Suponha que exista uma foto de uma flor centralizada: o Firefly pode receber um comando para inserir uma abelha ali, como se estivesse sugando o pólen para fabricar mel. Dá também para selecionar um barco azul e trocá-lo por uma lancha vermelha, enquanto muda a cor escura do mar para um tom esverdeado mais claro.

É provável que esse recurso seja um dos mais problemáticos no início, porque será preciso ter conhecimento amplo da contextualização para entender. Mas se os desenvolvedores conseguirem afinar essa compreensão, a Firefly pode ser a IA generativa mais impressionante já lançada.

Quando o Firefly estará disponível?

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Uma versão Beta do Firefly já está disponível para criadores interessados em experimentar o assistente. O feedback e o uso diário será observado pela Adobe para aplicação promovidas melhorias que tornarão a IA otimizada até o lançamento definitivo.

Quem se interesar pode se inscrever em uma lista de espera e aguardar a liberação da Adobe. Vale lembrar que os assinantes devem poder cortar fila e experimentar as novidades em primeira mão.

Empresas interessadas devem contatar a Adobe para saber mais sobre o funcionamento, embora a companhia ainda não tenha falado nada sobre a liberação de uma API.