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App faz sucesso simulando distância entre usuários durante videoconferências

Por| Editado por Jones Oliveira | 04 de Março de 2021 às 22h40

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Divulgação/SpatialChat
Divulgação/SpatialChat

Trabalhar remotamente não é, nem de longe, aquelas mil maravilhas que alguns profissionais acreditavam que era antes da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Um dos principais desafios desse modelo é o fator comunicação — afinal, que atire a primeira pedra quem já não esteja cansado de realizar reuniões virtuais ou assistir aulas online através de plataformas como Zoom, Teams (da Microsoft) ou Meet (do Google).

Acredite ou não, existem explicações científicas a respeito do porquê nos sentirmos tão desconfortáveis ao usar tais plataformas para nos reunirmos com outras pessoas. Primeiramente, nossos sentidos não conseguem interpretar corretamente a comunicação externa sem que estejamos vislumbrando o interlocutor como um todo — na videoconferência, pequenos gestos e a expressão não-verbal acaba perdida.

Junte isso às sessões intermináveis de reuniões online e temos aquilo que especialistas em psiquiatria já começaram a chamar de “fadiga do Zoom”: um extremo esgotamento psicológico causado pela obrigação de interagir com terceiros através de um pequeno quadrado na tela do celular. Se as coisas continuarem assim, esse distúrbio tem grandes chances de se tornar a nova Síndrome de Burnout.

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Pensando nisso, algumas startups passaram a procurar soluções que ajudem os internautas a se reconectarem de forma "mais humana", mesmo estando quilômetros de distância uns dos outros e impedidos de saírem de suas próprias casas. Uma dessas iniciativas é a SpatialChat, plataforma que foi lançada em Beta em abril de 2020. Quase um ano depois, ela já ostenta 200 mil usuários ativos mensais e 3 mil empresas pagantes.

Slack, Zoom e Teams representam um escritório virtual para muitas equipes, mas a maioria dos nossos clientes afirma que esses apps não são adequados para eles. Eles não fornecem a mesma serendipidade de pensamento que você tem a trabalhar face a face e a ‘fadiga do Zoom’ se tornou um termo por esse motivo. Queremos trazer o melhor do trabalho offline”, explica Almas Abulkhairov, CEO da SpatialChat.

A ferramenta funciona de uma forma bastante divertida: inspirando-se em jogos eletrônicos, ela basicamente cria cenários virtuais (que podem ser salas de aula, escritórios, auditórios, bares e até espaços para shows) e te transforma em um “avatar” que pode se movimentar livremente por esse espaço virtual. Dessa forma, você decide de quem deseja se aproximar para iniciar uma conversa; é possível até juntar uma galera para assistir a um vídeo juntos.

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Dentre sua gama de clientes, a SpatialChat ostenta nomes como Sony, Panasonic, SEGA, LinkedIn, Salesforce e McKinsey, além de ter sido utilizada por educadores de 108 instituições acadêmicas dos EUA, incluindo Harvard, Stanford, Yale e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). É possível usar o app de graça, desbloquear recursos ao pagar uma mensalidade ou organizar projetos especiais como grandes feiras e exposições.

Mas não pense que a SpatialChat é a única solução do tipo: o Teamflow possui uma proposta semelhante, embora seja mais engessada e tenha foco exclusivamente em emular escritórios digitais. Já o Gather é um serviço tão descompromissado que possui até mesmo “gráficos” no melhor estilo videogame retrô, lembrando mais um RPG da era do Super Nintendo do que um software de videoconferência para 2021.

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Não sabemos se estamos vislumbrando um fenômeno passageiro ou o nascimento de um mercado totalmente inédito — será que, em breve, Google e Microsoft terão que adaptar suas soluções para algo mais dinâmico?

Fonte: Yahoo! Finance