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SSD WD Blue SN550 perde 50% de desempenho após mudança em componente

Por| Editado por Wallace Moté | 26 de Agosto de 2021 às 21h12

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Renan da Silva Dores/Canaltech
Renan da Silva Dores/Canaltech
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A Western Digital figura entre as marcas mais renomadas de armazenamento para desktops e notebooks, sempre tendo alguns de seus HDDs e SSDs presentes em listas de recomendações de compra. Entre o vasto portfólio da empresa, uma das soluções mais interessantes, que entrega elevado custo-benefício, é o modelo WD Blue SN550.

Lançado no final de 2019, o modelo para conexão M.2 acessível utiliza interface PCI-E 3.0 x4 e promete velocidades de até 2.600 MB/s de escrita e 1.800 MB/s de leitura, utilizando, entre outras tecnologias, um cache SLC para acelerar o acesso aos dados. Anos após o início das vendas, o componente voltou às notícias neste mês, mas por um motivo não muito agradável.

Nova versão do WD Blue SN550 pode perder 50% de desempenho

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Testes realizados pelo site Expreview com o SN550, e posteriormente refeitos pelo portal Tom's Hardware, revelaram que modelos mais recentes do SSD sofrem com perda substancial de desempenho, da ordem dos 50%, quando há uso intenso do componente. Após preencher o cache SLC por completo, o disco pode chegar a cair para míseros 360 MB/s.

De maneira bastante resumida, o cache SLC é uma tecnologia que emprega um chip extra de memória SLC (Single-Level Cell), que registra apenas um bit por célula. Assim sendo, os processos realizados para acessar esses dados são mais simples e, consequentemente, mais rápidos. Fabricantes de armazenamento, como a Samsung e a própria Western Digital, utilizam o método para acelerar o acesso aos dados.

O problema é que, caso esse cache seja completamente preenchido durante o uso, as taxas de transferência serão fatalmente reduzidas. Para tarefas simples, como navegar pela internet ou até jogar títulos menos complexos, a situação é rara, afetando mais aqueles que precisam acessar o armazenamento de maneira intensa e constante, como durante edição de vídeos em 4K e outras resoluções mais altas.

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Mesmo assim, a queda observada pelos portais é muito brusca e injustificável, mesmo para os padrões de SSDs de entrada. Tudo indica que as grandes culpadas pela perda significativa de desempenho sejam as memórias Flash utilizadas nas versões mais recentes do disco.

Mudanças de componentes seriam culpados

O WD Blue SN550 utiliza um controlador SanDisk 20-82-01008-A1 e memórias NAND SanDisk 96-layer BiCS4 3D TLC, com número de modelo 60523 1T00. O modelo adquirido pelo Expreview foi fabricado em 28 de julho de 2021 e, curiosamente, trazia um número de modelo diferente, 002031 1T00.

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Outra diferença foi percebida no firmware: enquanto O SN550 original utiliza software de versão 211070WD, a unidade obtida pelo site trazia software de versão 233010WD — curiosamente, o firmware do WD Green SN350, um dos modelos mais básicos da Western Digital, também começa com número 23, o que pode indicar alguma relação com o SN550 revisado.

O firmware entre o modelo original e o revisado não são intercambiáveis, e a versão nem mesmo é encontrada pelo painel de gerenciamento quando um SN550 antigo é utilizado, o que sugere que de fato mudanças no hardware foram feitas.

Acredita-se que essas mudanças sejam resultado da escassez de semicondutores — a empresa pode ter optado por utilizar chips de menor qualidade para conseguir atender a demanda. Como aponta o Tom's Hardware, a Western Digital não foi a única a seguir essa prática, estando acompanhada de nomes como ADATA, Patriot e Crucial.

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Considerando o tamanho de 12 GB do cache SLC, dificilmente usuários comuns notariam a diferença de desempenho entre as versões. Apenas consumidores mais avançados, que precisam mover grandes quantidade de dados, sofreriam com a penalidade. Ainda assim, não se pode tirar a culpa da Western Digital de reduzir o desempenho do SSD. A fabricante foi procurada pelo Tom's Hardware para comentar o caso, mas não respondeu os questionamentos até o momento.

Fonte: Tom's Hardware, Ars Technica