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Nvidia pode descontinuar linha GeForce MX para ultrabooks

Por| Editado por Wallace Moté | 19 de Janeiro de 2023 às 13h34

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Reprodução/Nvidia
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Segundo o portal chinês ITHome, a Nvidia pode abandonar a linha de GPUs GeForce MX, dedicada a ultrabooks e laptops de baixo consumo. A decisão poderia ser motivada pelos avanços significativos que os gráficos integrados de processadores modernos apresentaram nos últimos anos, além de melhorias drásticas na eficiência de GPUs dedicadas mais potentes, que poderiam substituir sem grandes dificuldades a série básica.

Repostadas pelo renomado leaker @momomo_us, as informações destacam como, durante a CES 2023, diversos modelos ultrafinos de inúmeras marcas foram apresentados, mas nenhum deles fazia uso de um chip gráfico da família GeForce MX. Enquanto algumas máquinas tiram proveito das GPUs integradas (iGPUs) dos processadores de AMD e Intel, outras apostam na série Arc A300M do time azul, ou mesmo em soluções mais avançadas das famílias Radeon RX 7000 e GeForce RTX 4000, escalonadas para menor consumo.

Nenhum dos dispositivos foi apresentado com uma das GeForce MX 500, os modelos mais recentes apresentados no ano passado, e não há notícias sobre uma eventual linha GeForce MX600, cenário que indica uma baixa demanda pelas soluções básicas da Nvidia. Diante disso, a gigante não teria motivações para atualizar a série com tecnologias mais recentes.

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Conforme destaca o portal, há múltiplos pontos que reforçam essa possibilidade, começando pela enorme evolução apresentada pelas iGPUs mais recentes. Utilizando a arquitetura RDNA 2 das placas RX 6000, a linha Radeon 600M, utilizada nos processadores Ryzen 6000, apresentou um nível de performance surpreendente, possibilitando jogatinas mais intensas mesmo em Full HD. A arquitetura até mesmo dá acesso a recursos de Ray Tracing, ainda que de maneira limitada.

A alta potência também motivou uma explosão no segmento de PCs portáteis como o Steam Deck e o AYANEO 2, potentes o suficiente para entregar taxas de quadro de ao menos 60 FPS em resoluções acima de 720P. Mesmo soluções Iris Xe da Intel, menos potentes que as Radeon integradas, conseguem fornecer desempenho próximo ao da série GeForce MX.

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O segundo argumento é o das limitações dessas GPUs — mais robusta da família, a MX570 possui especificações idênticas às da RTX 2050, que já eram similares às da RTX 3050, mas é fortemente limitada pelo consumo e configuração de memória, com apenas 2 GB de VRAM trabalhando em uma interface de 64-bit.

Fora isso, os avanços apresentados pela família GeForce RTX 4000 parecem ser suficientes para tornar as GPUs MX menos atraentes. A combinação da nova microarquitetura Ada Lovelace com a litografia 4N da TSMC mostrou um enorme ganho de eficiência, a ponto de soluções poderosas como a RTX 4080 e até a RTX 4090 estarem operando bem abaixo do consumo estipulado pela marca, mesmo em tarefas mais exigentes, como games.

Tudo indica que as RTX 4000 mobile devem seguir essa tendência, com destaque para a RTX 4050 e a RTX 4060, cuja ficha técnica fornece às fabricantes de notebooks a possibilidade de configurar esses chips com consumo na casa dos 35 W, segmento próximo de onde estão posicionadas as GeForce MX.

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É importante destacar que o encerramento da linha GeForce MX ainda é um rumor, até que a Nvidia confirme essa decisão. Nada impede que a empresa lance futuramente versões atualizadas com melhor relação de performance por Watt. Dito isso, os argumentos do ITHome têm fundamento, e ilustram como seria difícil para a gigante tentar posicionar um chip básico na atual situação do mercado.

Fonte: VideoCardz