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CES 2023 | AMD Radeon RX 7000M traz arquitetura RDNA 3 aos notebooks

Por| Editado por Wallace Moté | 05 de Janeiro de 2023 às 13h49

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Além de uma série de novos processadores para desktops e notebooks, a AMD apresentou em conferência na CES 2023 a família Radeon RX 7000M, novas GPUs para laptops baseadas na microarquitetura RDNA 3. Com 4 modelos, incluindo soluções pensadas para dispositivos ultrafinos, a família une diversos recursos de nova geração à promessa de proporcionar desempenho até 30% superior em comparação à Nvidia GeForce RTX 3060 de desktops.

Por utilizarem a arquitetura RDNA 3, as novas GPUs mobile da marca embarcam todos os recursos já vistos nas placas de vídeo para desktop, incluindo os aprimoramentos significativos de desempenho e eficiência, aceleração de Ray Tracing aprimorada, novos núcleos dedicados para processamento de Inteligência Artificial, suporte a painéis de altíssimas resolução e taxa de atualização com porta DisplayPort 2.1 e codificação de vídeos com codec AV1.

Também está presente o upscaling com FidelityFX Super Resolution 3.0 (FSR 3.0), a solução anunciada junto às GPUs para PCs de mesa cujo funcionamento ainda segue um mistério — palpites da mídia especializada apontam para o uso dos núcleos de IA, aos moldes do rival DLSS. No momento, foi confirmado apenas que o FSR 3.0 atenderá mais de 230 games no decorrer de 2023.

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Há, porém, uma diferença importante em relação às placas para desktop: em vez de usar chiplets, a série RX 7000M emprega um die monolítico, em que todos os componentes estão concentrados em um único grande chip, mesma técnica utilizada pela Nvidia e, até a geração passada, pela AMD. Outra diferença está no processo de fabricação, que por aqui adota a litografia de 6 nm da TSMC, em vez do processo mais avançado de 5 nm.

Uma única GPU alimenta a linha estreante, a Navi 33, que terá alguns núcleos e outras estruturas desativados para atender aos diferentes modelos. Seu nome não foi declarado pela empresa, mas já circulava pelos drivers da marca para Linux, e coincide com o antecessor, o Navi 23. Foi revelado ainda que o componente possui área de 204 mm², sendo cerca de 14% menor que o antecessor, cuja área chegava aos 237 mm².

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Passando para as soluções, no topo da família está a Radeon RX 7600M XT, embarcada com o chip Navi 33 totalmente habilitado. Assim sendo, temos 32 Unidades Computacionais (CUs), compostas de 2.048 núcleos, com consumo configurável entre 75 W e 120 W, e clocks de até 2.300 MHz para oferecer até 9,5 TFLOPs de poder computacional. A memória de 8 GB de VRAM GDDR6 trabalha com velocidade de 18 Gbps, em uma interface de 128-bit, para proporcionar largura de banda de 288 GB/s, turbinada por 32 MB de Infinity Cache.

Abaixo dela está a Radeon RX 7600M, munida de 28 CUs, compostos de 1.792 núcleos operando a até 2.070 MHz para atingir 7,5 TFLOPs de poder computacional, na mesma faixa de consumo configurável entre 75 W e 120 W. A variante também possui 8 GB de VRAM GDDR6, mas com velocidade de 16 Gbps, garantindo assim 256 GB/s de largura de banda através da interface de 128-bit. Para auxiliá-la, há 32 MB de Infinity Cache.

Os outros dois modelos integram a série RX 7000S, de chips otimizados para notebooks ultrafinos, e compartilham das mesmas especificações da série M. A mais poderosa Radeon RX 7700S é idêntica à RX 7600M XT, enquanto a Radeon RX 7600S é um espelho da RX 7600M, mas ambas possuem uma faixa de consumo mais limitada, configurável entre 50 W e 90 W para a 7700S, e entre 50 W e 75 W para a 7600S.

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A AMD promete que a RX 7600M XT terá desempenho suficiente para superar a Nvidia GeForce RTX 3060 12 GB de desktop, por margens que, em média, chegam a respeitáveis 31%. Comparada à antecessora RX 6600M, os avanços poderiam chegar a 49%. No entanto, é importante lembrar que os resultados são selecionados pela AMD para mostrar o melhor do lançamento, e inclui alguns games que são reconhecidamente favoráveis para a arquitetura RDNA 3. É preciso aguardar pelos reviews para comprovar essas promessas.

Como esperado, as novas RX 7000M possuem acesso à suíte completa de recursos AMD SmartAccess, incluindo, por exemplo, o SmartShift, que equilibra o consumo de CPU e GPU em tempo real para intensificar a potência do chip que mais precisar. Dito isso, há uma novidade: o SmartShift RSR (Radeon Super Resolution), que tira o processamento de upscaling do chip gráfico para dar uma margem extra de performance. A funcionalidade está prevista para estrear na "primeira metade de 2023".

Radeon RX 6000M ganha novos modelos básicos

Além de soluções com RDNA 3, a AMD apresentou ainda três novidades baseadas na arquitetura RDNA 2, focadas no mercado de entrada — tratam-se de variações da RX 6500M. A linha de atualizações é liderada pela Radeon RX 6550M, munida do chip Navi 23, com 16 CUs habilitadas para oferecer 1.024 núcleos. Limitada a uma faixa de consumo entre 50 W e 80 W, a solução traz 4 GB de VRAM GDDR6 a 18 Gbps, em interface modesta de 64-bit, para oferecer largura de banda de 144 GB/s, apoiada por 16 MB de Infinity Cache.

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A Radeon RX 6450M é ainda mais simples, embarcando 12 CUs e 768 núcleos, operando em uma faixa de consumo de 25 W a 50 W. Também há 4 GB de VRAM GDDR6 em interface de 64-bit, mas a velocidade é menor, de 16 Gbps, proporcionando assim 128 GB/s de largura de banda. Por fim, a Radeon RX 6550S é idêntica à RX 6550M, mas trabalha em faixa de consumo de 35 W a 50 W, para atender notebooks mais finos.

As novas Radeon RX 7000M e RX 6000M estão previstas para chegar aos primeiros laptops em fevereiro, e já há um deles confirmado — o ASUS TUF Gaming A16, primeiro da linha TUF Gaming a fazer parte do programa AMD Advantage, combinando a RX 7600M XT aos processadores Ryzen 7000 mobile.