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Intel inicia fabricação da 14ª geração Meteor Lake com estreia em 2023

Por  • Editado por  Wallace Moté  | 

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Divulgação/Intel
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Em conferência a investidores realizada nesta quinta-feira (27), a Intel confirmou que entrou na fase de fabricação da 14ª geração de processadores Meteor Lake, e reforçou o compromisso de lançá-los ainda em 2023. Além de ser a primeira família de chips da gigante a apostar em uma arquitetura de chiplets especializados, a linha estreará a litografia Intel 4, da classe de 7 nm, mudança importante esperada há anos que promete amplificar o desempenho e a eficiência energética dos componentes.

Durante a apresentação, a companhia não trouxe novidades técnicas sobre os chips Meteor Lake, dando destaque apenas para o fato de que a fabricação para consumidores teria começado, e reforçando seu compromisso de lançar a 14ª geração na segunda metade de 2023. Apesar de já ter destacado essa janela de estreia em conferências anteriores, algumas dúvidas ainda restavam diante dos atrasos que outras famílias de CPUs, tanto de data centers quanto de consumidores comuns, enfrentaram no passado recente.

A situação é importante para a gigante não apenas por simbolizar a chegada de diversas novas tecnologias, incluindo as já citadas arquitetura de chiplets e litografia Intel 4, como também por atuar como uma esperança de que a Intel deve seguir mais fielmente o cronograma de lançamentos anunciado nos últimos meses. Diante dos resultados financeiros preocupantes — com perda de US$ 2,8 bilhões (~R$ 14 bilhões) de lucro —, é essencial que a marca se mantenha com planos firmes para se fortalecer novamente.

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Mesmo que não tenhamos novos dados técnicos, boa parte das grandes novidades da linha Meteor Lake é conhecida, começando pela estreia do uso de chiplets (chamados pela Intel de tiles) em processadores para desktop. Também é a primeira vez que a empresa usa chiplets para funções específicas — os Xeon Sapphire Rapids para servidores já usavam essa arquitetura, mas cada um dos chiplets nesse caso possui diversos aceleradores e estruturas adicionais, em vez de cumprirem uma única função.

Serão 5 tiles no total: um Compute Tile, onde estarão concentrados os núcleos de CPU; um IOE Tile, que reunirá as conexões de maior velocidade ligadas diretamente à CPU, como pistas PCIe; o SoC Tile, com vias de comunicação com a memória e conexões adicionais; a Tiled GPU, ou tGPU, que deve trazer ganhos massivos de poder gráfico com a nova arquitetura Xe-LPG e maior contagem de núcleos; e o Base Tile, que como o nome sugere, vai ser a base onde os outros chiplets serão empilhados, permitindo a comunicação entre todos eles.

Outro aspecto interessante são as litografias que serão usadas pela Intel — a arquitetura de chiplets tem a vantagem de permitir que diferentes litografias sejam usadas para cada um, dando maior flexibilidade e reduzindo custos ao possibilitar que circuitos que não se beneficiem tanto dos processos mais avançados (como conexões e memória) adotem opções mais baratas.

Para a 14ª geração, além da Intel 4 presente no Compute Tile, a Intel vai utilizar a Intel 16 (classe de 22 nm) no Base Tile e, pela primeira vez na história da gigante, veremos processos da TSMC em suas CPUs. Tanto o IOE Tile quanto o SoC Tile serão produzidos no processo N6 (classe de 6 nm) da fundição taiwanesa, enquanto a tGPU empregará a mais avançada litografia N5 (classe de 5 nm).

Se o time azul seguir o esquema de lançamento das gerações anteriores, é provável que vejamos a linha Meteor Lake ser oficializada entre os meses de setembro e dezembro, com mais novidades sendo divulgadas até lá.

Fonte: Intel