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Intel detalha futuro da linha Xeon com nova família baseada em E-Cores

Por| Editado por Wallace Moté | 18 de Fevereiro de 2022 às 16h50

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Intel/Divulgação
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Além de revelar mais informações sobre as próximas gerações da família Core para usuários comuns, a Intel trouxe novidades sobre a linha Xeon para servidores durante conferência realizada na noite desta quinta-feira (17). A gigante confirmou as melhorias e o prazo de envio dos chips Sapphire Rapids, com os mesmos núcleos Golden Cove da família Alder Lake, e revelou novidades interessantes sobre seus sucessores, incluindo os novos Sierra Forest.

Sapphire Rapids e futuro com novo Sierra Forest

A Intel confirmou que a 4ª geração de processadores Xeon Scalable, a família Sapphire Rapids, começa a ser enviada já no próximo mês, prometendo grande salto de desempenho frente à 3ª geração Ice Lake. Os lançamentos trazem até 56 núcleos e 112 threads com litografia Intel 7 de 10 nm, prometendo performance até 2,8 vezes superior aos antecessores.

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Destacam-se os modelos equipados com memórias HBM diretamente no die, que proporcionariam largura de banda 4 vezes maior. Segundo a empresa, em uma mesma carga de trabalho de simulação de fluidos, os processadores Sapphire Rapids com HBM também seriam 2,8 vezes mais potentes que "os concorrentes" — apesar de não serem citados, acredita-se que a Intel se referia aos AMD EPYC Milan-X, com até 768 MB de cache 3D.

As CPUs Sapphire Rapids também estrearão no segmento de servidores tecnologias como memórias DDR5 e barramento PCIe 5.0, e adotarão a interface Compute Express Link (CXL), barramento destinado a possibilitar comunicação de altíssima velocidade com memórias e outros periféricos.

Sucedendo a linha Sapphire Rapids em 2023, a 5ª geração Emerald Rapids atuará como uma atualização, mantendo o soquete e os recursos adicionais. As melhorias ficariam a cargo de aprimoramentos de desempenho e da "expansão dos benefícios de memória e segurança", mas ainda não se sabe como isso se traduzirá na prática.

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Em 2024, a Intel reorganizará a linha Xeon com o lançamento de duas famílias de processadores, a começar pela 6ª geração Granite Rapids. Composta apenas por núcleos P-Core de alto desempenho, a família Granite Rapids tirará melhor proveito do design de chiplets ao separar os núcleos dos componentes responsáveis pela memória e conexões. Não há detalhes sobre configurações ou desempenho, mas foi confirmado que a litografia foi atualizada da Intel 4 para Intel 3.

No mesmo período, e compartilhando a plataforma, a gigante de Santa Clara lançará uma nova série Xeon composta apenas por núcleos E-Core de baixo consumo, cuja primeira geração atenderá pelo codinome Sierra Forest. A ideia é oferecer maior densidade de núcleos e elevada performance por Watt, mas também não há detalhes sobre configurações e desempenho.

Vale lembrar que a AMD adotará uma abordagem bastante semelhante com a 4ª geração de processadores EPYC, que contará com a família EPYC Genoa, com até 64 núcleos de alto desempenho baseados na microarquitetura Zen 4, e a família EPYC Bergamo, munida de até 128 núcleos de alta eficiência baseados na microarquitetura Zen 4c.

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Falcon Shores unirá CPU e GPU em chip único

Ainda na conferência, a Intel revelou planos ambiciosos para uma futura geração Xeon, a Falcon Shores, que uniria CPU x86 e GPU Xe em um único chip, o que a empresa chama de XPU. Prevista para chegar em 2024 com processo de fabricação da "Era Angstrom", possivelmente o Intel 20A considerando o prazo, a solução entregaria 5 vezes mais performance por Watt, 5 vezes mais densidade e 5 vezes mais capacidade de memória em comparação aos Xeon atuais.

Como aponta o site AnandTech, a apresentação do vice-presidente e gerente-geral da divisão de sistemas de computação acelerada e gráficos da Intel, Raja Koduri, a família Falcon Shores parece mirar em usuários de computação de alta performance (HPC) que precisam lidar com quantidades absurdamente massivas de dados, a ponto da velocidade da VRAM de uma GPU dedicada ser obstáculo.

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Com CPU e GPU em um único die, compartilhando o acesso a enormes quantidades de memória DDR, essas penalidades do acesso à "VRAM mais lenta" seriam praticamente eliminadas, já que os dados seriam compartilhados entre os chips. Outro benefício da abordagem seria a eficiência, já que a XPU consumiria muito menos energia do que um combo de CPU e GPU dedicadas.

Ainda segundo Koduri, a Intel estaria trabalhando para oferecer uma solução completa de fácil manipulação, com programação facilitada da GPU, algo que no momento ainda é bastante complexo.

Fonte: WCCFTech, AnandTech