CPUs Intel de 12ª geração são mais rápidas no Linux do que no Windows
Por Igor Almenara | Editado por Douglas Ciriaco | 16 de Fevereiro de 2022 às 13h02
Distribuições Linux construídas sobre o kernel mais recente aproveitam melhor dos CPU Intel de 12ª geração do que o Windows 11. O site Phoronix rodou uma bateria de testes com o sistema da Microsoft e as distros Ubuntu e Clear Linux e, ao comparar os resultados, constatou que os SOs baseados no Pinguim apresentam melhor desempenho em diferentes usos, incluindo edição de vídeo, navegação web e codificação.
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O PC testado é equipado com um processador Intel Core i9 12900K, combinado a 32 GB de RAM DDR5-4400, montados na placa-mãe Asus ROG STRIX Z690-E Gaming no mais recente firmware. O Windows 11 estava na versão mais recente, enquanto as distros Linux foram avaliadas na versão Ubuntu 22.04 LTS Daily, Ubuntu 22.04 (Linux 5.16), Ubuntu 22.04 (Linux 5.17-RC3) e Clear Linux 35810.
Os benchmarks avaliaram o desempenho da máquina em navegação web, codificação, renderização, compressão e descompressão de vídeo e encoding. Nos 104 testes realizados, o Windows 11 conseguiu superar as distros Linux em apenas 14 deles, ficando na última colocação em 39 ocasiões.
Em média, o SO da Microsoft só não ficou atrás do Ubuntu 22.04 Daily, mas isso não representa muita coisa: essa distro é uma das mais instáveis do sistema operacional. Sendo assim, os resultados ruins dessa edição não são uma surpresa.
Na briga entre as distros, foi o Clear Ubuntu o campeão em otimização para CPUs Intel Alder Lake, com 66 primeiras colocações. Em segundo lugar, ficou o Ubuntu 22.04 (Linux 5.16).
Preciso correr para o Linux?
Naturalmente, o baixo desempenho pode ser uma condição temporária do Windows 11. Assim como as distribuições Linux, o sistema da MS segue em constante evolução para conseguir entregar a melhor experiência possível com o hardware compatível. Ainda assim, é interessante observar como o Linux aproveita melhor a arquitetura de núcleos híbrida dos novos processadores da Intel.
Além disso, por serem testes sintéticos, pouco devem representar no dia a dia de uso do computador. Somente condições bastante específicas — como um trabalho de altíssima demanda de processamento — seriam sensíveis às variações de desempenho do sistema operacional, já que a diferença obtida na maioria dos resultados não é tão grande, embora numerosa.
Fonte: Phoronix