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Ex-engenheiro da Apple tenta desvendar os segredos do M1 por engenharia reversa

Por| Editado por Wallace Moté | 21 de Setembro de 2021 às 14h11

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Divulgação/Apple
Divulgação/Apple
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Marcando uma nova fase para a gigante de Cupertino, o Apple M1 foi desenvolvido para assumir o lugar dos processadores Intel, por muito tempo limitados pela litografia de 14 nm e o elevado aquecimento, dando margem para maior integração entre os componentes de dispositivos da marca e entregando maior controle para a empresa em aspectos como updates e software compatível.

A aposta teve excelentes resultados e balançou o mercado, entregando desempenho impressionante com uma eficiência imbatível, mostrando a capacidade da arquitetura ARM e até mesmo dando trabalho a soluções de desktop de empresas como AMD e a própria Intel, que na teoria, deveriam ser mais poderosas que o M1 dados os melhores limites térmicos e energéticos.

Ainda sem um concorrente direto capaz de entregar os mesmo níveis de performance e eficiência, o processador proprietário da Apple segue fascinando usuários, fãs e entusiastas, além de alguns desenvolvedores, que trabalham para tirar melhor proveito do chip. Curiosamente, entre eles está um dos ex-engenheiros da gigante de Cupertino, Maynard Handley, que acaba de divulgar um extenso documento avaliando o componente.

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Apple M1 passa por processo de engenharia reversa

Conhecido por ser um dos desenvolvedores por trás do QuickTime, antigo reprodutor de mídia da Apple, Maynard Handley reuniu informações de diversos programadores que têm trabalhado para entender o funcionamento do processador proprietário da gigante de Cupertino com o intuito de desenvolver recursos como a execução de distribuições do Linux, além de também realizar experimentos de engenharia reversa por conta própria.

Esses dados, que registram e avaliam o funcionamento de múltiplos aspectos e a microarquitetura do Apple M1, foram então combinados em um documento chamado M1 Explainer. Com 350 páginas, o arquivo é completamente aberto, estando atualmente na versão 0.70. Handley pretende seguir adicionando novas descobertas e pede a ajuda de mais especialistas para manter a investigação.

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No Twitter, o desenvolvedor explica que o intuito do projeto não é especificamente instrumental, para desenvolvimento, também envolvendo curiosidade própria. Além disso, a ideia é incentivar a investigação de futuros processadores da Apple, tando da linha M quanto da família A, fazendo do arquivo um ponto de partida para facilitar o estudo das próximas gerações dos componentes.

Vale destacar como a iniciativa requer muito esforço, incluindo horas de testes, elevado conhecimento da arquitetura ARM e muita discussão com especialistas, o que torna o trabalho um grande feito. O projeto também traz grandes implicações para a comunidade de desenvolvimento, que pode passar a trabalhar com o M1 de maneira mais otimizada.

Implicações e ausência de resposta da Apple

Disponibilizados em open source, os dados reunidos por Maynard Handley podem colaborar com diversos desenvolvedores e engenheiros na produção de novos projetos de hardware e software, em uma melhor aplicação da arquitetura ARM e de funções implementadas pela Apple no M1. No entanto, tendo em mente a postura fechada da empresa, é difícil imaginar que a companhia se animará com o trabalho desenvolvido pelo engenheiro.

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Dito isso, por mais complexa que seja, a análise não cobre todos os detalhes do M1 e ainda deve haver elementos que seguirão sigilosos. A gigante de Cupertino não se pronunciou a respeito, pelo menos até o momento, e o documento segue no ar, disponível na íntegra através deste link.

Fonte: Maynard Handley, Tom's Hardware, WCCFTech