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Era da IA nos PCs | As projeções da Intel para 2024 e além

Por| Editado por Jones Oliveira | 26 de Dezembro de 2023 às 18h30

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Reprodução/Intel Corporation
Reprodução/Intel Corporation
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A Intel lançou a nova linha de processadores Intel Core Ultra, primeiros CPUs domésticos da empresa com aceleradores de IA embarcados. Desde o início de 2023, a comunicação da Intel foca na proposta disruptiva de levar IA a todos os lugares, e o Canaltech esteve no evento AI Everywhere para ver de perto como a empresa planeja fazer isso.

Até então, falar de IA traz a visão de algo distante, geralmente na nuvem e acessível apenas via poucos serviços. Contudo, a abordagem da Intel para o tema parece ser inserir capacidades locais de IA de ponta a ponta, do servidor de processamento avançado a dispositivos de realidade aumentada e outras ferramentas para melhorar a qualidade de vida.

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Siliconomia

Atualmente, estima-se que entre 15% e 25% do PIB global é gerado exclusivamente por semicondutores e produtos baseados em silício. Uma das primeiras projeções da Intel baseada em dados internos é que, graças à IA, esse valor vai subir um terço até o final de 2030, em menos de 10 anos.

Para ser parte desse futuro, é natural que a maioria das Big Techs estejam investindo pesado para garantir uma boa penetração no mercado de IA. Por outro lado, a atual infraestrutura de Inteligência Artificial se baseia, sim, em serviços remotos, complexos e muito distantes da população geral. 

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Isto porque quando começaram os investimentos no setor, ainda era inviável criar produtos que fossem, de fato, voltados para o consumidor final. As limitações variavam entre conectividade, tamanho de transistores e forma como a maioria dos processamentos em IA era programada e processada.

Projeto a longo prazo

Inclusive, esse é um dos principais fatores que faz com que muitas das aplicações atuais de IA sejam dependentes de tecnologias proprietárias CUDA. Após acompanhar de perto o AI Everywhere, fica evidente que a estratégia da Intel para reverter isto é investir primeiro nos setores nos quais a IA ainda não é uma realidade.

Toda nova tecnologia costuma trazer consigo um custo de produção mais elevado, e isso quase sempre é repassado para o consumidor final. Dessa forma, nos primeiros anos da "Era da IA nos PCs", é provável que esses aparelhos sejam produtos nichados, mas que o cenário evolua e se estenda aos demais segmentos em poucas gerações. 

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Segundo a Intel, a estimativa para a atualização de hardwares de PCs é de 5 anos em média, e ela cai para 3 a 4 anos para o público gamer. Isto corrobora para a análise do Boston Consulting Group, que estima que 80% dos PCs domésticos já terão IA embarcada até 2028. 

Salvo por cenários de recessão e crises econômicas profundas, a janela sugerida de 5 anos é mais que suficiente para acomodar preços, demanda e produção, e garantir uma migração efetiva da base instalada para as novas gerações.

Ecossistema aberto para quebrar monopólio CUDA

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Outro ponto levantado pelo CEO da Intel, Pat Gelsinger, é que toda a indústria de hardware está trabalhando para quebrar a dependência profunda das tecnologias CUDA. A forma encontrada para fazer isso de maneira mais eficaz é por meio de ecossistemas abertos de software, utilizando arquitetura x86.

Apesar de serem extremamente eficientes em tarefas especializadas, programar em arquitetura ARM, como é o caso dos chips de IA da Nvidia, é muito mais complexo. Segundo Dan Rogers, Diretor Sênior de Soluções Móveis da Intel, isto não quer dizer que seja inviável, mas, para desenvolvedores menores, é quase sempre preciso algum tipo de emulação de plataformas x86, impactando processos de inferência e treinamento de LLM.

Sendo assim, democratizar o acesso à IA envolve democratizar também seu desenvolvimento. Por essa razão, fornecer ferramentas de código aberto e gratuitas, como o OpenVINO e OpenAPI, é parte crucial da estratégia da Intel.

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Na prática, os modelos LLM de bilhões de parâmetros ainda serão desenvolvidos por grupos gigantes, como Meta, Google e Microsoft. Contudo, por meio de ferramentas gratuitas, organizações menores conseguirão adaptar e retreinar esses modelos para suas demandas reduzidas, podendo ter inferências e aplicações de IA rodando em máquinas locais, bem mais simples e baratas, sem conectividade obrigatória.

IA em todos os lugares

Ajudar a criar um ecossistema de software e serviços compatíveis com uma arquitetura mais fácil de programar é crucial para a Intel. Efetivamente, esse movimento cria a demanda por soluções escaláveis de hardware para IA nos mercados consumidor e corporativo de menor porte.

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Com isso, a Intel se posiciona idealmente para suprir essas demandas, aumentando sua penetração de mercado nos segmentos de PCs com IA, servidores menores sob demanda, computação de borda e IoT. A estimativa da empresa é alimentar esse "novo" mercado com cerca de 100 milhões de PCs até o final de 2025.

Em paralelo, ela ainda ganha um respiro para alcançar a concorrência nos serviços mais robustos, aumentando sua competitividade no período em que empresas grandes estiverem se preparando para atualizar sua infraestrutura pesada.

Ao que tudo indica, levar IA a todos os lugares não é uma simples projeção, mas a estratégia da Intel para se consolidar no setor de Inteligência Artificial. Trata-se de um planejamento estruturado em diferentes etapas, abarcando todos os segmentos das indústrias de consumo, aplicações e serviços, começando já em 2024 com os Intel Core Ultra, mas se estendendo até o final da década.

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