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Intel Powerhouse 2023 mostra potencial para futuro e presente da IA

Por| Editado por Jones Oliveira | 11 de Dezembro de 2023 às 11h09

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Kazuo Kajihara e Lais Guimarães/Intel
Kazuo Kajihara e Lais Guimarães/Intel
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Na última quinta-feira (7), ocorreu o Powerhouse 2023 e o Canaltech esteve no evento que reuniu imprensa, empresas parceiras e membros da indústria para desmistificar a Inteligência Artificial. Entre painéis e exposições, a empresa deixou claro que a IA não é mais uma tecnologia do futuro, mas do presente, já hoje ocupando vários espaços da sociedade.

O Powerhouse 2023 foi parte da estratégia de comunicação da Intel sobre a democratização da IA para todos. Gisselle Ruiz Lanza, Diretora Geral para América Latina da Intel, conduziu o painel inaugural, sucedida por falas de representantes da Lenovo, Dell, RedHat, Human Robotics, Oiti Tech e outras parcerias importantes do segmento.

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Escalabilidade para ocupar todos os espaços

Mesmo ainda no início da percepção da IA como algo acessível, graças a ferramentas como o ChatGPT, o tópico continua a trazer a impressão de ser algo que exige, exclusivamente, servidores complexos. O maior foco do Powerhouse 2023 foi mostrar que isso não poderia estar mais longe da verdade, demonstrando sistemas simples capazes de utilizar essas tecnologias graças ao trabalho colaborativo e otimizações sob demanda.

Um dos caminhos para viabilizar essa escalabilidade é a utilização de código aberto em ferramentas como o OpenVINO e OpenAPI. Essa última é uma especificação de linguagem que permite escrever códigos em computação heterogênea.

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Isso permite criar softwares que, com poucas adaptações, operem em CPUs, GPUs, NPUs, ou outros hardwares de processamento, facilitando a integração e implementação das aplicações.

Reduzindo modelos

Segundo Balaji Srinivasan, Diretor de Desenvolvimento de Negócios Globais da Intel, o volume de parâmetros dos modelos de linguagem, que define quão complexas podem ser as interações de uma IA, também limita onde elas podem ser implementadas. Modelos muito grandes exigem hardwares mais robustos, e isso não costuma ser financeiramente viável para pequenas organizações.

Além disso, criar modelos LLM do zero é uma tarefa que leva muito tempo e investimento, fora do alcance da dessas empresas menores. Por essa razão, o ideal é buscar modelos e frameworks públicos pré-treinados, reduzi-los, eliminando parâmetros excedentes para uma aplicação e retreiná-los para propósitos específicos.

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O OpenVINO é, justamente, uma ferramenta gratuita da Intel para desenvolvedores otimizarem e reduzirem esses modelos gigantes de aprendizagem de máquina, permitindo implementações mais simples e otimizadas para demandas específicas.

Com isso, empresas e desenvolvedores menores conseguem, por exemplo, criar chatbots internos para otimizar fluxos de trabalho de funcionários e colaboradores. Com parâmetros reduzidos e modelo de linguagem retreinado com dados internos, é possível criar um assistente virtual que pode ser armazenado e executado em servidores pequenos, ou mesmo em máquinas locais, sem a necessidade uma infraestrutura em nuvem, fora de muitos orçamento.

Internet de Todas as Coisas

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Quando passamos para atividades mais especializadas, as possibilidades são ainda maiores — ou menores. O setor de IoT é um dos que mais pode se beneficiar dos avanços em P&D de IA, com aplicações que já são utilizadas desde minimizando tempos de resgate casos de acidentes, a permitir diagnósticos precoces de câncer.

Monitoramento Inteligente

A IPEXtreme, uma das expositoras do Intel Powerhouse 2023, demonstrou como a visão computacional utiliza IA para monitorar rodovias de forma inteligente, reduzindo custos e salvando vidas. Uma de suas soluções aplica softwares de análise de dados a sistemas de monitoramento, sendo possível identificar em tempo real o fluxo de carros, focos de incêndio, ou acidentes.

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Além de garantir que os órgãos que gerenciam a rodovia acionem os serviços de resgate rapidamente, isso praticamente elimina a necessidade de veículos de ronda ativa, reduzindo também a pegada de carbono do serviço de monitoramento.

Diagnósticos de imagem mais precisos

Outro expositor do Powerhouse foi a Lunit, especializada em aumentar a precisão de diagnósticos de imagem utilizando IA. Também por meio de visão computacional, a solução da Lunit é treinada com parâmetros extremamente precisos, mas muito reduzidos, para identificar tumores em potencial.

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Graças a precisão, o software auxilia oncologistas a diagnosticar possíveis focos de câncer de mama com meses ou até anos de antecedência. Com isto, os médicos conseguem ter mais precisão em situações onde, apenas com o olho humano, um pequeno ponto poderia passar despercebido.

IA em todos os lugares é o presente

A importância de ser um modelo reduzido é que ele pode ser operado em NUCs consideravelmente mais simples que um serviço de infraestrutura em nuvem, tornando a implementação muito mais barata. Pensando em laboratórios com equipamentos na faixa dos milhões de reais, o valor estimado para implantar a solução de diagnósticos auxiliados por IA custa cerca de R$ 10 mil, uma cifra minúscula considerando os benefícios.

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A Inteligência Artificial chegou para ficar, e já está presente em praticamente todos os lugares. Demonstrar de perto que qualquer hardware, mesmo NUCs com Core i5, conseguem utilizar essas ferramentas até certo ponto é a prova disso.