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Como saber qual processador uma placa-mãe suporta

Por  • Editado por  Wallace Moté  | 

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MSI
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Uma das maiores vantagens de se montar um computador gamer é a possibilidade de realizar upgrades, o que valoriza o elevado investimento inicial com o passar do tempo. Além da placa de vídeo, o processador está entre as peças que mais devem ser substituídas durante a vida útil de um computador, devido ao ciclo anual de lançamentos e suas consequentes melhorias, que permitem extrair mais quadros em games e ter uma navegação mais fluida e estável.

Apesar do procedimento de troca, ou mesmo a montagem de uma nova máquina, ser relativamente simples, é necessário ter alguns cuidados — além do manuseio, considerando se tratar de uma peça sensível, a CPU precisa ser compatível com a placa-mãe. Há múltiplas maneiras de se verificar isso, tanto para aqueles que pretendem comprar um computador novo, como para quem quer apenas realizar um upgrade no PC que já possui.

Confira o soquete

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A primeira característica que precisa ser verificada é o soquete, o encaixe onde o processador será instalado. A área é responsável por estabelecer a comunicação entre o chip, a placa-mãe e outros componentes, contando com um número específico de pinos por onde passarão dados e energia. Os soquetes são diferentes para cada marca, e em alguns casos suportam múltiplas gerações de processadores.

Para a linha Ryzen da AMD, o soquete AM4 foi mantido nas primeiras 4 gerações (Ryzen 1000, 2000, 3000 e 5000), enquanto a Intel costuma atualizar o soquete com mais frequência, normalmente a cada duas gerações — é possível checar a geração do seu chip no nome, na caixa da CPU ou através de softwares dedicados. Partindo da 2ª geração, a lista dos soquetes e as famílias compatíveis é a seguinte:

  • LGA1150 (Soquete H2) — 2ª geração Sandy Bridge e 3ª geração Ivy Bridge
  • LGA1150 (Soquete H3) — 4ª geração Haswell
  • LGA1151-v1 (Soquete H4) — 6ª geração Skylake e 7ª geração Kaby Lake
  • LGA1151-v2 (Soquete H4) — 8ª geração Coffee Lake e 9ª geração Coffee Lake Refresh
  • LGA1200 — 10ª geração Comet Lake e 11ª geração Rocket Lake
  • LGA1700 — 12ª geração Alder Lake e 13ª geração Raptor Lake

Atenção ao chipset

Com o soquete identificado, outra preocupação importante deve ser o chipset — é ele quem gerencia a comunicação do processador com os outros componentes instalados na placa, incluindo RAM, armazenamento, portas USB e outras conexões. A cada geração de processador, um novo chipset é desenvolvido para tirar melhor proveito das capacidades das CPUs lançadas.

É importante ressaltar que mesmo que haja compatibilidade de soquete, pode haver incompatibilidades do chipset com certas gerações de processadores, por motivos como falta de memória para manter o firmware das múltiplas famílias de chips. Um exemplo dessa situação pode ser visto nas placas-mãe mais básicas da série 300 da AMD que, ao serem atualizadas, perdem suporte aos Ryzen 1000.

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AMD e Intel possuem três categorias de chipsets, que também costumam ditar o quão robusto o sistema de alimentação da CPU é. Ainda que não ocorra incompatibilidade e o sistema funcione, instalar um processador muito potente em uma placa com alimentação básica limitará drasticamente as capacidades do chip. Os três principais chipsets das fabricantes são:

AMD

  • Xx70: Topo de linha, oferecerá todas as principais novidades da geração de processadores e costuma contar com os VRMs mais robustos.
  • Bx50: Intermediária, traz um número considerável de recursos avançados, mas seu principal foco é o custo-benefício.
  • Ax20: Entrada, solução simples que oferece os recursos básicos dos processadores. Costumam ter os VRMs mais simples e podem limitar o desempenho de processadores mais poderosos.

Intel

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  • Zx90: Topo de linha, com os recursos mais avançados e VRM mais encorpado.
  • Bx60: Intermediário, equilibra recursos premium e preços.
  • Hx10: Entrada, oferece o básico e também pode limitar processadores mais poderosos.

O chipset é normalmente informado no nome da placa-mãe, e indicado na caixa e até mesmo no corpo do componente. Você pode ainda utilizar programas como o CPU-Z para conferir o modelo, acessando a aba "Mainboard" e conferindo a linha "Model". Caso tenha dúvidas de que seu chipset suporte a CPU que pretende adquirir, há ainda um terceiro método para conferir a compatibilidade.

Cheque o site da fabricante da placa-mãe

Com o soquete, o chipset e o modelo da placa-mãe em mãos, você pode acessar o site da fabricante do componente para checar quais são os processadores suportados. As empresas costumam listar a informação em áreas dedicadas, como "Lista de CPUs Suportadas", ou mesmo na própria página da placa-mãe, na seção "Suporte".

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Ainda no portal da fabricante, é importante conferir se a versão de BIOS da sua placa é compatível com a CPU — novos processadores costumam exigir versões mais recentes de BIOS, ainda que o caminho inverso também possa acontecer, sendo necessário instalar uma BIOS mais antiga caso pretenda utilizar um chip de gerações anteriores.

Você pode verificar a versão da sua BIOS utilizando o CPU-Z, também na aba "Mainboard", mas conferindo a linha "Version" na categoria "BIOS". A versão a ser baixada, assim como as instruções de instalação, variam de placa para placa, e entre AMD e Intel, mas os detalhes estão sempre listados nos sites das marcas.

Fonte: AMD, Intel, Clube do Hardware, DicasPC