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Linha AMD Radeon RX 7000 tem vendas iniciadas no Brasil

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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AMD/YouTube
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Anunciada no início de novembro, a família de placas de vídeo AMD Radeon RX 7000 estreou globalmente nesta terça-feira (13), inclusive no Brasil. Baseadas na nova microarquitetura RDNA 3, as GPUs embarcam mudanças importantes, prometendo saltos significativos em desempenho, eficiência e processamento de Ray Tracing, além de trazer pela primeira vez ao mercado consumidor gráficos produzidos em uma arquitetura de chiplets.

A base da microarquitetura RDNA 3 é o uso de chiplets para a produção das GPUs que compõem a família RX 7000. São dois tipos: o Graphics Compute Die (GCD), onde estão concentrados os núcleos de processamento, e o Memory Cache Die (MCD), que abriga as conexões de memória e o Infinity Cache de 2ª geração.

Conforme explicou a empresa durante o anúncio, a abordagem foi utilizada para aumentar o desempenho sem que o custo de fabricação subisse excessivamente: não apenas é possível fabricar um número maior de chips e atingir melhor rendimento (número funcional de chips) no wafer de silício quando a área de cada um deles é menor, como também se pode reservar as tecnologias mais caras apenas para o GCD.

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Esse é o caso, por exemplo, da litografia de 5 nm da TSMC, usada apenas para o chiplet de processamento — os chiplets de memória empregam o "mais antigo" (e mais barato) processo de 6 nm da TSMC. Essa decisão também foi tomada pensando em como os núcleos conseguem oferecer ganhos muito maiores na redução da litografia em comparação às memórias, o que acabaria tornando o processo caro desnecessariamente.

Outra mudança importante de se destacar é a maneira como as frequências são tratadas agora: em vez de termos um clock único para toda a GPU, a nova geração apresenta um para o front-end (a área responsável por puxar dados da memória e levá-los aos núcleos para processamento) e outro para os shaders (os núcleos). Com isso, a AMD promete maior eficiência energética, sem perdas de perdas de performance.

Também é destaque o Infinity Cache de 2ª geração, que sofreu uma redução para até 96 MB, mas agora consegue oferecer uma largura de banda teórica de até 3,5 TB/s, quase o triplo da geração passada. Somam-se a isso aumentos no cache L1 e L2 (mais próximos dos núcleos), VRAM de maior velocidade e diversas outras melhorias na arquitetura.

Chamam atenção o funcionamento dos núcleos dessa geração, capazes de realizar dois cálculos por clock — praticamente dobrando a capacidade de cálculos mesmo com a "metade" dos núcleos —, melhorias de até 50% em processamento de Ray Tracing e a adição de núcleos de Inteligência Artificial, similares aos Tensor Cores da Nvidia. A AMD não anunciou como pretendo utilizá-los, mas a expectativa é que sirvam para o FSR 3, aguardado para chegar em 2023.

A linha estreia com dois modelos, liderados pela Radeon RX 7900 XTX equipada com a GPU Navi 31 totalmente habilitada. Nela, há 96 Unidades Computacionais (CUs), compostas de 6.144 Stream Processors (os núcleos) e 96 Ray Accelerators para Ray Tracing, com clock boost de até 2.500 MHz. O poder computacional em FP32, formato de dado mais utilizado em games, chega aos 61 TFLOPs, graças ao recurso de cálculos dobrados por clock.

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A placa traz todos os 6 MCDs da Navi 31 habilitados, contando com 96 MB de Infinity Cache, e apresenta 24 GB de VRAM GDDR6, trabalhando com velocidade de 20 Gbps, em uma interface de 384-bit, para entregar largura de banda de 960 GB/s. O consumo, segundo a AMD, é de 355 W, mas é importante lembrar que o cálculo feito para se chegar a esse número não é necessariamente comparável ao feito pela Nvidia, por exemplo.

O segundo modelo é a Radeon RX 7900 XT, que também emprega a GPU Navi 31, mas com alguns núcleos do GCD desabilitados e apenas 5 MCDs ativos. Por aqui, há 84 CUs, compostos de 5.376 Stream Processors e 74 Ray Accelerators para Ray Tracing, com clock boost de até 2.400 MHz. O poder computacional em FP32 chega aos 52 TFLOPs.

Os 5 MCDs habilitados proporcionam 80 MB de Infinity Cache, enquanto a VRAM é reduzida para 20 GB no padrão GDDR6, também trabalhando a 20 Gbps, mas em uma interface de 320-bit, atingindo assim largura de banda de 800 GB/s. O consumo para a RX 7900 XT é estabelecido em 315 W.

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Linha Radeon RX 7000 recebe primeiros reviews

O embargo para reviews da linha Radeon RX 7000 foi encerrado nesta segunda (12), e os primeiros testes já foram publicados. Segundo veículos bem conceituados como Linus Tech Tips, Hardware Unboxed e Digital Foundry, as novas placas de vídeo da AMD marcam um bom avanço em comparação à geração anterior, até mesmo em Ray Tracing, mas há algumas ressalvas.

Como prometido pela AMD, o desempenho em rasterização (o método tradicional de processar os gráficos dos games) é similar ou até mesmo superior à GeForce RTX 4080 quando a comparação é feita com a RX 7900 XTX, o que a torna muito atraente quando colocamos na balança o preço mais baixo. Dito isso, mesmo que os ganhos de 50% em Ray Tracing também tenham sido confirmados, a Nvidia ainda lidera com folga, chegando a ter vantagens de até 40% nesse cenário.

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Outro ponto importante a considerar é que, ainda que seja uma placa interessante, a RX 7900 XT entrega apenas 80% em média do desempenho da irmã 7900 XTX, mesmo que o preço seja equivalente a 90%. A recomendação dos canais especializados é a de investir um pouco mais no modelo mais poderoso, que se mostra uma opção melhor.

Ambas as placas já estão à venda no Brasil em modelo preparado pela ASRock. Curiosamente, as duas chegam utilizando o projeto de referência da AMD, algo que não acontecia no país há algum tempo — a ASRock pode ter apenas sido a responsável pela logística das placas no país, mas sem modificar o sistema de alimentação ou de refrigeração das GPUs. Tenha em mente que modelos customizados podem oferecer performance ligeiramente melhor, com temperaturas mais baixas.

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Preço e disponibilidade

Durante o fechamento deste texto, as novas AMD Radeon RX 7900 XTX e RX 7900 XT estavam disponíveis apenas pelo site da Pichau, mas espera-se que outras varejistas especializadas recebam os lançamentos ainda nesta semana.

Modelo mais potente, a RX 7900 XTX está sendo vendido por R$ 8.899 à vista, ou R$ 10.470 parcelado em até 12 vezes sem juros, enquanto a RX 7900 XT, mais modesta, foi disponibilizada por R$ 7.999,99 à vista, ou R$ 9.411 em 12 vezes sem juros.

AMD Radeon RX 7900 XTX: ficha técnica

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  • GPU: Navi 31
  • Número de GCDs: 1
  • Número de MCDs: 6
  • Unidades Computacionais (CUs): 96
  • Stream Processors (Núcleos): 6.144
  • Ray Accelerators (Ray Tracing): 96
  • Frequências: 2.500 MHz (Boost), 2.300 MHz (Game)
  • Poder computacional (FP32): até 61 TFLOPs
  • Memória VRAM: 24 GB GDDR6
  • Interface da memória: 384-bit
  • Velocidade da memória: 20 Gbps
  • Largura de banda: 960 GB/s
  • Infinity Cache: 96 MB
  • Consumo: 355 W
  • Alimentação: 2x conectores de 8 pinos
  • Fonte recomendada: 650 W
  • Conexões de vídeo: 1x HDMI 2.1, 2x DisplayPort 2.1 (até 8K a 165 Hz), 1x USB-C

AMD Radeon RX 7900 XT: ficha técnica

  • GPU: Navi 31
  • Número de GCDs: 1
  • Número de MCDs: 5
  • Unidades Computacionais (CUs): 80
  • Stream Processors (Núcleos): 5.376
  • Ray Accelerators (Ray Tracing): 80
  • Frequências: 2.400 MHz (Boost), 2.000 MHz (Game)
  • Poder computacional (FP32): até 52 TFLOPs
  • Memória VRAM: 20 GB GDDR6
  • Interface da memória: 320-bit
  • Velocidade da memória: 20 Gbps
  • Largura de banda: 800 GB/s
  • Infinity Cache: 80 MB
  • Consumo: 315 W
  • Alimentação: 2x conectores de 8 pinos
  • Fonte recomendada: 750 W
  • Conexões de vídeo: 1x HDMI 2.1, 2x DisplayPort 2.1 (até 8K a 165 Hz), 1x USB-C

Fonte: Pichau (1, 2)