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Review: ASUS NVIDIA Strix GTX 970

Por| 26 de Janeiro de 2015 às 13h14

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BRUNO HYPOLITO / CANALTECH
BRUNO HYPOLITO / CANALTECH
Tudo sobre Nvidia

A GTX 970, junto com a 980, é a segunda GPU da NVIDIA com a tecnologia Maxwell a chegar ao mercado (a GTX 750 foi a primeira), trazendo não só as toneladas de tecnologias voltadas para games da empresa como também um consumo de energia baixíssimo. No caso, temos em mãos uma edição especial do chip, a Strix GTX 970 da ASUS, que vem com clocks maiores de fábrica e capacidade de emitir zero ruído mesmo em jogos. Hoje vamos conhecer mais detalhes desse hardware.

O chip

Tanto a GTX 980 quanto a GTX 970 são baseadas no mesmo chip GM204 e na mesma arquitetura Maxwell, pulando a nomenclatura da série 800, voltada exclusivamente para notebooks. A diferença fica por conta da quantidade de cores de processamento CUDA (2048 na 980 contra 1664 na 970) dividida em 13 clusters, unidades de textura (128 na GTX 980 contra 104 da 970) e também de clocks, ainda que no caso da Strix a ASUS tenha feito um overclock de fábrica.

Ditas as diferenças, temos exatamente as mesmas configurações de memória RAM: nada menos do que 4 GB GDDR5 por padrão rodando a 7 GHz, acessada por uma interface de 256 bits. Ou seja, sem gargalos previsíveis aqui. Por ter um overclock de fábrica, seu TDP é ligeiramente maior do que as especificações originais (165 watts contra 148 watts), mas, na prática, o consumo típico é consideravelmente menor, chegando a 10 watts em idle.

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A geração 900 suporta tanto o DirectX 11.3 quanto DirectX 12, tesselation via hardware, DirectCompute, Shader Model 5, G-Sync, Dynamic Super Resolution (DSR, que cria imagens em 4K para em seguida reduzir para 1080p, melhorando a qualidade de games que não suportam o 4K), ShadowPlay, Surround (até 4 monitores), Adaptative V-Sync... enfim, tudo o que a NVIDIA tem a oferecer de melhor e mais recente.

Fria e silenciosa (silenciosa mesmo!)

Em relação à refrigeração, a série Strix pode ser considerada uma evolução da DirectCU II TOP presente em modelos da série 600 e 700. Isso significa um dissipador mais eficiente, com heatpipes conectados diretamente ao chip, dois coolers maiores, mais silenciosos e eficientes e uma backplate, ausente na série DirectCU II TOP. Em nossos testes essa solução se mostrou tão eficiente que os coolers ficam desligados quando não há tanta exigência gráfica, isso mesmo durante jogos (os mais leves, naturalmente).

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Mesmo quando o cooler é ligado, ele mal emite ruído, um detalhe importante de destacar levando em consideração que pouquíssimos fabricantes fazem algo similar. A ASUS optou por colocar um conector PCIe de 8 pinos ao invés de 2 de 6 pinos, como na solução padrão, o que faz sentido considerando a TDP mesmo em overclock, puxando cerca de 75 watts do próprio conector PCI Express 3.0 e o restante diretamente da fonte de energia.

A Asus aumentou consideravelmente o clock de fábrica, saindo dos 1050 MHz para 1114 MHz e com o GPU Boost 2.0 de 1178 MHz para 1253 MHz. Através do ASUS GPU Tweak, conseguimos aumentar ainda mais, chegando a 1370 MHz sem aumentar a temperatura de forma considerável e sem instabilidades, sendo possível aumentar ainda mais com um controle correto de voltagens e contando com um gabinete bem refrigerado.

Desempenho

Tivemos que utilizar uma “máquina backup” em nossos testes com a ASUS Strix GTX 970, já que a máquina principal tem uma visita marcada com o médico enquanto escrevemos esse artigo. Infelizmente, ela não é capaz de acompanhar a GPU mesmo com o overclock que realizamos, de forma que temos que utilizar um certo relativismo para isolar os resultados que dependem exclusivamente da placa de vídeo:

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  • Processador: APU AMD A8-3870K com gráficos integrados desligados, com 4 núcleos rodando a 3,6 GHz (solução de refrigeração Zalman CNPS14X com 2 coolers adicionais de 140 mm);
  • Memória RAM: 16 GB Kingston HyperX Fury rodando a 1866 MHz em dual-channel;
  • Placa-mãe: ASUS F1A75-M PRO;
  • Disco rígido primário: SSD Samsung EVO de 250 GB com 512 MB de memória RAM;
  • Fonte: Corsair CX-600W 80 Plus Bronze;
  • Sistema Operacional: Windows 8.1 Pro de 64 bits;
  • Monitor: Philips 29 polegadas (2560x1080).
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Apesar da falta de fôlego da CPU, a Strix GTX 970 se saiu consideravelmente bem na maioria dos benchmarks que realizamos, mantendo o cooler desligado em boa parte dos testes. O processador atende aos requisitos mínimos de performance de todos os testes que realizamos, mas uma CPU mais potente, combinada com uma memória RAM mais rápida e com mais canais certamente melhoraria ainda mais esses números.

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Jogos

Utilizamos 4 jogos em nossos testes, e em todos eles conseguimos manter a taxa de frames acima de 60 boa parte do tempo na resolução nativa da tela, ou Full HD quando não suportado pelo jogo. Em Watch Dogs setamos os gráficos no High com o MHBAO e FXAA habilitados. Rodando Bioshock Infinity utilizamos o Ultra com FXAA e no Battlefield 4 setamos tudo no máximo, chegando a cerca de 40 frames por segundo apenas em cenas realmente movimentadas, mas sem observar lentidões.

Rodamos todos os games com DirectX 11, inclusive o Crisis 3, mas neste caso não conseguimos manter o FPS tão alto, e ainda que acreditemos que a “culpa” seja boa parte do processador, não nos pareceu que a Strix GTX 970 consegue segurá-lo a 60 fps com uma CPU melhor. Naturalmente, games mais leves como Diablo III e League of Legends rodam sem o menor problema, mesmo com o processador que utilizamos.

Conclusão

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Encontramos a ASUS Strix GTX 970 com um preço consideravelmente salgado aqui no Brasil de aproximadamente R$ 1.950, o que é bastante triste, considerando que nos Estados Unidos ela mal chega a US$ 350. Vale a pena? Bom, performance não falta na maioria das situações, trazendo não só um TDP bastate baixo pelo desempenho que oferece como também tudo o que a Nvidia tem de mais recente para oferecer, de quebra sendo extremamente silenciosa.

Porém, seu preço ainda é alto, e acreditamos que valha a pena considerar o preço de soluções de performance equivalentes da AMD, ou mesmo a série 700 da NVIDIA dependendo do desempenho desejado. De qualquer forma, é uma placa de vídeo que dificilmente deixará o usuário na mão por um bom tempo, suportando SLI de 3 vias para upgrades futuros. Outro ponto de vantagem é que qualquer fonte de qualidade de 500 watts é capaz de segurá-la, algo que vários modelos com performance similar não fazem.

Como dissemos, a nossa máquina de testes anda meio machucada, mas a configuração que utilizamos demonstra que mesmo um processador lançado em 2011 (e não era top de linha nem nessa época) combinado com a Strix GTX 970 é capaz de oferecer uma boa jogabilidade, ainda que o usuário tenha que baixar um setting ou outro.