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Ubisoft diz que Quartz é “experimento” e prega cautela com NFTs

Por| Editado por Bruna Penilhas | 13 de Janeiro de 2022 às 10h30

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Montagem/Divulgação/Ubisoft/Canaltech
Montagem/Divulgação/Ubisoft/Canaltech
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A Ubisoft pregou cautela ao responder sobre os próximos passos que pode tomar para adoção de tokens não fungíveis (NFTs) em produções da empresa. Em entrevista ao Canaltech, por e-mail, a empresa reforçou que a entrada no mundo das criptomoedas é ainda “experimental”. Em dezembro, a Ubisoft iniciou a venda de tokens não fungíveis em Ghost Recon Breakpoint por meio da plataforma Ubisoft Quartz.

“O Ubisoft Quartz ainda é um experimento, mas a interoperabilidade embutida do blockchain e a natureza descentralizada abrem caminho para uma estrutura fundamental que permitiria uma verdadeira interconexão entre os mundos dos jogos em um nível técnico”, declarou a equipe global da plataforma sobre o tema.

O tom de cautela adotado surge em meio a polêmicas que envolvem resistência da comunidade e até de funcionários da publicadora sobre a chegada de criptomoedas nos jogos. O vídeo de anúncio do Ubisoft Quartz recebeu uma avalanche de dislikes no YouTube, com mais de 40 mil joinhas negativos. O vídeo foi privado no canal da empresa.

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As críticas apontam que a adoção de NFTs nos videogames podem impactar o trabalho criativo de desenvolvimento e prejudicar o meio ambiente, além de alienar jogos com mineradores de criptomoedas.

Em meio a essas incertezas, um futuro com a disponibilidade de NFTs em outras franquias da Ubi, como Assassin 's Creed, foi deixado em aberto. “No momento, estamos focados em lançar o Ubisoft Quartz para jogadores do Ghost Recon Breakpoint e ouvir seus comentários. Teremos mais para compartilhar em uma data posterior”, respondeu a equipe.

Com o lançamento da plataforma, a Ubisoft se tornou a primeira grande desenvolvedora do mundo dos games a adicionar (NFTs) em um jogo de grande orçamento (triple-A). Ghost Recon Breakpoint recebeu itens exclusivos chamados de Digits.

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Os primeiros lotes foram disponibilizados na fase beta de PC da plataforma em 9 de dezembro em países selecionados, como o Brasil. Os Digits chegaram como veículos, armas e outros cosméticos limitados que podem ser usados no game e revendidos pelos jogadores em outras plataformas a diferentes valores.

O objetivo do passo dado, segundo a empresa, é apoiar a inovação e ficar na dianteira tecnológica na indústria dos videogames. A Ubisoft defendeu que ações com NFT e blockchain, apesar de polêmicas, podem personalizar a experiência dos jogadores e criar um sistema de governança descentralizada de itens adquiridos em jogos.

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“A Ubisoft busca por inovação e novas maneiras de tornar jogadores verdadeiros stakeholders de seus mundos. [NFTs] também dão à Ubisoft a perspectiva de refletir sobre as melhores maneiras de fornecer o verdadeiro valor do blockchain aos nossos jogadores, superando as limitações iniciais da tecnologia para jogos, como sustentabilidade e escalabilidade”, explicou a empresa.

A Ubisoft explora aplicações com blockchain há 5 anos, trabalhando em pesquisa e desenvolvimento de protótipos como HashCraft, Rabbids Tokens e One Shot League.