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Resident Evil 4: seis novidades importantes do remake

Por| Editado por Bruna Penilhas | 14 de Junho de 2022 às 17h35

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Divulgação/Capcom
Divulgação/Capcom

Não tivemos E3 neste ano, mas o que não faltou foi anúncio de game. E entre todos que permearam as últimas semanas, o remake de Resident Evil 4 com certeza foi um dos maiores. Após muitos meses de especulação e rumores desconexos, a Capcom finalmente confirmou a reimaginação de um dos jogos mais importantes de sua história e de todos os tempos.

Tanto no evento da Sony, no início de junho, quanto em uma apresentação própria realizada nesta semana, a companhia exibiu a pegada do título, que parece mais focada no horror. O cenário se tornou mais sombrio, os inimigos estão diferentes e, do que vimos até agora, dá para esperar uma versão um bocado diferente daquela que vínhamos jogando desde 2005 em praticamente todas as plataformas.

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A seguir, separamos seis elementos que chamaram a atenção e mostram porque, mais do que um remake, esta é também uma reimaginação do título original:

1. Clima sombrio e foco no terror

A principal mudança aparece logo no começo dos novos trailers. Ainda que conte com cenas diurnas e outros momentos no que parece ser um entardecer, ficou claro o teor bem mais sombrio do game. Com isso, acompanha outra mudança, com o título parecendo seguir o foco no Survival Horror que vimos no recente remake de Resident Evil 2, no lugar do clima de ação visto em sua sequência e também no game original.

A Capcom sempre falou em Resident Evil 4 como um jogo de terror, mas quem jogou sabe que não é bem assim — essa, inclusive, foi uma das grandes mudanças do título, em 2005, que acabou permeando toda uma nova era na franquia. O mesmo acontece agora, mas desta vez, é a aventura com Leon que segue as bases do que veio antes.

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Ainda sabemos pouco sobre a jogabilidade e, principalmente, sobre sistemas que envolvem combate, economia de recursos, quantidade de inimigos ou armas. Mas a impressão que fica, pelo menos até agora, é que, finalmente, Resident Evil 4 será uma experiência assustadora, além de tensa como sempre foi.

2. Leon mais humano

As sombras, aliás, parecem permear toda essa leva inicial de divulgações sobre o game. Após um mistério esquisito no primeiro trailer de Resident Evil 4, a Capcom revelou o rosto do personagem principal, Leon Kennedy. E o que vimos foi um personagem que parece assombrado pelos eventos do passado, bem longe do agente bonachão e piadista do game original.

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Olheiras, uma expressão séria e as falas sobre querer fazer com que este incidente não termine como acabou o de Raccoon City dão o tom de uma versão um bocado diferente do personagem. Na franquia original, Leon jamais esqueceu o que aconteceu na cidade dos zumbis, mas foram muitos jogos, filmes, traições e incidentes virais para que ele se tornasse sua versão mais amarga, acoplada a um copo de bebida. Desta vez, tanto horror parece ter cobrado o preço muito antes sobre sua personalidade.

As habilidades de Leon são indiscutíveis e, claro, devem ser demonstradas no remake de Resident Evil 4. Afinal de contas, se ele não fosse assim, não estaria sozinho na Europa em uma missão para resgatar a filha do presidente dos Estados Unidos. Entretanto, isso não quer dizer que a tarefa será fácil, com os fantasmas de seu passado, provavelmente, prestes a ganhar novos companheiros.

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3. Um novo perseguidor?

Uma imagem de menos de um segundo e a presença de um acessório chamou a atenção dos fãs nos dias que seguiram a revelação de Resident Evil 4. Em um flash rápido do primeiro trailer estava Bitores Mendez, chefe da vila onde os trechos iniciais do game se passam e um dos principais inimigos do título. Ele está de chapéu, assim como uma figura que assombrou muita gente nos títulos mais recentes.

A visão logo gerou especulação de que o “chefão”, agora, seria um perseguidor como o Mr. X, em Resident Evil 2. Sua altura e postura, desde sempre, indicaram uma inspiração, enquanto essa ideia reforça o possível tom mais intimista e menos focado na ação que os fãs estão esperando desse remake. Andar pela vila, na visão deles, pode se tornar mais assustador do que nunca.

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Ou pode ser apenas um reaproveitamento de conceito e até modelo de personagem, como a Capcom já fez diversas vezes. Ao longo do trailer, é possível notar muitas semelhanças entre o estilo do remake de Resident Evil 4 e Village, que desde seu anúncio, já era citado por muitos como uma espécie de título prévio a este. A nova aparência de Bitores, no fim, pode ser mais um exemplo.

4. Mais trechos com Ashley?

Ashley Graham é a peça central do Resident Evil 4 original. É por causa dela que Leon vai à Europa e é em torno da garota que o plano do vilão Osmund Saddler se concentra — ele desejava devolver a menina infectada com o parasita Las Plagas, que eclodiria e contaminaria o centro do poder americano. Estas ainda devem ser as linhas gerais do remake, mas aparentemente, o papel da refém será maior.

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No primeiro trailer, vemos Ashley fugindo pelas florestas e, aparentemente, chegando à vila. Quem jogou o original sabe que ela é controlável em um pequeno trecho, já no castelo, enquanto demora para aparecer no título, estando sempre ao lado de Leon. Maior destaque a ela no remake de Resident Evil 4, quem sabe, também pode significar um envolvimento mais próximo com a história e seus reflexos, ao molde da postura de Leon diante de todo o incidente.

5. Conexões com o passado

Resident Evil 4 nunca foi o jogo mais rico em trama, tanto dentro de si mesmo quanto em suas ligações com o passado e o futuro da franquia. O trailer trouxe pouco sobre isso, mas a imagem acima deixou muita gente especulando sobre um fio que conecte o remake ao recente Village, com as marcas na pedra sendo muito parecidas com o sigilo que é símbolo de todo o incidente com Ethan, Rose e Miranda.

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Ele aparece, justamente, quando Saddler fala sobre a contaminação de Leon com o parasita Las Plagas, também um dos momentos definidores da jornada do game. E quem jogou o remake de Resident Evil 3 sabe que existem mais conexões aqui, com esse elemento também sendo citado como parte das pesquisas ilegais da Umbrella que deram origem ao Nemesis — esse ponto não existia nos jogos originais.

Por fim, podemos incluir a já citada abordagem atormentada de Leon, reflexo direto dos eventos que ele enfrentou seis anos antes. E apenas em poucos minutos de trailer, já temos ligações mais fortes com o passado da série do que no original, que, pessoalmente, tinha a concentração de trama apenas no conteúdo adicional Separate Ways como um de seus maiores problemas. Não mais, esperemos.

6. Equipe de desenvolvimento de Resident Evil 2 e anteriores

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Um dos principais motivos que tornaram o remake de Resident Evil 4 tão semelhante ao game lançado pela Capcom em 2019, além de seu próprio sucesso, é a equipe que trabalha nele. Estão de volta no comando o diretor Yasuhiro Anpo e o produtor Yoshiaki Hirabayashi, ambos responsáveis pela nova fase da franquia e pela reimaginação tão elogiada que foi considerada como um dos melhores títulos do ano de sua chegada.

Mais do que representantes de uma nova era para a série, a dupla também tem experiência nela. Anpo, por exemplo, está na Capcom desde o lançamento do primeiro Resident Evil, em 1996, tendo trabalhado como programador em diferentes títulos da empresa ao longo dos 10 anos seguintes. Em Resident Evil 5, ele assumiu a cadeira de diretor de produção, tendo dirigido, mais recentemente, o spin-off Revelations 2 e os dois remakes anteriores, do segundo e terceiro títulos da franquia.

Já Hirabayashi trabalhou no Resident Evil4 original como designer, tendo entrado na Capcom dois anos antes para contribuir com jogos como Viewtful Joe, Dino Crisis 3 e P.N.03. Ele foi um dos roteiristas do quinto game da série de terror antes de se tornar produtor, estando à frente da remasterização do remake do primeiro Resident Evil e, claro, da reimaginação de Resident Evil 2.

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O remake de Resident Evil 4 tem lançamento marcado para 24 de março de 2023. Por enquanto, o jogo está confirmado apenas no PC, PlayStation 5, Xbox Series X e Xbox Series S, sem notícias sobre versões para os consoles da geração passada.