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Activision Blizzard pagará US$ 18 milhões em processo por assédio

Por| Editado por Bruna Penilhas | 31 de Março de 2022 às 13h33

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Divulgação/Activision Blizzard
Divulgação/Activision Blizzard

A Activision Blizzard vai pagar US$ 18 milhões (cerca de R$ 85 milhões, em conversão direta) a funcionários e ex-funcionários vítimas de assédio sexual e discriminação no ambiente de trabalho. O fundo poderá ser resgatado por pessoas que tenham trabalhado na empresa a partir do dia 1º de setembro de 2016.

O valor foi firmado em um acordo, de setembro de 2021, com a Equal Employment Opportunity Commission (EEOC, ou Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego em tradução livre), órgão que rege igualdade de gênero no trabalho nos Estados Unidos. No entanto, a Justiça estadunidense aprovou a proposta apenas na terça-feira (29).

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Essa quantia não deve afetar muito o caixa da dona de jogos como Call of Duty, Overwatch e World of Warcraft: a empresa registrou receitas líquidas de US$ 8,1 bilhões e reservas líquidas de US$ 8,4 milhões no último ano fiscal. Apenas no último trimestre, os números chegaram a US$ 2,3 bilhões e US$ 1,9 bilhão, respectivamente. A empresa também foi adquirida pela Microsoft por US$ 68,7 bilhões em janeiro de 2022, o maior negócio da história dos games.

Além do fundo, a empresa também promete que contratará uma pessoa específica para ajudar a empresa a oferecer oportunidades iguais e um consultor externo que garanta o cumprimento de todas as medidas — o qual também deverá ser aprovado pelo EEOC.

O CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, se pronunciou sobre o acordo, agradecendo pelo trabalho da EEOC. Vale lembrar que, em novembro de 2021, ele foi acusado pelo jornal The Wall Street Journal de estar ciente do ambiente de trabalho tóxico e, inclusive, de ser denunciado por maus tratos a várias mulheres.

“Continuaremos vigilantes em nosso compromisso com a eliminação do assédio e da discriminação no local de trabalho. Agradecemos a EEOC por seu engajamento construtivo, enquanto trabalhamos para honrar nossos compromissos de erradicar a conduta inadequada no local de trabalho.”
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Porém, este não deve ser o fim da avalanche de denúncias contra a Activision Blizzard, que começaram em julho de 2021 com uma ação do DFEH (Departamento de Emprego e Habitação Justos da Califórnia, em tradução livre). Na semana passada, o estúdio foi processado mais uma vez pelo “sexismo desenfreado” no ambiente de trabalho, com "700 casos" relatados sob a presidência de Bobby Kotick.

Fonte: The Verge