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AirTags são alvo de processo que envolve “múltiplos assassinatos”

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Mark Chan/Unsplash
Mark Chan/Unsplash
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Ações judiciais coletivas colocam os AirTags como dispositivos potencialmente perigosos por terem auxiliado na perseguição de pessoas e até realização de “múltiplos assassinatos”. A expressão foi utilizada em uma queixa conjunta apresentada em junho nos Estados Unidos, que envolveu mais de três dezenas de vítimas.

O localizador portátil foi descrito como “uma das tecnologias mais perigosas e assustadoras usadas por perseguidores”:

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“A aparente escalada [dos casos de perseguição] é preocupante, pois a Apple não teria feito o suficiente para mitigar os danos [para as vítimas]. A perseguição com AirTags pode levar à ruína financeira, já que as vítimas têm custos significativos na contratação de mecânicos para desmontar seus carros e localizar os AirTags, e em outros casos é necessário até realocar suas casas”.

A queixa ainda aponta que a perseguição por AirTags “pode acabar em violência, incluindo assassinatos, e o problema é provavelmente maior do que se imagina pois a perseguição é historicamente subnotificada”.

Alguns casos específicos também foram citados na ação, como o assassinato do filho de LaPrecia Sanders. Ele teria sido perseguido pela namorada com a ajuda dos AirTags, e depois atropelado.

Já Àine O’Neill afirmou que se mudou da Irlanda para os Estados Unidos para seguir seu sonho em Hollywood, mas precisou alterar os planos por conta de uma perseguição por AirTags. Após voltar à Europa, ela disse que “não pôde identificar a identidade do stalker, ou mesmo mensurar o nível de perigo ao qual ela se submeteu”.

A Apple precisará responder à ação até o dia 27 de outubro, e poderá ser obrigada a pagar indenizações dependendo da decisão final.

Apple lançou atualizações para resolver problema dos AirTags

Antes mesmo da ação, a Apple já havia liberado atualizações relacionadas aos AirTags, buscando minimizar os efeitos do potencial de perseguição do acessório.

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Entre as melhorias de segurança está o aumento das notificações de alerta, indicando que um AirTag desconhecido está por perto. O produto também pode fazer um som de alerta, e até mesmo interagir com dispositivos Android por meio de um aplicativo próprio.

Contudo, os casos de perseguição costumam aparecer de forma relativamente frequente, e foi constatado que algumas unidades dos AirTags sem alto-falantes foram vendidas de forma paralela no ano passado.

A segurança de dispositivos de localização tem sido preocupação de outras marcas, como a Samsung, que apresentou recentemente as Galaxy SmartTags 2. Para impedir que situações como as relatadas no processo dos AirTags ocorram, a marca sul-coreana anunciou soluções como o SmartThings Find com notificações de alerta, e o SmartThings Station, que escaneia dispositivos próximos.

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Fonte: iMore