Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Análise | Powerbeats Pro: os "AirPods fitness" valem a pena?

Por| 06 de Novembro de 2019 às 16h25

Link copiado!

Luciana Zaramela/Canaltech
Luciana Zaramela/Canaltech

Quem estava esperando pelos fones truly wireless da Beats, agora já pode comemorar. A marca lançou seu primeiro modelo intra-auricular completamente sem fios, voltado para aqueles que não dispensam alta qualidade de música enquanto treinam, correm, pedalam ou pratiquem qualquer atividade física fora d'água. O Powerbeats Pro é a evolução do Powerbeats 3 — que já analisamos aqui no Canaltech —, porém com alguns diferenciais que justificariam o upgrade ou sua aquisição.

A gente sabe que o valor dos fones da Beats aqui no Brasil é um entrave tão grande que, para muita gente, chega a ser impeditivo na hora da compra. Mas se você está de olho em um desses e o preço não vai te afugentar, pode chegar mais que hoje vamos destrinchar o brinquedinho neste review.

Design & Ergonomia

Continua após a publicidade

Mas olha que coisa boa: na análise do Powerbeats 3, já havíamos cantado a pedra: como que, até o ano passado, a Apple (ou a Beats) não tinha pensado em lançar fones completamente sem fio para o público fitness? Estratégia, meus amigos. Pois, neste ano, nasceu o menino TWS (truly wireless) — que é a cara do irmão mais velho, inclusive pelo design com gancho que passa atrás da orelha para dar mais estabilidade. Em termos visuais, a grande diferença é apenas a ausência do cabo que ligava um fone ao outro, passando por trás da nuca.


Recebemos o modelo na cor azul marinho, bem bonitona, por sinal. Tanto no design, quanto na ergonomia, os fones continuam como antes: firmes, seguros, com um "corpo" meio volumoso — e um case de carga mais ainda. E sim, agora temos case de carga! Os Powerbeats estão mais próximos dos AirPods, da Apple, pois além de serem fones independentes e sem fios, trazem um estojo que promete carregá-los quando a bateria estiver morrendo. São "AirPods reforçados" para quem vai malhar.

Os fones são leves e confortáveis, e saem-se como bons companheiros para quem corre, puxa ferro, malha, pedala ou treina sozinho. Em nossos testes, passaram total segurança durante práticas leves, como academia, pedalada ao ar livre e também atividades domésticas. São, ainda, fones legais para quem quer fazer tudo isso no mesmo dia, sem faltar bateria para curtir um som enquanto trabalha ou pega no sono.

Continua após a publicidade

O modelo, óbvio, tem cara de Beats, já que o estilo é, no mínimo… familiar. Além da perda do cabo que unia um fone a outro, os fones também vieram mais lapidados, e se comparados com o modelo anterior, mais "magrinhos" em construção. Falando nisso, o acabamento e a construção são de fones esportivos premium, com uma boa pegada e firmeza legal para quem usa. Estão disponíveis em várias cores: preto, azul marinho, verde oliva e marfim.

Tal qual o Powerbeats3, o fone tem um estilo bem diferentão, volumoso em relação a outros fones da categoria, com um design bem particular. Esse gancho que passa por trás da orelha é ótimo para dar estabilidade, leveza e permite usar o fone por horas a fio enquanto você malha, trabalha, corre, volta pra casa etc. Mas daí a dizer que os fones são bonitos… é você quem vai decidir.

Continua após a publicidade

Apesar dos fones serem muito mais práticos por serem TWS, e relativamente pequenos (apesar do gancho), o estojo de carga e transporte é um trabolhinho. Comparado com o estojo dos AirPods, por exemplo, ele é bastante volumoso e nada confortável para se carregar por aí no bolso dos shorts ou da calça. Veja só (o estojo da Beats à esquerda):

Os fones têm um design super esportivo, num material bem gostoso ao tato e muito bem acabados. Eles são resistentes ao suor e a respingos de água ou chuva — mas você não pode abusar da certificação IPX7 e dar um mergulho com eles, até porque o Bluetooth não funciona dentro d'água.

Conectividade

Continua após a publicidade

Os pequenos não contam com opção cabeada de reprodução de música, tendo como única porta uma entrada Lightning. Eles vêm acompanhados de um cabo USB-Lightning para você plugar no computador quando precisar de carga.

O Powerbeats Pro traz conexão Bluetooth 5.0 (Class 1), que confere estabilidade e qualidade de reprodução. Apesar de não conseguirem se comunicar simultaneamente com dois ou mais dispositivos, têm a vantagem de trazer o chip H1, da Apple — o mesmo presente nos AirPods, que tornam fácil o pareamento entre dispositivos da Maçã. Depois de parear pela primeira vez, basta tirar o fone do case perto do iPhone para que o celular já os identifique. Trocar entre o iPhone e Mac também é fácil, graças ao chip da Apple. Isso, entretanto, não acontece no Android. No sistema do Google, o pareamento funciona como o de qualquer outro fone, sem essas "firulas".

Para quem vai ouvir música malhando e pretende deixar o celular em um cantinho, o alcance é bem bacana: sem repiques, você pode se distanciar até uns 15 metros do celular em campo aberto. Com barreiras e em ambiente fechado, como na academia ou em casa, uns 10 metros. Em nossos testes, usamos o Powerbeats Pro com um iPhone 7.

Continua após a publicidade

Como todo fone sem fio, especialmente TWS, os fones têm latência. Ou seja: você pode passar raiva ao usá-los enquanto assiste a vídeos no Android, por exemplo. Já no iOS, graças ao chip H1, essa latência é reduzida e a experiência no YouTube passou nos nossos testes.

Não são fones com NFC.

Controles

O esquema de controles do Powerbeats Pro é simples, facil de assimilar, com boa resposta e funcionalidade. O logo da Beats, de qualquer lado, funciona como um botão multifucional: ao pressionar uma vez, a música toca ou pausa. Ou então você atende uma ligação recebida. Com dois toques, você avança uma faixa. Três toques fazem retroceder.

Continua após a publicidade

Pressionar o botão por um tempinho faz ativar a Siri ou o Google Assistente.

Para o volume, os fones possuem um botão físico especial localizado acima do "corpo", quase no início do gancho. Com esquema semelhante ao botão de volume do iPhone, pressionar a parte superior aumenta, e pressionar a parte inferior deste mesmo botão, diminui o volume.

Os fones contam com um sensor que "sabe" quando você os retirou ou colocou na orelha, fazendo a música parar de tocar quando não estão em uso, e voltando a reproduzi-la de onde parou ao serem novamente colocados.

Continua após a publicidade

Nas ligações: pressionar o botão com o logo da Beats atende ou desliga. Para atender a uma chamada e colocar a atual em espera, basta pressionar uma vez quando receber a ligação. Pressionar de novo alterna entre as ligações. E para recusar uma chamada, é só pressionar o logo da Beats por um segundo, em qualquer um dos buds.

E aí, Siri?

Para ativar a Siri no iPhone, é só dizer o bom e velho "E aí, Siri". Você também pode manter o botão com o logotipo da Beats pressionado até ouvir um som, para depois fazer a pergunta à assistente.

Continua após a publicidade

No Android, para acessar o Google Assistente, é só manter o botão com o logotipo da Beats pressionado.

Áudio

O som do Powerbeats Pro melhorou bastante, ficou mais refinado em relação ao do seu irmão mais velho, o Powerbeats3, principalmente nas frequências mais altas. Ainda não estamos colocando os dois em um páreo — por enquanto.

O fone é voltado a esportistas e amantes de atividades físicas ao ar livre ou em academias, mas pode muito bem ser usado no escritório, na rua, durante viagens, etc. Apesar de que, para a tristeza de muitos, não conta com isolamento ativo de ruído.

Continua após a publicidade

Em termos gerais, o som do Powerbeats Pro é gostoso, tem uma dinâmica boa, uma resposta legal em todas as frequências e, incrivelmente, não traz aquela assinatura famosa por graves supermarcantes da Beats. Aliás, penso que a empresa esteja mudando isso, pois os últimos modelos que lançou (Studio3, Powerbeats3 e agora o Pro) estão com uma pegada sonora bem mais equilibrada, com médios mais presentes e agudos cada vez mais limpinhos. Vamos falar individualmente sobre cada frequência e como foi nossa experiência de testes com o novo modelo da Apple.

Graves

Os graves não são a palavra de ordem no modelo. Que coisa, não? Mas, apesar de não bufarem, trazem uma faixa de frequência mais contida, embora presente, que não ultrapassa e nem sobrepassa em ganho, muito menos atropela frequências vizinhas. São muito bem definidos, e isso faz do fone um modelo bem mais versátil, pois nem todo mundo que curte malhar o faz com música eletrônica. O baixo soa gostoso em uma ampla variedade de estilos, porque não foge da raia: é o que acontece em músicas em que ele naturalmente aparece, como é o caso de Peace Frog, do The Doors. Apesar de não ser a frequência mais marcante desta trilha, soa presente e nítida, deixando a música bem redonda mesmo em competição com a voz de Jim Morrison, as guitarras, órgãos, bateria e tudo o mais. Para um rock ou um groove clássico, está excelente. Quem precisa de mais vigor enquanto malha, talvez sinta falta daqueles graves exagerados, com esteroides, que sopram nos ouvidos. Eu, particularmente, gostei bastante e não sinto falta nenhuma de graves baforando no meu cérebro.

Continua após a publicidade

Em God Is a Dancer, de Tiësto e Mabel, os graves chegam, sim, muito bem, e a música traz uma energia muito legal com suas batidas eletrônicas pesadonas. De fato, o fone não entrega subgraves que tremem nossos miolos, mas é tudo harmônico, a dinâmica é bem interessante — e isso é lindo. Os graves são fortes! Em The Man, da Taylor Swift, senti falta de ênfase só no comecinho dos subgraves, mas a música fica muito redonda quando entra o refrão, e vai agradar, sim, a grande maioria do público que precisa de ânimo para fazer exercício. O fone tem muita personalidade nesses estilos, o que prova que uma bomba atômica de graves não é imprescindível. Aliás, o fone tem graves muito, mas muito bons mesmo.


Médios

Quem acompanha os reviews do Canaltech, sabe: para mim, a gama média é a chave de equilíbrio tonal de qualquer música e precisa ser tratada com muito carinho, pois "casa" as frequências nas pontas. E eu curti muito o resultado de Should I Stay or Should I Go, do The Clash, em médios. Quando a música cresce e entram bateria, baixo distorcido e guitarras, já dá para sentir o poder do Powerbeats Pro. Os louros, aqui, vão para o momento em que Joe Strummer começa a cantar. A voz dele soa transparente, de tão limpa. Claro, ele compete com poucos instrumentos tocando ao mesmo tempo, e isso dá aquela ênfase especial no vocal. Apesar de percussões (como meia-lua e pandeiros) soarem agudas demais, o tratamento que a Beats deu aos médios neste fone é, no mínimo, digno de nota. Interessante, pois isso faz com que os fones sejam legais até para ouvir bossa nova.

Em contrapartida, em Ransom, de Lil Tecca — um hip hop para falar de médios? Sim! —, o início da música com frases de sintetizador harmoniza legal com os vocais. A bateria eletrônica chega com tudo e à frente de todo e qualquer instrumento ou voz de toda a faixa, e aqui a gente percebe que os médios-agudos e agudos estão um pouco acima do que deveriam estar. Contrastam com os graves e subgraves dos surdos eletrônicos? Sim, mas têm muito mais ganho, até mesmo que os próprios vocais. Hip-hop tem dessas coisas, mas quem deveria chegar primeiro na mixagem seria os vocais e os graves. Não foi o caso, e essa faixa em especial soa desequilibrada.

De modo geral, são médios bem equilibrados, que não se congestionam, mas que projetam alguns instrumentos, de algumas gravações, muito à frente dos graves.

Agudos

Outra surpresa. A Beats calibrou os agudos em seu modelo mais novo, e claro que foi para dar a impressão de um montão de ambiência e abertura em seus fones fechados e com pouco o nenhum espaço para palco sonoro. Essa é a grande diferença do fone para seus antecessores, aliás. Eu me surpreendi com o que ouvi em It Must Be Love, do Madness. Agudos lá em cima, pianos para lá de "bright", tudo muito brilhante e definido, na verdade. Os baixos e os médios existem, são presentes, mas ainda não consegui parar de prestar atenção nos agudos e médio-agudos. Guitarras, pianos, órgãos, chimbais e metais, caixa da bateria, sons sibilantes do vocal, solo de sax… é tudo muito, mas muito aberto. Os fones devem ter uma curva ascendente muito acentuada na região de resposta entre 1 kHz a 10 kHz.

Vamos pegar duas trilhas bem brilhantes, agora, como exemplo. Na psicodélica Main Dream, do La Luz, a sensação é a mesma. Ainda mais por termos um vocal feminino, aqui, lotado de efeitos como reverb "no talo". O que chega aos ouvidos é um som muito aberto, com definição de sobra em frequências mais altas — muito mais do que nas mais baixas, com toda certeza. Qualquer instrumento ou vocal que supere a faixa dos 2 kHz tem um brilho estalado, considerável, mas no limite do ofuscante. A superdefinição é artificial, mas não é ruim. Os graves não ficam perdidos na mixagem, muito embora sejam sobrepostos pelos agudos, como nesta faixa do La Luz. Numa pegada parecida, vamos de Goodnight Moon, do Shivaree (quem lembrou de Kill Bill levanta a mão!). O contrabaixo acústico arredonda a música em toda sua extensão, mas fica recuado em relação a: bateria com vassourinhas; guitarras com tremolo; vocais; fraseados e efeitos agudos. No refrão, os backing vocals, órgãos, efeitos de teclado, pratos e o vocal principal explodem na mixagem. Apesar de todo o brilho, de toda a definição… é gostoso ouvir, entende? Na parte em que Ambrosia Parsley sussurra, é legal ouvir como o que ela diz fica para lá de nítido, apesar de que consoantes como S, C e T sejam prejudicadas pelo excesso de ênfase (quase ASMR binaural, para você ter ideia). Como se fosse uma TV com brilho e nitidez no máximo, mas sem tirar matiz e contraste. Como eu não gosto de graves que me fritam os tímpanos, achei interessante ver como as frequências médio-agudas e principalmente agudas se comportam e músicas com vocal feminino e muitos instrumentos tocados nas oitavas mais altas. O baixo não morre. Ele está lá. Os agudos é que crescem, mas sem saturar.

A dinâmica do Powerbeats Pro é interessante, para dizer o mínimo. Em vez de superenfatizar os graves, eles superenfatizaram os agudos, para dar aquela falsa impressão de ambiência, nitidez. Confesso que ouvir alguns minutos de músicas muito abertas no fone é legal, mas torna-se enjoativo com o passar do tempo. Ou você vai precisar abaixar bastante o volume, ou ouvir um death metal para compensar.

Bateria

O novo modelo da Beats vem com uma bateria bem legal, inclusive para quem treina bastante durante a semana poder ficar tranquilo quanto a plugar o case de carga no computador ou deixá-lo carregando de tempos em tempos. São 9 horas de autonomia direto de cada um dos fones, o que não te obriga a guardá-los na caixinha todas as vezes (muito embora seja o ideal).

Além desse tempo, o case conta com mais 15 horas extras para salvar você quando os fones estiverem "morrendo", totalizando 24 horas. À medida que você vai consumindo bateria nos fones e guardando-os de volta na caixinha, eles vão sendo reabastecidos e o case vai perdendo carga. Tudo isso é indicado no iPhone assim que você abre o case, mas, no Android... só com apps terceiros e olhe lá.

Eu, particularmente, amo carga rápida. E o Powerbeats Pro tem o Fast Fuel, que com apenas cinco minutos carregando, de tá mais uma hora e meia de música.

O legal da tecnologia dos fones é que você pode economizar bastante em bateria, pois eles detectam, sozinhos, quando você está com eles no ouvido ou não.

A independência dos fones entre si não está restrita apenas à conectividade Bluetooth com seu gadget ou computador. Eles também se carregam independentemente, ou seja: se você colocar, com pressa, os dois fones na caixinha e deixar um deles mal colocado durante a noite, ao acordar, vai levar o mesmo susto que eu levei:

Aí você corre o risco de a música acabar de um lado e continuar tocando de outro. Bizarrinho, isso. Então, cuide sempre para deixar os dois fones magneticamente encaixados DIREITINHO no case.

Ponto negativo: de novo, nada de USB-C por aqui. A Apple insiste no padrão Lightning mais uma vez.

Isolamento de ruído

O Powerbeats Pro ainda não é aquele modelo com cancelamento de ruído ativo, que deixaria você imerso em seus treinos e cada vez mais concentrado no que está fazendo, enquanto a academia pode estar uma barulheira imensa e você "100% nem aí". Ainda não foi dessa vez… o que é uma pena, principalmente para quem malha em horários de muito movimento e tem de aturar as músicas das academias e o pessoal conversando alto, ou gritando. O fone ajuda a abafar isso, mas não é eficiente por não ter cancelamento ativo. Ou seja: temos um calcanhar de Aquiles.

Com o isolamento passivo da Beats, você vai escutar o movimento do tráfego enquanto estiver malhando na rua ou mesmo passeando com os fones. Mas se resolver usar em uma academia mais vazia ou mesmo no escritório, em volume médio a alto, vai ter um bom cancelamento passivo de ruído para falas e ruído ambiente (ao redor de 6 dB).

A melhor gama de isolamento dos fones é a aguda, ou seja: barulho de ventilador, ar condicionado ou mesmo pessoas falando baixinho não vão te incomodar. Ele abafa bem esse tipo de ruído externo.

Ah, e por falar em isolamento, falemos também de vazamento de som: quem estiver ao seu lado não vai ouvir muito do que você escuta nos fones. Pudera, isso em uma academia cheia é o de menos.

Microfone

Ora, ora, temos aqui um acelerômetro de voz e "vários microfones", segundo a Apple. Eles estão aí para se concentrarem na sua voz, isolando o máximo possível de interferências externas, deixando sua fala mais limpa.

Nos nossos testes, o comportamento desses "vários microfones" foi bem OK, soando levemente enlatado e muito sibilante durante um áudio ou uma ligação. Normal. Nada wow. Nada superlimpo. Mas deu para perceber que, durante um treino de vôlei dentro de um ginásio poliesportivo, o sistema lutou mesmo para deixar a voz mais clara em uma ligação. Então, é um microfone normal.

Preço e onde comprar

No site oficial da Apple, o Powerbeats Pro sai pela "bagatela" de R$ 2.149, em até 12x ou com 10% de desconto à vista. O frete, pelo menos, é grátis.

Mas você pode encontrar o modelo com um preço menos assustador por aí. Na Amazon, o Powerbeats Pro sai a R$ 1.699,99 (na data de publicação deste review), por meio de importadores ou em pré-venda, com frete e data de entrega variáveis. Pela diferença do preço, compensa.

O que tem na caixa

  • Powerbeats Pro
  • Case para transporte e carregamento
  • Cabo Lightning - USB
  • Manuais

Veredicto

Os fones da Beats são legais. O que mais impressionou no modelo foi o fato de a marca estar cada vez mais "abandonando" sua assinatura sonora de graves superenfáticos. Acho que "abandonando" não é bem o termo, então talvez seja melhor usarmos a palavra "aprimorando".

A gente já esperava que a nova versão dos Powerbeats viesse completamente sem fios e trazendo um case legal para recarga. Os ganchos, goste você ou não, permanecem como auxiliares de estabilidade — o que mata o design em prol de tranquilidade em qualquer atividade física fora d'água. Pela confiança que passa, você poderá usar os fones até mesmo enquanto treina ginástica olímpica. Vai ser difícil alguém reclamar que os fones vão cair.

A bateria é bem legal, dá tempo de sobra para curtir suas músicas durante a sua semana de treino, levando ou não o case com você. Ponto negativo é a independência de carregamento de cada fone, porque se você bobear, pode acabar carregando um mais que o outro, ou deixar um deles sem carga. Então, fique ligado nisso para não ter surpresas desagradáveis no meio do treino!

A falta de isolamento ativo de ruído decepcionou. Quem malha ou treina em horário de pico sabe o quanto é desconfortável ficar ouvindo aquela barulheira retumbando nos ouvidos enquanto você só quer treinar concentrado nos seus objetivos. Para essas pessoas, sinto dizer que ainda não chegamos a um Powerbeats ideal para manter o foco no exercício. Entretanto, para quem pedala, corre, gosta de ouvir o que está acontecendo ao redor, sem imersão nem perder completamente o sentido do que está acontecendo na rua, por exemplo, o Powerbeats Pro é legal. Para uma pessoa que vai pedalando para o trabalho, chega no escritório e quer continuar ouvindo suas músicas enquanto trabalha, com total mobilidade e independência, inclusive atendendo chamadas no celular, vai ser uma mão na roda!

Em termos de áudio: gostamos da surpresa, apesar de que ter MUITA definição em agudos deixe a impressão estranha de que não estamos ouvindo um Beats e torna-se enjoativo com o passar do tempo. Mas os graves estão bem presentes, muito bem alocados, com boa extensão. Vai depender do tipo de música que você curte, ou o quanto gosta de variar entre os estilos. Não fique com medo: você terá uma boa dose de graves, vai curtir seu som numa boa, só não vai sentir o tímpano tremer. Os médios ganharam mais força, trazendo uma imagem melhor às músicas com muitos vocais, guitarras, sopros, sintetizadores e demais instrumentos que flutuam na média dos 400 Hz a 2 kHz. Já os agudos são beeem calibrados. Você percebe bem quando escuta músicas com vocais femininos muito altos, bem como gravações com muita percussão, pratos, instrumentos agudos e trechos falados.

De modo geral, gostamos do fone. No entanto, ao considerarmos o preço... não achamos que vale tudo isso. Você vai pagar muito mais pela marca e pelo status de ter um Beats do que pela qualidade que o produto oferece. Mas aí é com você. O recomendável, como sempre, é você pedir a um amigo ou ir até uma loja testar suas músicas favoritas no Powerbeats Pro antes de fazer um investimento desse tamanho.

Para o design e ergonomia, nota 7,5 (não ganhou um 8 porque, particularmente, esse design não é lá dos mais lindos; mas a estabilidade é uma teteia!). Para a bateria, nota 9. E para o som, nota 8.