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O céu não é o limite! | Fotos do James Webb, base lunar, missão a asteroide e+!

Por| Editado por Rafael Rigues | 16 de Julho de 2022 às 20h00

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NASA/ESA/CSA/STScI/Kajima Corporation
NASA/ESA/CSA/STScI/Kajima Corporation

Vivemos uma semana histórica para a astronomia: as primeiras imagens científicas (e coloridas!) do telescópio James Webb foram divulgadas e elas carregam informações o suficiente para que os cientistas descubram um pouco mais sobre o cosmos. Na verdade, o Webb provou que é capaz de revolucionar o nosso conhecimento do universo nos próximos anos.

Além disso, o Japão e a China anunciaram alguns planos para o futuro, e um deles é pra lá de ambicioso. Confira esses e outros destaques da semana.

As imagens coloridas do James Webb

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Se você não esteve em uma caverna durante a semana inteira, provavelmente já contemplou as imagens fabulosas do telescópio espacial James Webb, considerado o sucessor do Hubble. A NASA divulgou as primeiras imagens científicas e coloridas do telescópio na terça-feira (12): uma região pequena do céu, porém profunda (a mais profunda já registrada), o Quinteto de Stephan, a Nebulosa do Anel Sul e a Nebulosa Carina.

Além disso, o Webb conseguiu coletar as informações mais detalhadas já obtidas do espectro de um exoplaneta chamado WASP-96b e descobriu a presença de água e nuvens por lá. A riqueza de dados que o telescópio consegue coletar de um alvo é tão impressionante que é impossível deixar de comparar as fotos do James Webb com as do Hubble. Mas não se engane — isso não torna o "Hubbie" menos importante, pois ele registra imagens em outros "tipos de luz".

Embora a foto da Nebulosa Carina seja a mais exuberante aos olhos, é a imagem de espaço profundo que demonstra o longo alcance do Webb. Você pode ver por si mesmo neste zoom da imagem da região SMACS 0723.

O projeto japonês de base lunar com gravidade artificial

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Cientistas japoneses desenvolveram um conceito de base lunar habitável com gravidade artificial, que é no mínimo... interessante. Na verdade, parece mais uma verdadeira cidade vertical interplanetária giratória, que completa uma rotação sobre seu próprio eixo a cada 20 segundos para produzir a gravidade (exatamente como vimos no filme Elysium, de 2013).

A rotação cria uma força centrífuga equivalente à aceleração da gravidade da Terra, permitindo que as pessoas andem pelas paredes internas como se fosse a superfície de nosso planeta. Casas, ruas, lagos e trens seriam construídos. Ainda é muito cedo para colocar essa ideia em prática, mesmo em proporções menores, já que a humanidade ainda sequer retornou à Lua desde a última visita, em 1972. Mesmo assim, os japoneses disseram que desejam realizar o projeto até 2050.

A missão chinesa para desviar asteroides perigosos

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A China apresentou seus planos de enviar uma missão para estudar e tentar desviar a rota de um asteroide relativamente próximo à Terra. O alvo escolhido foi a rocha espacial 2020 PN1, descoberta em 2020, com cerca de 40 m de diâmetro.

Essa missão tem lançamento estimado para 2026, a bordo de um foguete Long March 3B, e enviará duas espaçonaves: uma para se chocar com o asteroide e desviá-lo e outra para observar o procedimento.

É o mesmo conceito que será estudado missão DART, da NASA: enviar uma espaçonave para "dar um empurrãozinho" em um asteroide potencialmente perigoso, influenciando sua rota e evitando uma colisão com nosso planeta. Será que dá certo?

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Um novo calendário para o Sistema Solar?

Cientistas chineses propuseram um calendário interplanetário, para evitar futuros problemas na contagem de tempo quando a humanidade ocupar em bases fixas na Lua, Marte e além. A ideia é que as datas não sejam centradas na Terra ou nas culturas humanas, mas ainda sejam sincronizadas com a passagem de tempo em nosso planeta.

Esse sistema de medidas do tempo seria baseada no centro de massa comum do Sistema Solar, que serviria para estabelecer as coordenadas que determinem posições no espaço. O início do tempo no calendário do Sistema Solar seria marcado pelo momento em que os sinais de um pulsar de milissegundos alcançassem a região. Entenda melhor a proposta clicando no link acima.

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Os efeitos de um sobrevoo estelar no Sistema Solar

Será que alguma estrela distante poderia passar perto do Sol? Bem, não é impossível, dependendo das circunstâncias em que o Sol se formou (o que os cientistas ainda não sabem responder com exatidão). Se nossa estrela nasceu em algum aglomerado estelar, por exemplo, e acabou se afastando, pode ser que outra estrela de lá siga o mesmo caminho e sobrevoe o Sistema Solar.

Esse sobrevoo causaria um distúrbio nas órbitas dos planetas que conhecemos em nossa vizinhança, mas isso não deve acontecer tão cedo: os pesquisadores concluíram que um sobrevoo estelar como este só deve ocorrer uma vez a cada 100 bilhões de anos na região em que o Sistema Solar se encontra.

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Há chance de um foguete reentrar na atmosfera e atingir alguém

Pedaços de foguetes reentram na atmosfera terrestre com certa frequência, mas costumam cair com segurança no oceano. Mas recentemente, uma parte de um foguete da SpaceXcaiu no Paraná, em uma área inabitada, o que é um pouco preocupante. Agora, um novo estudo sugere haver 10% de chances de um foguete descontrolado reentrar na atmosfera e atingir fatalmente uma pessoa.

Mas calma, no nível individual, as chances são muito pequenas. Ou seja, as chances de um foguete atingir você são praticamente irrelevantes. Bem, a menos que você viva em uma cidade de alta densidade populacional a 30º na latitude norte, já que os foguetes que realizam essas reentradas descontroladas estavam em órbita ao redor do equador. A boa notícia é que a indústria espacial está pensando em mudar suas práticas para tornar as coisas mais seguras para todos.

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Bactérias com "escudos" magnéticos podem sobreviver à radiação de Marte

Parece que bactérias magnetotáticas, que vivem onde há água doce e salgada, têm potencial para sobreviver em Marte graças a “escudos magnéticos”. Para chegar a essa conclusão, cientistas lançaram um balão científico ao espaço para expor uma caixa de bactérias à radiação ultravioleta por sete horas.

Enquanto outros tipos de bactérias morreram no experimento, as magnetotáticas (capazes de sintetizar nanominerais de ferro magnético) sobreviveram a 23 km acima do nível do mar. Isso sugere que essas bactérias são candidatas a pesquisas futuras de astrobiologia.

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