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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (24/09 a 30/09/2022)

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Outubro de 2022 às 11h00

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NASA, ESA, Hubble Heritage Team/AURA/ASI//Ralf Rohner
NASA, ESA, Hubble Heritage Team/AURA/ASI//Ralf Rohner

Se você acompanhou os últimos acontecimentos da ciência espacial, deve saber que a NASA chocou a nave DART contra o asteroideDimorphos em uma missão histórica. Esta foi a primeira demonstração de uma tecnologia de defesa planetária já feita pela humanidade, e aparece aqui em foto e vídeo, em meio às imagens de destaque divulgadas no site Astronomy Picture of the Day.

Caso você queira um pouco de variedade, poderá observar também as cores e formas das nebulosas e até algumas fotos incríveis do Sol nascendo antes e durante o equinócio, que mostram paisagens de tirar o fôlego.

Vamos lá?

Sábado (24) — Equinócio de primavera

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O fim de setembro foi marcado pelo equinócio de primavera no hemisfério sul. O evento astronômico aconteceu no dia 23, quando os dois hemisférios do planeta receberam aproximadamente a mesma quantidade de luz. Portanto, o dia e a noite tiveram durações quase iguais, como resultado da inclinação da Terra sobre seu próprio eixo, somada à órbita do nosso planeta ao redor do Sol.

A foto acima foi capturada no dia 15 de setembro e, apesar de ter sido um pouco antes do equinócio, ela mostra um belo nascer do Sol, acompanhado de raios crepusculares. Eles ocorrem quando o Sol está abaixo do horizonte, e costumam ter cor alaranjada devido ao caminho que a luz faz através da atmosfera, que dispersa os comprimentos de onda mais curtos da luz azul e verde.

Como a Terra nunca para de orbitar nosso astro, o período de luz solar e escuridão de duração quase igual passa rapidamente. Os equinócios ocorrem duas vezes por ano, e são boas oportunidades para descobrir as direções do leste e oeste: neles, o Sol nasce na direção leste e se põe na direção oeste.

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Domingo (25) — Parte da Nebulosa da Águia

Esta foto foi publicada pela NASA em 2005, e faz parte de uma série de imagens divulgadas em meio às celebrações dos 15 anos de operação do telescópio espacial Hubble. A imagem mostra parte da Nebulosa de Águia, e mostra um dos maiores e mais nítidos registros já capturados pelo telescópio com a câmera Advanced Camera for Surveys (ACS).

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Na imagem, há uma espécie de torre formada por gás frio e poeira, sendo projetada da nebulosa, onde estrelas jovens nascem do hidrogênio gasoso frio. Esta torre cósmica se estende por aproximadamente 9,5 anos-luz e pode funcionar como uma grande incubadora das estrelas recém-nascidas ali; algumas delas podem ter sido formadas pelo gás colapsando com a ajuda da gravidade, enquanto outras podem ter vindo da pressão do gás aquecido por estrelas vizinhas.

Em cerca de 100 milhões de anos, a grande torre de poeira deverá acabar evaporada em função da radiação das estrelas. Hoje, o célebre telescópio Hubble já soma mais de três décadas de atividades no espaço e um repertório bastante vasto de descobertas e mais de 700 mil fotos do espaço, que maravilharam e impressionaram tanto os astrônomos quanto o público.

Segunda-feira (26) — Quanta água existe na Terra?

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Você já se perguntou quanta água existe em nosso planeta? De forma geral, mais de 96% da água da Terra está nos ocenaos, e o restante vem de outras fontes. A ilustração acima te ajuda a entender melhor as nuances envolvidas na água da Terra: nela, cada esfera azul indica as quantidades relativas do volume da água presente na Terra, quando comparadas ao tamanho do nosso planeta.

A maior delas representa toda a água do planeta, seja na superfície ou no interior dela, o que equivale a 1.386.000.000 de km³. Já a esfera de tamanho médio representa os 10.633.450 km³ de água doce subterrânea, em rios, lagos e outras fontes. Embora todo este volume seja de água doce, extremamente necessária para a nossa vida, a maior parte dele está sob o solo e, portanto, inacessível para nosso uso.

Caso você esteja se perguntando sobre a menor esfera, que quase desaparece perto do volume das demais, saiba que ela representa a água doce de todos os rios e lagos do planeta, ou seja, as fontes das quais mais dependemos. Ela tem volume de apenas 93.113 km³.

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Terça-feira (27) — Missão DART se choca contra asteroide

Ao longo da evolução da Terra, vários asteroides atingiram nosso planeta; alguns colidiram com a superfície, e outros explodiram sobre o solo em explosões extremamente energéticas. Para ajudar a proteger a Terra de impactos futuros, a NASA testou nesta semana uma técnica de defesa planetária, direcionando a sonda Double Asteroid Redirection Test (DART) para se chocar contra Dimorphos, um asteroide que orbita Didymos. Ambas as rochas são inofensivas.

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A ideia não era destruir o asteroide, mas sim ajudar os cientistas a entender se é possível lançar uma nave contra uma rocha espacial para causar uma pequena mudança em sua trajetória, para usar esta técnica no caso de algum objeto ser descoberto em rota de colisão com a Terra no futuro. Neste caso, o esperado é que a DART tenha diminuído em alguns minutos o tempo que leva para Dimorphos orbitar Didymos.

A colisão aconteceu nesta segunda-feira (26), quando o sistema de asteroides estava a cerca de 11 milhões de quilômetros de nós, facilitando que telescópios em todo o mundo observem os resultados da missão. Por enquanto, nenhum asteroide com mais de 140 m foi descoberto com risco de atingir a Terra nos próximos 100 anos, mas como nem todos são conhecidos, isso pode mudar.

Quarta-feira (28) — O céu sobre o Monte Shasta

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Este é o Monte Shasta, um grande vulcão na Califórnia, nos Estados Unidos. Ele aparece aqui emoldurado pela faixa da Via Láctea, no lado esquerdo da foto, e várias estrelas. Para começar, observe a área no céu acima do monte, no lado direito da foto: ali, estão as constelações Scorpius e Ophiuchus, o Escorpião e a Serpente, respectivamente.

É ali que está uma estrela bastante brilhante, com cor alaranjada. Trata-se de Antares, a estrela mais brilhante da constelação Scorpius: ela é uma supergigante vermelha com cerca de 12 massas solares, considerada uma das maiores estrelas visíveis a olho nu. Ainda não se sabe exatamente o tamanho dela, mas se fosse colocada no centro Sistema Solar, podemos estimar que Antes chegaria facilmente na região entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Já na parte de cima da foto, bem à direita, está a estrela Zeta Ophiuchi, junto de uma nebulosa de emissão avermelhada. Como o nome indica, estas nebulosas são nuvens de gás ionizado que emitem luz própria em comprimentos de onda visível, e podem ser formadas quando nuvens de gás interestelar são ionizadas pela luz de estrelas dos tipos O e B, extremamente quentes e brilhantes.

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Quinta-feira (29) — Véspera da colisão no asteroide Dimorphos

Enquanto viajava rumo ao sistema de asteroides Didymos, a DART levou o LICIACube, um pequeno satélite projetado pela Agência Espacial Italiana. Ele foi liberado no espaço quando faltavam cerca de quinze dias para o impacto, com o objetivo de tirar fotos para documentar a colisão histórica da sonda contra Dimorphos, registrando também a pluma de detritos liberada.

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A foto acima foi tirada poucos minutos depois do impacto, quando o satélite estava a cerca de 80 km do asteroide. No lado direito dela, está a nuvem de detritos ejetados da estrutura de Dimorphos após a colisão — este, por sua vez, aparece um pouco à direita do centro. O LICIACube capturou outras fotos, que mostram Dirmorphos orbitando Didymos em diferentes ângulos.

Nas próximas semanas, diferentes telescópios em solo vão observar a orbitar de Dimorphos para verificar como a DART se saiu em sua missão, ou seja, se conseguiu de fato causar um desvio na órbita do asteroide. Em alguns anos, a Agência Espacial Europeia vai lançar a missão Hera com destino à dupla de asteroides, para coletar informações sobre o sistema após o impacto.

Sexta-feira (30) — Sol nascendo pelo mundo

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Já imaginou o que acontece quando mais de 20 fotógrafos de todo o mundo registram o Sol nascendo às vésperas do equinócio? A colaboração rendeu a sequência de fotos acima, feitas próximas do equinócio de setembro de 2022. Cada foto foi feita por um fotógrafo nas 24 zonas náuticas, um sistema parecido com os fusos horários em solo, mas com uso em alto mar.

Diferentemente do que acontece com os fusos horários civis, as zonas náuticas são divididas por faixas a 15º na longitude, sendo que cada uma indica o avanço de uma hora no mundo. Com isso em mente, comece a observar a composição com a foto no canto superior esquerdo da montagem, que indica o nascr do Sol na zona náutica correspondente à Hora Universal Coordenada (UTC) em Christchurch, na Nova Zelândia.

Depois, você pode descer o olhar pela coluna de fotos, seguindo para a direção oeste. Em seguida, ao observar as outras colunas à esquerda, você verá o Sol nascendo mais “tarde”, em comparação com o registro da Nova Zelândia.

Fonte: APOD