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China lança três missões espaciais e testa nova versão do foguete Long March 6

Por| Editado por Rafael Rigues | 11 de Abril de 2022 às 18h40

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Nas últimas semanas a China realizou três missões espaciais, incluindo a estreia da nova configuração do seu foguete Long March 6, o primeiro do país a usar propulsores de combustível sólido. Os lançamentos serviram para colocar em órbita da Terra satélites de monitoramento terrestre e calibrar modelos de predição orbital, de acordo com a mídia estatal.

Em 29 de março, o foguete Long March 6A decolou a partir do Centro de Lançamento de Satélites Taiyuan, em Shanxi, no norte da China. Essa versão consegue entregar uma carga útil de até 4 toneladas em uma órbita síncrona ao Sol, que acompanha o movimento de nossa estrela e cruza os polos da Terra, a uma altitude de 700 km.

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O foguete entregou dois satélites chineses: o Pujiang II, desenvolvido para conduzir pesquisas científicas experimentais, mapear a superfície terrestre e explorar outros recursos; e o Tiankun II que realizará medições experimentais de tecnologia de exploração do ambiente espacial.

O Long March 6A é uma versão modificada do lançador Long March 6. O novo foguete apresenta um primeiro estágio alongado e um segundo motor principal YF-100 movido a querosene. Com quatro propulsores e dois motores principais, sua capacidade é quase quatro vezes maior do que a do modelo anterior.

China amplia sua capacidade de lançamento

Outro lançamento aconteceu no dia 30 de março, mas dessa vez foi o foguete Long March 11 que entregou três pequenos satélites em uma órbita polar, a uma altitude de 600 km. Chamados Tianping 2A, 2B e 2C, eles conduzirão pesquisas do ambiente espacial e apoiarão a correção de previsões orbitais da China.

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Desde 2015 esse foi o 12º lançamento do foguete Long March 11 — incluindo dois a partir de uma plataforma marítima —, um foguete também movido a combustível sólido. Até agora, todas as missões espaciais com ele foram bem-sucedidas.

A China não forneceu muitos detalhes sobre os satélites Tianping 2, mas a jugar pelos dois Tianping 1 lançados em 2018, eles provavelmente atuarão como alvos na órbita que ajudarão a calibrar os sensores de rastreamento do país. Mas os lançamentos chineses não param por aqui.

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No dia 6 de abril, foi a vez do foguete movido a combustível líquido Long Mach 4C decolar para entregar um satélite de sensoreamento remoto de alta resolução, destinado a compor a plataforma orbital de monitoramento ambiental da China, chamada Gaofen.

O satélite Gaofen 3 fornecerá imagens de radar com uma resolução de 1 metro, ajudando na prevenção de desastres marinhos, no monitoramento da dinâmica do ambiente marinho frente às mudanças climáticas, na proteção ambiental e mais, segundo a mídia estatal chinesa Xinhua.

O satélite se junta a dois satélites da frota Gaofen lançados, respectivamente, em 2016 e 2021. Eles fazem parte do Sistema de Observação da Terra de Alta Resolução da China (CHEOS, na sigla em inglês), que até hoje lançou mais de 40 satélites deste tipo.

Fonte: Via Space Flight Now, Space.com