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Chandrayaan-3: Índia pousa nave na Lua para estudar o polo sul

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  |  • 

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ISRO
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Nesta quarta-feira (23), a Índia pousou a sonda Chandrayaan-3 perto do polo sul lunar. Agora, o país se torna o primeiro a ter descido uma espaçonave na região, e se junta ao pequeno grupo de nações que conseguiram levar suas sondas à superfície da Lua.

Em uma publicação no X/Twitter, a agência espacial indiana ISRO afirmou que estava tudo pronto para o início da sequência de pouso automático (ALS). "Quando receber o comando da sequência, o módulo de pouso ativa os motores de aceleração para a descida motorizada", explicaram.

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A descida vertical começou às 9h29, deixando o lander cada vez mais próximo da superfície da Lua; já às 9h33, ele pousou, rendendo várias comemorações da equipe da missão.

Lançada em julho, a sonda Chandrayaan-3 entrou na órbita lunar no início de agosto, e algumas semanas depois, o módulo de pouso Vikram se separou do módulo de propulsão. A separação marcou o início dos procedimentos para a descida à superfície.

A Índia direcionou o Vikram a um ponto próximo do polo sul, região nunca explorada por nenhuma sonda em solo. Isso não significa que o país é o único a tentar enviar uma nave para estudar o local: recentemente, a Rússia também tentou levar um lander para o polo sul da Lua, mas a nave colidiu com a superfície devido a uma anomalia no motor.

Para as próximas etapas, o lander Vikram vai liberar o Pragyan, um pequeno rover. A dupla deve explorar a região por cerca de um dia lunar (o equivalente a 14 dias terrestres) com diferentes instrumentos científicos. Assim, além de mostrar ao mundo a tecnologia da Índia, eles vão contribuir para o programa Artemis, da NASA, que visa estabelecer a presença humana na Lua.

Abaixo, você confere a reprise do pouso realizado pela Chandrayaan-3:

A missão Chandrayaan-3

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Desenvolvida pela ISRO, a missão Chandrayaan-3 foi lançada à Lua para tentar pousar em segurança, demonstrar as operações do rover e realizar experimentos científicos por lá. Enquanto o Pragyan e o Vikram estudam a superfície, o módulo de propulsão vai observar a Terra com um experimento focado na polarização da luz refletida por nosso planeta.

Para cumprir os objetivos, o rover, o lander e o módulo de propulsão contam com diferentes tecnologias. Entre elas, estão sistemas de detecção e desvio de perigos, mecanismos para ajudar a suavizar o pouso e instrumentos para estimar a altitude e velocidade deles durante a preparação para a descida.

A Chandrayaan-3 foi desenhada a partir das experiências anteriores da Índia em suas missões lunares. A primeira delas foi a Chandrayaan-1, lançada em 2008 levando uma sonda, que colidiu propositalmente com a superfície lunar. Em 2019, o país lançou a Chandrayaan-2, que tentou pousar um lander por lá; contudo, os oficiais da missão perderam contato com a nave quando faltavam apenas 2,1 km para alcançar a superfície.