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As 10 fotos mais incríveis tiradas pelo Hubble em 2019, segundo este astrofísico

Por| 13 de Dezembro de 2019 às 15h15

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NASA
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O telescópio espacial Hubble teve alguns problemas durante o ano de 2019, mas conseguiu sobreviver e segue registrando imagens incríveis e ajudando a ciência a desvender mistérios do universo. O astrofísico Ethan Siegel selecionou as 10 melhores fotos feitas pelo instrumento durante o ano. Não é uma lista oficial da NASA ou da ESA, mas foi selecionada por um premiado divulgador científico, Ph.D e respeitado no meio, em sua coluna na Forbes.

Confira a seleção com as mais belas imagens capturadas pelo Hubble neste ano!

10. Trilha dupla no asteroide (6478) Gault

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O asteroide Gault foi flagrado em um momento de gradual auto-destruição, quando formou uma trilha de poeira dupla ao se separar em dois. A cauda mais longa tem mais de 800.000 km de comprimento e cerca de 4.800 km de largura. A mais curta tem cerca de um quarto do tamanho.

Os astrônomos acreditam que o asteroide, que tem apenas cerca de 4 km de comprimento, está se desintegrando por conta da ação prolongada da luz do Sol em sua superfície. A auto-destruição, no entanto, pode ter começado há mais de 100 milhões de anos, mas só agora a pressão no interior começou a ejetar material de maneira visível.

9. A galáxia espiral NGC 3147

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Uma galáxia que parece uma escada em espiral. A NGC 3147 atrai os olhares com nebulosas rosadas, estrelas azuis e poeira que parecem girar em torno de um centro que esconde um buraco negro. Acredita-se que os objetos orbitam esse buraco negro, captados em um turbilhão gravitacional tão poderoso que qualquer coisa que se aproxima dele é sugada para o disco.

A galáxia está localizada a 130 milhões de anos-luz da Terra, na constelação circumpolar do norte Draco, o Dragão. A imagem foi captada pelo telescópio Hubble e divulgada em julho.

8. Rastros de explosões da Eta Carinae

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A Eta Carinae ejetou uma forte explosão de materiais em 1840, em uma explosão cujos traços podem ser vistos até hoje. O astro, que faz parte de um sistema duplo, é observado há duas décadas por diversos instrumentos e está localizado a 7.500 anos-luz da nossa vizinhança.

A imagem do Hubble mostra luz ultravioleta na vizinhança da estrela com materiais remanescentes dessa explosão de quase 200 anos atrás. Podemos ver, em azul, o brilho de magnésio em forma de gás, localizado entre as bolhas bipolares e os filamentos ricos em nitrogênio na parte externa, vistos em vermelho.

7. Lente gravitacional da galáxia PSZ1 G311.65-18.48

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A galáxia PSZ1 G311.65-18.48 foi registrada em uma curiosa imagem com o efeito chamado de caleidoscópio cósmico. A imagem mostra a galáxia que foi apelidada de Arco Sunburst, localizada cerca de 11 bilhões de anos-luz da gente, e captada em várias exposições com um aglomerado de galáxias em primeiro plano que estão 4,6 bilhões de anos-luz de distância.

Lente gravitacional é um efeito causado por um aglomerado de galáxias tão massivo que sua gravidade distorce o trajeto da luz de galáxias mais distantes atrás do objeto retratado. Ele estica e cria várias imagens de uma mesma galáxia.

6. Nebulosa planetária do Caranguejo

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A nebulosa oficialmente conhecida como Hen 2-104 e popularmente chamada de Nebulosa do Caranguejo está localizada algumas centenas de anos-luz da Terra, no hemisfério sul da constelação do Centauro. Trata-se de um sistema binário com uma estrela vermelha e uma anã-branca. A gigante vermelha expele suas camadas externas, que são atraídas pela companheira.

Esse evento deve durar alguns milhares de anos. Acredita-se que a gigante vermelha chegará a um ponto em que se tornará uma anã-branca, iluminando a concha de gás que é a nebulosa planetária ao redor das duas estrelas.

5. O “espirro” da galáxia D100

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A galáxia no topo da imagem parece estar “espirrando”, com uns rastros amarronzados saindo aparentemente do centro da espiral. Trata-se da D100, que realmente está expelindo gases e poeira conforme se aproxima do aglomerado Coma. É possível notar uma região azulada em meio à poeira espirrada pela D100. São ao menos 200.000 estrelas alimentadas por hidrogênio que a galáxia está perdendo.

Esse gás está saindo da galáxia por conta da força da gravidade do aglomerado Coma, que reúne centenas de galáxias. Assim que a D100 perder todo o hidrogênio puxado pelo aglomerado, não poderá formar novas estrelas. Esse processo está em andamento há cerca de 300 milhões de anos.

4. Descoberta de galáxia anã

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O Hubble também ajudou na descoberta de uma nova galáxia anã este ano. Em meio a uma gigantesca concentração de estrelas dentro do aglomerado globular NGC 6752, a pequena galáxia foi batizada de Bedin 1 e tem apenas cerca de 3.000 anos-luz de extensão. É uma fração do tamanho da Via Láctea.

Como ela também é incrivelmente fraca, os astrônomos a classificaram como uma anã esferoidal tão antiga quanto o universo.

3. Aglomerado na Nuvem de Magalhães

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Esta gigantesca bola cintilante de estrelas, chamada NGC 1466, é um aglomerado globular de estrelas mantidas juntas pela força da gravidade. Ela está se movendo lentamente próxima à Grande Nuvem de Magalhães, um de nossos vizinhos galáticos.

Os pontos azuis mais afastados são estrelas azuis brilhantes com massa maior que a média de um aglomerado, e espera-se que se dirijam cada vez mais em direção ao centro do aglomerado.

2. Beleza de Júpiter

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O Hubble não se limita a fotografar apenas aglomerados, galáxias, estrelas e rastros de asteroides. O telescópio espacial também faz ótimas imagens dos nossos planetas vizinhos, como essa de Júpiter, o maior gigante gasoso do Sistema Solar.

Na foto, dá para ver a Grande Mancha Vermelha característica do corpo celeste, bem como observar nuvens se movendo na turbulenta atmosfera do planeta.

1. O rosto fantasmagórico

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A colisão de duas galáxias que formou uma espécie de rosto fantasmagórico no universo foi selecionada como a melhor foto tirada neste ano pelo Hubble na lista de Siegel. O registro mostra o momento em que a Arp-Madore 2026-424 começa a se formar, desencadeando uma série de eventos raros que permitiram que essa aparência específica surgisse nas lentes do telescópio espacial.

Em primeiro lugar, a violenta colisão ocorreu entre galáxias do mesmo tamanho, o que gerou as formas que parecem os olhos. E, como foi um choque frontal, formou-se um anel de retenção, esses discos de gás que desenharam o que parecem o nariz e a face do sistema. A imagem só foi possível porque o Hubble aproveitou uma pequena lacuna em seu cronograma para fazer registros adicionais.

Fonte: Forbes