Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

A tempestade solar extrema acabou. Quando é a próxima?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Maio de 2024 às 07h00

Link copiado!

NASA
NASA

Parece que a tempestade solar extrema que aconteceu no fim de semana acabou. O fenômeno rendeu auroras boreais e austrais espetaculares em latitudes muito menores que o comum — e, para os cientistas que estudam o clima espacial, isso é só o começo. 

O clima espacial é causado pela atividade na superfície do Sol. Apesar de o nosso astro estar a mais de 100 milhões de quilômetros do nosso planeta, as ejeções de massa coronal (liberação de plasma e campos magnéticos da coroa solar), explosões solares e outros fenômenos podem afetar a Terra e o restante do Sistema Solar

As auroras ocorridas no fim de semana não pegaram os cientistas de surpresa — e, na verdade, elas são uma evidência importante de que o Sol está chegando ao máximo solar, o pico de atividade em seu ciclo de 11 anos. 

Continua após a publicidade

Operadoras de satélites e de redes elétricas ainda estão analisando os impactos da tempestade, que foi considerada a mais forte das últimas décadas.

Parece que a maioria dos sistemas resistiu ao evento — o que é uma boa notícia, já que é provável que mais tempestades solares aconteçam. 

Tempestades solares a caminho? 

Quem estava por trás das tempestades solares dos últimos dias era o grupo de manchas solares AR 3664, que apareceu abaixo do equador solar no lado voltado para nós. Juntas, estas manchas têm 15 vezes o tamanho da Terra. 

Elas já liberaram várias nuvens de plasma solar em direção ao nosso planeta. Agora, o grupo de manchas está girando para o lado do Sol na direção contrária à da Terra, enquanto entra no campo de visão da sonda Solar Orbiter, da NASA e da Agência Espacial Europeia. 

Continua após a publicidade

"Devemos ter uma ideia melhor nos próximos dias sobre se essa mancha solar pretende continuar ‘se exibindo’ no outro lado do Sol", diz David Williams, cientista de operações de instrumentos da Solar Orbiter. 

Além disso, é preciso considerar também o momento atual do Sol em seu ciclo. Não sabemos se nosso astro já chegou ao máximo solar — se não, o esperado é que entre nesta etapa em algum momento neste ano. Como as maiores tempestades solares acontecem alguns meses após o pico, é possível que mais eventos fortes estejam a caminho. 

Ainda, Shawn Dahl, especialista em previsão do clima espacial na Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) recorda que as manchas solares tendem a surgir mais perto do equador do Sol ao longo do ciclo. Portanto, é possível que as próximas ejeções de massa coronal sejam liberadas em direção à Terra.

Continua após a publicidade

Fonte: Nature, SpaceWeather