Terra é atingida pela maior tempestade solar desde 2005
Por Daniele Cavalcante • Editado por Luciana Zaramela |
As ejeções de massa coronal causadas pelas várias erupções solares desta semana estão atingindo a Terra nesta noite de sexta-feira (10). O resultado é uma grande tempestade geomagnética — a maior dos últimos 19 anos, ou seja, não se ve algo assim desde 2005.
- Talvez o Sol já esteja em atividade máxima. O que isso significa?
- Quais os perigos de uma tempestade solar?
Durante os últimos dias, a mancha solar gigante AR3664 disparou várias erupções que produziram ejeções de massa coronal (CME), isto é, nuvens imensas de partículas carregadas viajando em alta velocidade em direção ao espaço.
Algumas dessas CMEs vieram em nossa direção e atingiram a magnetosfera da Terra. Como sempre ocorre, o campo magnético do planeta consegue defletir a maior parte dessas partículas, mas algumas conseguem penetrar pelos polos magnéticos, principalmente o polo Norte.
Quando isso ocorre, as partículas carregadas ionizam a atmosfera terrestre e causam um efeito chamado tempestade geomagnética. A classificação das tempestades é de G1 (fraca) a G5 (extremo). O que a Terra está experimentando nesta sexta-feira é uma temepstade classe G4 (severa).
A última vez que um fenômeno semelhante, tão poderoso, ocorreu foi há quase 20 anos, quando o Sol enviou plasma de alta energia em direção ao planeta. O evento deve continuar durante o fim de semana.
No total, foram seis CMEs lançadas em direção à Terra pela mancha AR3664 e a tempestade atual foi causada pela primeira delas. Portanto, outras devem acontecer ainda neste fim de semana.
Até o momento, nenhum alerta de riscos para os satélites em órbita ou redes elétricas foi emitido. Por outro lado, o evento desencadeou auroras boreais impressionantes no hemisfério Norte e, claro, os fotógrafos estão compartilhando as imagens nas redes sociais.
Embora belas, as auroras foram observadas em latitudes muito abaixas do normal, o que significa uma tempestade realmente intensa. Os especialistas em clima espacial estão monitorando o fluxo de partículas e determinar se haverá riscos quando as próximas tempestades acontecerem no fim de semana.
Fonte: Spaceweather