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5 asteroides que já passaram "perto" da Terra

Por| Editado por Patricia Gnipper | 21 de Janeiro de 2022 às 18h20

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Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay
Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay

De tempos em tempos, asteroides passam "perto" da Terra — "perto" entre aspas, já que, embora consideradas curtas em termos astronômicos, estas distâncias costumam ser seguras, sem riscos de colisão. Na realidade, a NASA estima que não haja nenhum asteroide conhecido que seja uma ameaça para a Terra nos próximos 100 anos. O asteroide 2009 FD, por exemplo, apresenta uma chance de impacto abaixo de 0,2% no ano 2185.

Hoje, há diversas instituições trabalhando para caracterizar as órbitas de todos os objetos próximos da Terra (“NEO”, na sigla em inglês), a designação dada àqueles cujas órbitas os trazem para perto da órbita terrestre. Dentre os mais de 600 mil asteroides conhecidos no Sistema Solar, pelo menos 20 mil são NEOs. Os NEOs incluem cometas e asteroides — destes, a maior parte tem dimensões que vão de alguns metros de extensão a dezenas de quilômetros.

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Felizmente, a maioria dos NEOs têm órbitas que não os trazem para tão perto assim de nós — ou seja, não oferecem risco de impacto. Mesmo assim, há uma parcela deles que merece atenção: existem asteroides com mais de 140 m de extensão, cujas órbitas podem trazê-los a até 7,5 milhões de quilômetros da órbita da Terra, ao redor do Sol. Por isso, estes objetos são conhecidos como “asteroides potencialmente perigosos”.

Com mais telescópios e outros instrumentos disponíveis hoje, já é possível acompanhar passagens destes objetos que os trazem para pertinho da Terra, mas sem risco de colisão — inclusive, a NASA até disponibilizou uma ferramenta online que permite visualizar asteroides e cometas por perto.

Conheça alguns asteroides que já passaram perto da Terra

Asteroide 2011 CQ1 — distância de 5.471 km

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Em 2011, os astrônomos descobriram que, em 14 horas, uma pequena rocha espacial passaria pela Terra a 5.471 km, na região do Oceano Pacífico, em sua aproximação máxima. O asteroide mede apenas 1,3 m e, apesar da distância bem curta, não nos colocou em risco. Mas, mesmo que tivesse entrado na atmosfera do nosso planeta, ele provavelmente teria se rompido antes mesmo de chegar ao solo, sem causar danos.

Antes do "encontro" com a Terra, o 2011 CQ1 era considerado um asteroide da classe Apollo, que reúne rochas espaciais com órbitas principalmente fora daquela da Terra. Contudo, como se aproximou bastante do nosso planeta, a força gravitacional da Terra mudou a trajetória dele, deixando-o a cerca de 60º de seu caminho original de voo. Assim, ele passou a viajar dentro da nossa órbita, passando a integrar o grupo de asteroides da classe Atenas.

Asteroide 2019 OK — distância de 65 mil km

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Esta rocha espacial com 100 m de extensão foi identificada a apenas alguns dias antes de passar pela Terra. A aproximação máxima ocorreu em julho de 2019, quando ele ficou a cerca de 65 mil quilômetros de nós — distância equivalente a aproximadamente 20% daquela entre a Terra e a Lua. Novamente, não houve riscos para nós.

A detecção do asteroide, feita a dias antes da passagem, representou uma oportunidade de os astrônomos melhorarem os recursos de telescópios atuais e futuros, voltados para a detecção de objetos do tipo. O 2019 OK viaja em uma órbita extremamente elíptica, que o leva do interior da órbita de Vênus para além da de Marte, e não deverá se aproximar novamente nos próximos 200 anos.

Asteroide 2021 TG14 — distância de 250 mil km

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Em outubro de 2021, uma rocha espacial de tamanho parecido com o de um ônibus passou a 250 mil km da Terra, distância que o deixou mais perto do nosso planeta do que a Lua. Apesar de haver algumas centenas de milhares de quilômetros nos separando do asteroide 2021 TG14, a distância é considerada curta em termos astronômicos — mas, ainda assim, era segura o suficiente para não causar preocupação aos cientistas.

O objeto tem tamanho estimado entre 5,4 e 12 m e rendeu uma ótima oportunidade para observá-lo “de perto”, já que os asteroides são fragmentos que restaram após a formação do Sistema Solar e, por isso, guardam informações importantes sobre o passado da nossa vizinhança. Na ocasião, a NASA disponibilizou os parâmetros orbitais do asteroide ao público, para que os entusiastas da ciência espacial pudessem observá-lo por conta própria.

Asteroide 2009 DB — distância de 346 mil km

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Esta rocha espacial tem aproximadamente 7 m de extensão e foi observada pela primeira vez em 2009. Já em 2011, ele passou pela Terra 346 mil km do nosso planeta durante uma noite de junho — para comparação, considere a distância de 385 mil km, que separa a Terra do seu satélite natural. Após a visita, o 2009 BD não seguiu viagem para as profundezas do espaço como a maioria dos asteroides costuma fazer.

Na verdade, ele ainda ficou cerca de um mês razoavelmente próximo da Terra, mantendo cerca de 10 distâncias lunares de nós. “Objetos rochosos deste tamanho provavelmente iriam se romper na atmosfera, sem causar danos”, explicaram cientistas da NASA durante a ocasião. Devido às suas dimensões, quem quisesse observar o pequeno asteroide iria precisar usar um grande telescópio.

Asteroide 163348 (2002 NN4) — distância de 5 milhões de km

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Este asteroide fez uma passagem mais distante que os demais citados aqui. O NN4 esteve relativamente próximo da Terra a uma distância de mais de 5 milhões de quilômetros do nosso planeta em sua aproximação máxima. Essa distância é de mais de 12 vezes maior que aquela entre a Terra e a Lua — ou seja, bastante segura. Em 1965, a rocha passou pela Terra a 1,1 milhão de km de nós.

Mesmo assim, vale lembrar que este objeto ainda pode ser classificado como um “asteroide potencialmente perigoso”, título dado àqueles que têm mais de 140 m de extensão e que passam a menos de 7,5 milhões de km da Terra. Assim, apesar de esta visita não ter sido uma ameaça, isso não significa que seja impossível que nos coloque em risco em um futuro distante.

Felizmente, a órbita do NN4 está bem determinada, e hoje já sabemos que a próxima passagem dele acontecerá somente em 2070, a 1,5 milhão de km do nosso planeta.

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Fonte: NASA, Space.com (1, 2), Bad Astronomy, ESA