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Este asteroide próximo da Terra pode ser um pedaço da Lua que foi "expulso"

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Novembro de 2021 às 16h20

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Addy Graham/University of Arizona
Addy Graham/University of Arizona

Em 2016, o telescópio PanSTARRS identificou o asteroide Kamo'oalewa. Trata-se de uma rocha espacial de aproximadamente 50 metros de diâmetro e que tem órbita próxima da Terra, podendo chegar a até 14 milhões de quilômetros de distância do nosso planeta. Agora, um novo estudo, conduzido por Ben Sharkey, graduado em ciências planetárias pela Universidade do Arizona, sugere que o asteroide talvez seja um pedaço da Lua arrancado por um impacto antigo. Se isso for confirmado, este será então o primeiro objeto próximo da Terra com origem no nosso satélite natural.

Devido às características de sua órbita, o Kamo'oalewa só pode ser observado da Terra durante algumas semanas do mês de abril. Essa é uma característica que o coloca no grupo de “quase satélites”, objetos que orbitam o Sol e se mantêm próximos da Terra. Apesar de já conhecermos vários deles, os cientistas têm dificuldades para estudá-los detalhadamente por serem pequenos e escuros demais.

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Assim, ao usar o telescópio Large Binocular Telescope para observá-lo sempre no mês de abril, durante alguns anos, a equipe descobriu que o espectro (o padrão de luz refletida pelo asteroide) corresponde àquele das rochas lunares obtidas durante as missões Apollo, o que sugere que ele tenha vindo da Lua. “Analisei todos os espectros de cada asteroide próximo da Terra aos quais tínhamos acesso e nada se encaixava”, comentou Sharkey, autor principal do estudo.

Como não se sabe de outros asteroides com origens lunares, os pesquisadores ainda não têm certeza sobre o que teria atingido a superfície da Lua para liberar o asteroide, e menos ainda o que o levou para a órbita atual. Após analisar a órbita da rocha, a equipe descobriu outros três asteroides com padrões orbitais parecidos, que podem ser “vizinhos” do Kamo'oalewa. Portanto, todos eles podem ter sido liberados para o espaço durante o mesmo impacto.

Claro, mais estudos ainda são necessários para ajudar a esclarecer a origem dessas rochas, mas felizmente os pesquisadores ainda têm várias oportunidades pela frente para analisar melhor o Kamo'oalewa. “É muito pouco provável que um asteroide mude espontaneamente para uma órbita como a do Kamo'oalewa's”, observou Renu Malhotra, coautor do estudo que liderou a análise orbital no estudo. Para ele, o objeto entrou nesta órbita há aproximadamente 500 anos e deverá continuar nela por mais 300.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Communications Earth & Environment.

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Fonte: UArizona