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Europa é destruída por impacto de asteroide nesta simulação feita pela NASA

Por| Editado por Patricia Gnipper | 03 de Maio de 2021 às 18h30

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NASA/JPL
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Até o momento, não existe registro de nenhum asteroide que possa nos colocar em verdadeiro perigo — ou seja, que esteja em rota de colisão com a Terra. Não é à toa que o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, procura e monitora qualquer corpo que se aproxime. Mas isso não significa que não devemos nos preparar para eventuais impactos. Por isso, o CNEOS simulou um asteroide a 57 milhões de quilômetros de distância da Terra, com grande chances de atingir o planeta dentro de 6 meses, para ver como as agências espaciais lidariam com um impacto real.

Durante a 7ª Conferência de Defesa Planetária (IAA), que ocorreu entre os dias 26 a 30 de abril, foi feita uma Simulação de Impacto Hipotético de Asteroide. Este exercício é extremamente importante, pois reúne membros fundamentais do governo, da comunidade internacional de defesa planetária e de outras áreas relacionadas, para, juntos, resolverem situações de emergência global, como o impacto de um asteroide. Ao longo dos dias da conferência, a equipe de especialistas recebeu atualizações diárias sobre tamanho e região de impacto na Terra.

"Descoberto" em 19 de abril deste ano, o asteroide fictício 2021PDC se encontraria a cerca de 57 milhões de quilômetros de distância da Terra, e as primeiras projeções de sua órbita revelam uma chance 1 em 20 de acertar o planeta dentro de seis meses. A partir dessas informações, os especialistas precisaram trabalhar em conjunto para avaliar quais conhecimentos tecnológicos seriam úteis para desviar o objeto espacial. Infelizmente, o grupo concluiu que nenhuma tecnologia atualmente disponível seria suficiente para impedir a colisão do 2021PDC em um espaço tão curto de tempo. Eventualmente, o asteroide atingiria uma região da Europa oriental.

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O oficial de Defesa Planetária da NASA, Lindley Johnson, explica que, a cada vez que participam de um exercício como este, o que mais ele e a equipe aprendem é sobre quem são os principais atores em um evento de desastre, e sobre quem precisa saber de quais informações e quando. “Em última análise, esses exercícios ajudam a comunidade de defesa planetária a se comunicar entre si e com nossos governos para garantir que todos estejamos coordenados caso uma potencial ameaça de impacto seja identificada no futuro”, acrescentou Johnson.

Até hoje, a NASA já participou de sete simulações como esta: quatro em Conferências de Defesa Planetária anteriores — nos anos 2013, 2015, 2017 e 2019 — e três em parceria com a Federal Emergency Management Agency (FEMA). Estes exercícios fornecem oportunidades ideais para que os especialistas pensem em maneiras reais de livrar a Terra de possíveis impactos, à medida que vão obtendo informações novas em tempo real. “Os detalhes do cenário — como a probabilidade do impacto do asteroide, onde e quando o impacto pode ocorrer — são liberados para os participantes em uma série de etapas ao longo dos dias da conferência para simular como uma situação real pode evoluir”, explicou Paul Chodas, diretor do CNEOS.

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Estas simulações preparam o caminho para o lançamento do Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART, sigla em inglês), que é uma missão da NASA em colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA), que pretende ser a primeira demonstração real de uma tecnologia criada para desviar um asteroide de sua órbita, além de ser a primeira missão de teste do programa de Defesa Planetária da agência dos EUA. A sonda DART, que deve ser lançada em 2022, será enviada em direção ao asteroide Dimorphos para que, através de um impacto, a órbita do corpo rochoso seja alterada.

Embora não exista nenhuma ameaça real, asteroides como o Dimorphos permitem testar tecnologias que possam mitigar um possível impacto. “O DART será o primeiro teste para defesa planetária, e os dados retornados após o impacto com Dimorphos ajudarão os cientistas a entender melhor uma maneira de mitigar um objeto próximo potencialmente perigoso descoberto no futuro”, disse Andrea Riley, chefe do programa DART, da NASA.

Fonte: NASA, ScienceAlert