Os 10 melhores documentários sobre música para assistir na Netflix
Por Beatriz Vaccari • Editado por Jones Oliveira |
A Netflix já revelou que se teve algo que os assinantes curtiram assistir enquanto cumpriam o período de isolamento social em casa foram documentários. Embora esse tipo de produção tenha ganhado mais popularidade entre as tramas true crime (paixão do público que originou até a série Only Murders in the Building, no Star+), uma coisa é fato: documentários podem ser produções fascinantes se trouxerem histórias bem contadas. E se tem histórias legais de serem transmitidas, são as envolvendo a indústria musical.
De 2020 para cá, o serviço de streaming investiu bastante em produções do tipo, trazendo figuras muito populares da música para a frente das câmeras sob o selo da Netflix. Atualmente, são tantos títulos que o Canaltech resolveu te ajudar na hora de escolher e montar a sua maratona, selecionando a dedo os 10 melhores documentários sobre música para você assistir.
10. Chorão - Marginal Alado
Apesar de não ser original da Netflix, Chorão - Marginal Alado era um dos filmes nacionais mais esperados para chegar aos cinemas e, consequentemente, ao streaming. O título acompanha a carreira de um dos nomes mais importantes da música brasileira, sobretudo a popularizada entre os jovens.
Chorão foi vocalista da banda Charlie Brown Jr. e faleceu em 2013, porém sua mortem ou as fragilidades que levaram-no a ela, está longe de ser o principal ponto dessa produção. Pelo contrário: o documentarista Felipe Novaes mostra, por meio de depoimentos de familiares e amigos, imagens inéditas e histórias, um Chorão que vai muito além do músico dos palcos, trazendo um olhar mais intimista para os fãs.
9. Hip-Hop Evolution
Este título aqui pode tomar um pouco mais do seu tempo por se tratar de uma série documental, mas uma coisa é certa: vale a pena. Dividida em 16 episódios distribuídos por quatro temporadas, Hip-Hop Evolution acompanha o subgênero da música estrangeira ao mesmo tempo que mostra os momentos-chave que mesclaram a cultura do rap à música.
Uma coisa interessante aqui é justamente como a produção se mostra um pouco mais presente e atual quando se trata de sua abordagem documental. Enquanto alguns filmes e séries permanecem presos na década de 1990, Hip-Hop Evolution foca no pós-anos 2000, abrindo espaço para outros artistas e formatos de lançamento, como por exemplo as mixtapes.
8. Homecoming: a film by Beyoncé
Você sabia que além de ser cantora e dona do seu próprio império, Beyoncé ainda ocupou a cadeira da direção de seu próprio documentário? Homecoming foi lançado em 2019 no catálogo da Netflix e segue uma premissa bem simples: acompanhar a artista em sua apresentação no Coachella Valley Music and Arts Festival de 2018.
Equilibrando sua narrativa entre o show e o documental, o filme é um olhar íntimo e muito profundo da performance de quem hoje é o principal nome da música pop e R&B. Ao mesmo tempo, a produção consegue consolidar ainda mais Beyoncé como a maior artista de todos os tempos e mostrar como, de fato, todos os seus shows estão longe de serem simples apresentações e sim um evento, como o “Beychella”.
7. Quincy
Você com certeza você já se deparou com a capa de Quincy enquanto rodava o catálogo da Netflix, mas só esperava um motivo para dar play. O filme acompanha a carreira do produtor e cantor Quincy Jones na música, onde atingiu a surpreendente marca de 80 indicações ao Grammy e 28 estatuetas ganhas ao todo.
Quem assume a direção é a sua própria filha, Rashida Jones, que também assina o roteiro. Aqui, acompanhamos registros de diversos anos, realizados por ela e pelo diretor de cinema Alan Hicks. A obra junta uma biografia contada com cuidado e nos mínimos detalhes, ao mesmo tempo que mescla com cenas mais duras, porém realistas, de como anda a vida de Jones atualmente: com cada vez mais problemas de saúde e grandes demandas que ocupam seu tempo.
6. Gaga: Five Foot Two
Quando se trata de música pop, não há quem não conheça o nome de Lady Gaga. Este filme é dirigido por Chris Moukarbel e foi lançado inicialmente no Festival de Cinema de Toronto, antes de chegar à Netflix em 2017. O filme traz uma visão muito íntima dos bastidores da carreira da artista, além de olhar com cuidado e muito de perto para os preparativos de sua apresentação no Super Bowl, considerado um dos shows mais impactantes do evento.
Ao mesmo tempo, Five Foot Two traz uma abordagem energética e potente, à altura da cantora que está em frente às câmeras. Em depoimentos, Gaga mostra como sempre se cobrou muito para suas aparições marcantes em eventos, shows e videoclipes — justamente por conta da sensação de controle de sua própria carreira que isso lhe dá.
5. Emicida: Amarelo - É Tudo Pra Ontem
O fim de 2020 também foi marcado pela estreia de outro documentário nacional na Netflix: AmarElo - É Tudo Pra Ontem, que desta vez acompanha os bastidores do show de Emicida no Theatro Municipal de São Paulo, logo após lançar seu álbum AmarElo, altamente elogiado pela crítica especializada e muito bem-recebido pelos fãs.
Entre os principais pontos a serem destacados na obra, não há como não falar sobre a coesão do roteiro e como o uso da fotografia é excelente, engrandecendo tanto Emicida quanto todos os elementos vistos em tela, de forma adequada e oferecendo um outro tipo de experiência para o espectador.
4. Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story by Martin Scorsese
Apesar de o título explicar quase tudo, Rolling Thunder Revue vai muito além de Martin Scorsese contando a história de Bob Dylan. Descrever o documentário dessa maneira parece banalizar o olhar tão sensível e delicado de um dos maiores cineastas da geração colocou sob a biografia de um dos mais icônicos nomes da música.
Aqui, acompanhamos um dos períodos de maior sucesso criativo de Bob Dylan (entre 1961 e 1966, para ser mais exato): quando ele ganhou destaque na cena folk de Greenwich Village e deixou Nova York para trás, pronto para abraçar o rock ‘n roll cru e em sua mais pura essência. Ao mesmo tempo, esse filme é um amplo olhar à cultura estadunidense e aos acontecimentos que a varreram — e em como os artistas tiveram de se virar para se adaptar às bruscas mudanças do período.
3. Miss Americana
Não é equivocado dizer que se tem um nome que move a indústria musical atualmente é o de Taylor Swift. A cantora e compositora faz sucesso sem precisar de muito esforço, mas é justamente por conta desse pensamento que filmes como Miss Americana são importantes: se reinventar é um papel quase que obrigatório quando se é uma artista mulher, e Taylor mostra isso frequentemente em seu filme.
Além disso, o longa também traz um olhar íntimo ao “hiato” da cantora antes do lançamento de seu ousado álbum Reputation, a frustração ao não ser indicada ao Grammy, a decisão de se posicionar politicamente para a legião de fãs que a acompanha, a rotina e saúde mental para lidar com haters diariamente e os bastidores de produção de seu primeiro (dessa vez 100% tratando-se de direitos autorais) álbum, Lover.
2. What Happened, Miss Simone?
Apesar de não ser um nome tão conhecido no mainstream brasileiro, Nina Simone foi não somente uma artista completa e um talento nato no piano, como também um nome importantíssimo para o ativismo negro. A cantora de jazz tinha um relacionamento um tanto complicado com a imprensa e a indústria musical como um todo, seja por questões de saúde mental ou sua postura mais franca diante de assuntos de grande importância social.
Em What Happened, Miss Simone?, a cineasta Liz Garbus traz sem cerimônias os períodos mais complicados da vida da artista, mesclando com extensas e fascinantes performances, entrevistas e depoimentos de amigos e familiares e olhares poderosos trocados entre a cantora e seu público.
1. Flip a Coin
Para finalizar a lista de melhores documentar´sio sorbe música para assistir na Netflix e celebrar o lançamento de Flip a Coin no catálogo da plataforma de streaming, o filme acompanha a banda japonesa ONE OK ROCK, muito popular no país, mas que também ganhou o mundo por flertar diretamente com o pop punk e até mesmo o movimento emo.
O filme segue o grupo logo após o início da pandemia, mostrando como Taka, Toru, Ryota e Tomoya devem lidar com o cancelamento de uma turnê inteira, a “nova realidade” 100% digital para a indústria e, ao mesmo tempo, mesclando com imagens de performances icônicas de seus shows quando essas apresentações ao vivo ainda faziam parte do cotidiano.