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Crítica Loki | Episódio 4 é o início da revolução temporal que a gente esperava

Por| Editado por Jones Oliveira | 30 de Junho de 2021 às 13h45

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Divulgação/Disney, Marvel Studios
Divulgação/Disney, Marvel Studios
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Quando Loki foi anunciada, a gente esperava uma série bem aventuresca que brincasse com viagem no tempo e realidades alternativas, quase como se fosse um Doctor Who da Marvel. Contudo, já nos primeiros episódios, vimos que a história seguiu por outro rumo, com uma trama muito mais conspiratória e repleta de mistérios — e o Episódio 4 é o clímax de tudo isso.

Na crítica do primeiro episódio, a burocracia da Autoridade de Variância Temporal (TVA, na sigla em inglês) foi o destaque por causa do tom cômico que ela trouxe para a trama. Contudo, com o passar das semanas, vimos que essa estrutura rígida e mastodôntica era menos engraçada e mais ameaçadora, servindo principalmente para maquiar um grande segredo. Isso já vinha sendo pincelado nos capítulos anteriores e várias das teorias que surgiram apontavam para algo nesse sentido. E, pois bem, era óbvio que existiam alguns esqueletos escondidos nesse armário temporal.

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Da última vez que vimos o Deus e a Deusa da Mentira, eles estavam à beira de um apocalipse em um planeta qualquer em um canto da galáxia e o que vemos a partir disso é como eles escapam desse fim de mundo. Só que, mais importante do que essa revelação mais do que óbvia, são as consequências de saber que os agentes da TVA nada mais são do que variantes sequestradas e sem memória.

Assim, o episódio desta semana — chamado de Evento Nexus — é o início da revolução que a gente esperava ver. Boa parte das teorias que surgiram estava certa e vemos como essas verdades recém-descobertas impactam os dogmas que regem a agência. Faltam apenas mais dois capítulos para o fim de Loki e essa mudança de tom não é só muito bem-vinda como também bastante necessária.

E por mais que os fãs tenham descoberto os segredos da TVA muito antes do previsto, isso em nada tira o impacto do episódio, porque o foco mesmo são as reações dos personagens e da própria TVA quando suas estruturas são postas em xeque. Mais uma vez, isso já tinha sido insinuado antes, quando Loki questiona as crenças de Mobius no segundo episódio. E, se lá, era apenas uma conversa de boteco, aqui temos essas convicções sendo confrontadas de forma mais contundente e a Marvel não teve medo de levar isso tudo às últimas consequências.

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Ao mesmo tempo, Evento Nexus se aproveita muito bem do que foi desenvolvido antes, inclusive naquilo que muita gente torceu o nariz. O episódio da semana passada foi bastante criticado por quem achou seu roteiro mais lento ou por achar que ele não levou a trama a lugar nenhum. Contudo, toda a relação entre Loki e Sylvie que a gente viu em Lamentis é fundamental para entendermos as motivações desses personagens por aqui. O arco narrativo da série vai muito além da redenção do personagem, mas de entender o que faz dele um Loki e como é possível quebrar algumas estruturas para se tornar algo novo.

Aliás, a própria dinâmica entre o protagonista e Mobius, que foi muito elogiada no capítulo de estreia, volta a ter um peso especial aqui. Sem as piadinhas e os comentários sarcásticos da dupla, era impossível o espectador comprar a influência do Deus da Mentira sobre o agente temporal — e vice-versa. E é isso que justifica boa parte das reviravoltas que nos foi apresentada.

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No fim das contas, Evento Nexus deixa de lado toda aquela discussão sobre o que o seriado vai trazer para o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) para se concentrar em sua própria história e na evolução de seus personagens — e isso é ótimo. Pode ser realmente que alguma coisa ali vá gerar consequências nos filmes, mas o mais importante é a história que está sendo contada e como isso muda aqueles personagens. E quando vemos tudo isso sendo conduzido para um final que entrega o que foi prometido e mesmo assim surpreende, é melhor ainda.

E, sim, tem cena pós-crédito desta vez.