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Crítica Loki | Episódio 3 pisa no freio para a gente respirar (e isso é ótimo)

Por| Editado por Jones Oliveira | 23 de Junho de 2021 às 12h00

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Reprodução/Disney+
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Atenção! O texto a seguir traz spoilers do episódio 3 de Loki.

Chegou a hora de Loki pisar um pouco no freio. Depois da grande surpresa do segundo episódio — e me refiro ao nome da variante e não ao seu rosto, já que isso todo mundo esperava por isso —, a série deixa de lado as infinitas explicações sobre viagens no tempo e consequências para a realidade para focar em seus personagens e revelar um pouco dos mistérios apresentados até aqui. E se um Loki já rendia ótimas cenas, o que dizer de dois?

O episódio Lamentis é inteiramente focado na dupla. A interação entre Tom Hiddleston e Sophia Di Martino é, de longe, a melhor coisa do capítulo. É a velha fórmula dos aliados improváveis que se odeiam e que precisam juntar forças para escapar de uma situação de vida ou morte, é verdade, mas a química dos dois é tão boa que você termina o episódio querendo mais daquilo. E, mais do que isso, essa interação faz com que a história avance para todos os lados.

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Assim, enquanto o Loki que a gente conhece é a orelha do público — ou seja, aquele personagem que vai descobrindo o status das coisas junto com o espectador —, a Variante está ali para trazer as respostas de praticamente todas as perguntas que fizemos ao longo das últimas semanas.

A primeira, obviamente, é se ela é ou não a tão esperada Lady Loki ou a Encantor, como se especulou após o deslize dos créditos de dublagem em castelhano. E a resposta é que ela é ambos. Ao mesmo tempo em que ela é uma versão alternativa do Deus da Trapaça, ela também nega essa origem e adota uma nova identidade, sendo chamada de Sylvie, e com direito a poderes totalmente diferentes do Loki original e que remetem à Sylvie Lushtor das HQs.

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A ideia de mesclar as duas personagens dos quadrinhos era uma possibilidade que até chegou a surgir ao longo dos últimos dias e se mostrou como a melhor saída neste terceiro episódio. Ao mesmo tempo que referencia as suas contrapartes dos gibis, a Sylvie do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) pode seguir por novos caminhos com muito mais liberdade.

Exemplo disso foi o passado apresentado para ela. Enquanto Loki foi criado por um príncipe em Asgard, ela parece ter tido uma vida muito mais dura em sua realidade. Sem uma Frigga para ensinar magia, ela desenvolveu outros poderes para sobreviver e isso faz dela esse alguém muito mais amargurada e que enxerga no Loki de Tom Hiddleston alguém privilegiado e, até certo ponto, mimado.

E todos os diálogos entre eles são muito bons, seja trocando farpas ou mesmo compartilhando experiências de vida, e nos lembram porque amamos tanto esse personagem — e ver uma duplicata sua ainda mais ácida deixa tudo melhor. Se a interação entre Loki e Agente Mobius foi o ponto alto do primeiro episódio, temos aqui algo ainda mais interessante.

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É por isso que, apesar de a série diminuir o ritmo e focar muito mais na parte psicológica de seus personagens, não há aquela sensação de que as coisas estão paradas. As explicações que eles trazem em seus diálogos se mostram ainda mais instigantes para o que está por vir e compensam o fato de que a missão principal da dupla seja apenas algo para gerar algumas cenas de ação e que não levem a história para nenhum lugar em específico.

O principal ponto aqui está em confirmar algumas teorias que a gente já cogitava sobre a Autoridade de Variância Temporal (TVA, na sigla em inglês). Ainda não é o Kang que todo mundo espera, mas o episódio explica que o grande Detran temporal não é exatamente aquilo que foi vendido inicialmente e a gente já começa a entender um pouco mais da trama que vem em seguida.

No episódio anterior, destacamos que as peças começaram a se mover no tabuleiro e o episódio desta semana confirmou isso e já esboça quais serão as próximas jogadas. Vale lembrar que Loki está na metade da temporada, então é bem provável que vejamos muitas das resoluções acontecendo já na próxima semana.

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É por essa razão que o episódio 3 chama tanto a atenção. Mesmo com a história estando em um ponto bem avançado e com muita coisa ainda para acontecer, Loki dedicou tempo para aprofundar tanto o protagonista quanto para apresentar e detalhar uma nova personagem — e faz ambos muito bem. Não por acaso, a gente imediatamente se apaixona por Sylvie, mesmo não tendo visto nada sobre ela ou que o pouco que foi dito possa ser mentira. O que um bom roteiro não faz, não é mesmo?

Agora que a Marvel nos deu um capítulo de respiro para que possamos nos situar no tempo e espaço, chegou a hora de vermos como as coisas vão se resolver. Ainda que muitas das perguntas tenham sido respondidas, nem tudo está claro em Loki e temos apenas mais três episódios para que isso aconteça. Então, é bem provável que a série volte a pisar no acelerador.