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História dos primeiros astronautas dos EUA será contada em série no Disney+

Por| 06 de Maio de 2020 às 09h54

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História dos primeiros astronautas dos EUA será contada em série no Disney+
História dos primeiros astronautas dos EUA será contada em série no Disney+

A série The Right Stuff, do National Geographic Channel, está de mudança para o Disney+, onde fará parte da categoria de "originals" do serviço de streaming. Com Leonardo DiCaprio como produtor executivo, a série conta, em oito episódios, a história do início do programa espacial dos Estados Unidos, que tomou fôlego de vez com o Projeto Mercury no finalzinho dos anos 1950 e seus "Mercury Seven" — apelido dado aos sete primeiros astronautas selecionados pela NASA para participarem da fase tripulada do programa, em plena Corrida Espacial contra os soviéticos.

"The Right Stuff é uma história aspiracional sobre exploração, ambição, determinação e resiliência, e nos lembra que os seres humanos podem alcançar o extraordinário quando unidos por um objetivo comum. Esta série oferece uma visão convincente dos bastidores desses astronautas defeituosos, mas heroicos, e estamos entusiasmados por ter encontrado o lar perfeito no Disney+", declarou Courteney Monroe, presidente da National Geographic Global Television Networks.

A série foi baseada no livro homônimo lançado em 1979 por Tom Wolfe, que, na época, entrevistou pilotos de teste, os próprios astronautas, suas esposas e outras pessoas envolvidas no projeto da NASA para contar a fantástica história dos primeiros astronautas dos Estados Unidos. O livro, por sinal, chegou a ser adaptado ao cinema em 1983, sendo indicado ao Oscar.

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The Right Stuff se concentra, em especial, em dois personagens: o major John Glenn (o primeiro astronauta norte-americano a orbitar a Terra), interpretado por Patrick J. Adams, e o tenente-comandante Alan Shepard (o primeiro norte-americano a atingir o ambiente espacial), interpretado por Jake McDorman. A série estreia no Disney+ dos EUA entre setembro e dezembro deste ano.

O que foi o Projeto Mercury e a importância dos Mercury Seven

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A Guerra Fria estava entrando em seu auge nos anos 1950. De um lado, os Estados Unidos. Do outro, a então União Soviética. Ambos protagonizaram a Corrida Espacial, que foi a competição ideológica e tecnológica para descobrir quem conquistaria o espaço primeiro, vencendo o oponente. Os soviéticos chegaram à frente: lançaram o primeiro satélite artificial à órbita da Terra (o Sputnik, em 1957) e o primeiro ser vivo ao espaço (a cachorra Laika, também em 1957) — e, por isso, os estadunidenses temiam que a URSS também entrasse para a história como os primeiros a levarem um homem ao espaço (o que, de fato, aconteceu, com Yuri Gagarin protagonizando esse episódio em 1961).

O Governo dos EUA, então, precisava de uma grande vitória. Foi nesse contexto, por sinal, que a NASA foi criada, absorvendo o antigo NACA (sigla para Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica, em português), tornando-se responsável por comandar o programa espacial do país do ano de 1958 em diante. No ano seguinte, a nova agência espacial dos EUA revelou o Projeto Mercury, que levaria os primeiros astronautas norte-americanos ao espaço com o objetivo de médio e longo prazo de preparar tecnologias para que o país, enfim, vencesse os soviéticos, levando astronautas à Lua pela primeira vez — o que conseguiu em 1969, com a missão Apollo 11.

De qualquer maneira, os sete primeiros astronautas do Projeto Mercury ficaram marcados na história como heróis da exploração espacial, pilotando todas as missões tripuladas do programa entre 1961 e 1963. Eram eles: Scott Carpenter, Gordon Cooper, John Glenn, Gus Grissom, Walter Schirra, Alan Shepard e Donald Slayton, sendo selecionados entre 508 pilotos avaliados inicialmente, e 110 que se encaixaram os requisitos mínimos da NASA na época.

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Grissom faleceu em 1967 no trágico acidente da Apollo 1, que causou a morte dos três astronautas que realizavam testes dentro da nave que pegou fogo. Já Glenn, além de ter sido o primeiro norte-americano a orbitar a Terra em 1962, tornou-se a pessoa mais velha a ir ao espaço em 1998, aos 77 anos. Shepard, além de ter sido o primeiro norte-americano no espaço em 1961, também pisou na Lua em 1971 com a Apollo 14. Carpenter voou apenas no programa Mercury, sendo depois desqualificado do projeto por causa de problemas em seu braço. Slayton, por sua vez, só viajou ao espaço em 1975 na Apollo-Soyuz (missão conjunta com os já antigos rivais soviéticos), enquanto Cooper acabou voando de novo no projeto Gemini, iniciado após o Mercury. Já Schirra foi o único entre os sete a voar tanto no programa Mercury, como no Gemini e no Apollo.

A Corrida Espacial continuou tendo os EUA e a URSS como rivais por vários anos, com a grande vitória norte-americana chegando em 1969, quando eles chegaram primeiro à superfície da Lua, voltando à Terra em segurança alguns dias depois, graças à Apollo 11 — que completou 50 anos em julho do ano passado. O fim da Corrida Espacial só aconteceu em 1975 com a missão Apollo-Soyuz, após o sucesso do programa lunar estadunidense, que, até o fim de 1972, já havia levado 24 astronautas à Lua, com 12 deles caminhando pela superfície do nosso satélite natural. A ideia da missão conjunta com os soviéticos e seu programa Soyuz era justamente demonstrar ao mundo que as relações entre as duas superpotências já estavam amigáveis, com a missão simbólica consistindo em realizar uma acoplagem, na órbita da Terra, de uma espaçonave dos EUA com uma da União Soviética.

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Fonte: Deadline, Variety