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Globoplay bate recorde e cresce 42% em número de usuários

Por| Editado por Jones Oliveira | 19 de Outubro de 2021 às 10h10

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O Big Brother Brasil e as parcerias com outros serviços de streaming foram os motores de um período de recordes para o Globoplay, que viu seu total de assinantes crescer 42% ao final do segundo trimestre de 2021. Os dados, que aparecem em um relatório fiscal a investidores da Globo, também mostram crescimento na audiência, com 193 milhões de horas de conteúdo vistas de abril a junho deste ano, um período estrelado em que a empresa foi capaz de reverter perdas, ainda que esteja vendo os custos de operação aumentando.

Os números positivos, entretanto, foram o destaque do balanço financeiro. No segundo trimestre de 2021, o faturamento foi 68% maior que o registrado no período anterior, com a plataforma rendendo R$ 113 milhões para os cofres da emissora. Aqui, a empresa cita nomes como Deezer, Apple TV+ e Amazon como responsáveis pelo aumento nos ganhos, uma vez que, em troca de obter assinaturas de mais de uma plataforma, os clientes pagam mais do que entregariam, originalmente, para ter acesso apenas ao conteúdo do Globoplay.

Essa ideia explica porque o faturamento cresceu mais do que o número de assinantes, assim como parcerias consideradas surpreendente pelo mercado, como a venda do pacote de canais Premiere, focados nas transmissões de futebol, ao lado do Amazon Prime Video. A parceria marcou o fim da exclusividade digital do kit, que antes era vendido apenas ao lado do Globoplay e passou a estar disponível também na concorrente no mercado de streaming.

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O foco na bola rolando ajudou a alavancar os resultados, mas também os gastos. Com produções interrompidas retornando apenas agora, aumentou o foco nos grandes nomes da programação e no licenciamento de conteúdo. Os direitos de exibição do futebol caminham ao lado do licenciamento de filmes e séries de outras distribuidoras, visto como uma forma de aumentar a quantidade de títulos disponíveis na plataforma. Com isso, veio também um aumento de 83% nos custos de operação do Globoplay em relação ao mesmo período do ano passado e mais uma explicação, a da fusão com o Telecine como forma de unificar os contratos que permitem a disponibilização dos longas.

Cresceram também os investimentos em marketing e tecnologia, com a coluna de Guilherme Ravache, no UOL, apontando um gasto de R$ 148 milhões nesse segmento; as informações não indicam uma segmentação direta ao Globoplay, mas o foco da emissora no mercado digital faz pensar que se trata de um trabalho na melhoria de meios de pagamentos e sistemas de disponibilização de conteúdo. O aporte, assim como os próprios números do faturamento da plataforma, também acompanha um momento de retomada para a própria Globo, que vê as receitas melhorando após um período complicado durante a pandemia.

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Com tudo isso, o crescimento do Globoplay também é visto como compensador para a queda constante nos resultados da TV tradicional, seja aberta ou a cabo. Houve queda, por exemplo, de 15% na audiência geral da Globo após o fim da edição 2021 do Big Brother Brasil, enquanto a redução no número de espectadores do horário nobre teria baixa de 6%; a ideia é que os espectadores estão cada vez mais se voltando ao streaming e vendo a plataforma como uma boa alternativa.

Com isso, aponta Ravache, o Globoplay parece estar em um bom caminho para alcançar a marca de R$ 1 bilhão em faturamento neste ano, pela primeira vez. A emissora, entretanto, não fala em números completos de faturamento nem revela seu total de assinantes, afirmando que estas são informações estratégicas para o desempenho dos negócios; os valores recebidos de parceiros também não são divulgados.

Fonte: Guilherme Ravache (UOL)