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Previsões para o ano de 2020 que não aconteceram (ainda)

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Edward Kil
Edward Kil

Robôs fazem todo o trabalho doméstico por você e nem precisam esperar seus comandos, pois, além de inteligentes, têm consciência e até mesmo emoções. Enquanto isso, você acompanha o noticiário com a "garota do tempo" mostrando como andam as tempestades de poeira em Marte, e logo em seguida fica indignado com um aumento repentino no preço das passagens turísticas para a Lua. Mas tudo bem, pois você já esteve lá quando comemorou seu aniversário de 50 anos, ainda bastante jovem, pois a expectativa média de vida é de 150 anos — então dá tempo de sobra para juntar mais uma grana e turistar de novo em nosso satélite natural, cheio de hospedagens e atrações para os mais diversos públicos.

A cena descrita acima ainda parece roteiro de ficção científica, mas a verdade é que se tratam de previsões que cientistas e futurólogos fizeram, décadas atrás, sobre o ano de 2020. A boa notícia é que algumas delas provavelmente acontecerão, mesmo que com anos (ou talvez décadas) de atraso e de um jeito diferente do que foi imaginado — o que é o caso do turismo espacial, por exemplo. Ainda que pensar em parques de diversão e concertos musicais na Lua nos pareça absurdo, viagens turísticas ao redor da Terra e de seu único satélite natural fazem parte de um futuro próximo inevitável.

Quem também está na jogada é a SpaceX, de Elon Musk, que continua firme e forte com seus planos de levar humanos a Marte, mas, hoje em dia, parece estar mais realista quanto a projeções de quando isso acontecerá. No momento, sua empresa está focada em finalizar o desenvolvimento do Starship, veículo que levará o primeiro turista espacial à órbita da Lua — algo previsto para 2023.

Outra empresa privada que vem investindo pesado no turismo espacial é a Blue Origin, de Jeff Bezos (o fundador da Amazon). A companhia tem planos de chegar à Lua nos primeiros anos da década de 2020, e até mesmo pretende construir uma base fixa por lá. Mas, antes disso, ela vai oferecer voos espaciais na órbita da Terra — e pode cobrar até US$ 300 mil de cada um dos seis passageiros a bordo por viagem.

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Previsões mais antigas erraram feio

A CNN foi além e resgatou previsões para os dias atuais feitas ainda mais antigamente — e que se mostraram uma verdadeira furada, com algumas ideias dignas de riso, inclusive. Em 1964, a RAND Corporation (entidade que desenvolve pesquisas e análises para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos desde 1948) preparou um relatório com previsões de longo prazo para a sociedade, contando com 82 especialistas em várias áreas do conhecimento para desenvolver o estudo.

Entre outras coisas, o relatório previa que humanos pisariam em Marte em 1980, enquanto a nossa expectativa de vida seria artificialmente prolongada para 150 anos em 1995. Já em 1998, poderíamos gravar informações em nossos cérebros como salvamos arquivos em um pendrive, e no ano seguinte a primeira unidade militar teria sido formada na Lua. No ano 2000, a humanidade já estaria se comunicando com extraterrestres e, em 2015, viagens no tempo seriam possíveis por meio de algum tipo de coma induzido e de longa duração. O relatório também imaginava formas primitivas de vida artificial sendo geradas em laboratório, e previa que uma linguagem universal já teria sido desenvolvida no início do século 21.

Mas talvez a previsão mais exótica do relatório da RAND seja justamente a de 2020: eles imaginaram que a manipulação genética estaria evoluída a um ponto em que nós teríamos criado animais, especificamente macacos, capazes de realizar tarefas domésticas. Sim, macacos criados em laboratório para lavar a louça acumulada na pia da cozinha.

Quem também embarcou nessa "viagem na maionese" envolvendo macacos "de proveta" cuidando de nossas casas foi Glenn T. Seaborg, químico ganhador de um prêmio Nobel que, em 1967, disse: "durante o século 21, as casas que não tiverem um robô no armário de vassouras poderão ter um macaco para fazer as tarefas de limpeza e jardinagem". Indo além, ele também vislumbrou "o uso de macacos bem treinados como motoristas da família", o que poderia "diminuir o número de acidentes de automóveis". Mas hein?

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*Com informações de CNN

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