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O fim está próximo? Veja 7 casos de histeria em massa que tiveram final feliz

Por| 09 de Novembro de 2020 às 09h50

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Markus Spiske/icon0.com (Pexels), Edição: Canaltech
Markus Spiske/icon0.com (Pexels), Edição: Canaltech

O ano de 2020 parecia promissor para muitos de nós, mas a pandemia da COVID-19 paralisou o mundo em muitos aspectos. As mortes causadas pela doença em todo o planeta podem saltar para mais de 4 milhões até 1º de janeiro de 2021, de acordo com o pior cenário previsto pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME).

Além dessa ameaça real que coloca a população mundial em risco, tivemos uma sucessão de notícias alarmantes que nos deixaram com a sensação de que as coisas poderiam piorar ainda mais. Tivemos ciclones bomba, furacões, explosões misteriosas, incêndios florestais — até nuvens de gafanhotos! Notícias sobre asteroides se aproximando da Terra também parecem ter aumentado (ou aumentou apenas a preocupação geral, fazendo com que as notícias se espalhassem mais rápido, com tom alarmista), e tudo isso nos deu a impressão de que estamos vivendo tempos escatológicos.

Felizmente, na maioria dos casos, os eventos estranhos do ano não passaram de… eventos estranhos. Muitos deles são fenômenos normais, ou consequência das mudanças climáticas pela qual passamos há algum tempo. Nada disso é novidade. Na verdade, passamos por surtos coletivos desse tipo em outras ocasiões, como o ano de 2012, quando supostamente o mundo acabaria, ou mesmo em 2000, quando o mundo entraria no caos por causa de um simples erro nos sistemas eletrônicos.

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É bastante compreensível que muitos fiquem ansiosos com o ano de 2020. Por isso, precisamos ser responsáveis no modo com que passamos notícias preocupantes, tais como asteroides se aproximando da Terra — isso acontece o tempo todo e nenhum deles apresenta risco real, mas a forma como esses eventos são noticiados podem fazer com que a população reaja de modo acalorado.

Nesse contexto, voltar no tempo para examinar casos de pânico coletivo pode ser um ótimo exercício. Além de examinarmos as causas, podemos avaliar como o público reagiu e, principalmente, quais fatores incentivaram a histeria coletiva. Podemos notar que, em muitos casos, a forma que a imprensa divulgou certos relatos foi o principal agente do caos. Em outros exemplos, a falta de conhecimento e pouca confiança na ciência fomentou o medo sem fundamento algum. Em todos esses casos, sobrevivemos sem maiores danos.

Olhar para esses eventos em retrospectiva pode nos ajudar a perceber o presente como um momento que também ficará na história. Podemos nos perguntar como coisas tão simples podem causar histeria em massa — mas lembre-se também de se colocar no lugar da sociedade da época, com bem menos recursos que temos hoje em dia, e não julgar. Apenas observar como as coisas foram conduzidas e pensar podemos reagir em cenários, nos dias hoje.

Halley, o cometa maligno

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Em 1986, o cometa Halley fez sua mais recente passagem pela Terra, e se tornou um dos assuntos mais comentados ao redor do mundo. Todos esperavam pelo espetáculo cósmico com grandes expectativas, e o corpo celeste ganhou até mesmo um super-herói de quadrinhos, um grande sucesso na época que deu início a uma verdadeira “halleymania” no Brasil.

Mas nem sempre foi assim. Em 1910, por exemplo, o cometa Halley causou um caso de histeria que deixou muitos civis — e até mesmo alguns astrônomos — preocupadíssimos com as consequências do evento. Naquela época, se falava muito sobre os terríveis danos que o cometa causaria ao nosso planeta e a nós, seus habitantes.

A data marcada para a passagem cósmica era abril de 1910, mas as notícias sobre o evento começaram a circular em setembro de 1909. Não era uma previsão difícil de se fazer, já que a órbita foi corretamente calculada em 1705 por Edmond Halley (daí o nome do cometa), que também conseguiu prever corretamente o tempo que o objeto levaria para voltar ao nosso bairro cósmico.

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Em 1910, a ciência já estava avançada o suficiente para fotografar o cometa e analisar dados de espectroscopia. Mas isso não foi o suficiente para afastar as crenças infundadas e o pânico generalizado. Em maio, a Terra passaria pela própria cauda do cometa, e já havia sido descoberto que na cauda havia um gás tóxico chamado cianogênio. Isso levou o astrônomo Camille Flammarion a afirmar que, quando a Terra passasse pela cauda, o gás “impregnaria a atmosfera e possivelmente acabaria com toda a vida do planeta”.

Além de pouco fundamentado, o pronunciamento alarmista levou muitas pessoas ao pânico. Os que souberam aproveitar a situação venderam máscaras de gás, “pílulas anti-cometa” e “guarda-chuvas anti-cometa. Outros astrônomos tentavam tranquilizar as pessoas, confirmando que o gás era tão difuso que o mundo não estava correndo risco algum. Mas, como provavelmente você já deve ter reparado, uma vez que uma “fake news” alarmista se espalha, é muito difícil reverter a situação.

Uma reportagem mais recente da Folha relata a história da alemã Olga Hallenberg, que na época tinha 10 anos. “Lá no céu estava aquele enorme cometa, com sua longa cauda, que varreria nosso planeta. Dizia-se que seus gases mortais devastariam a Terra e a pele das pessoas seria simplesmente dissolvida. Meu pai nos tranquilizou, dizendo que, se isso seria a morte, ao menos morreríamos todos juntos!”.

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Na China, o pânico veio bem às vésperas da Revolução Xinhai, que findaria a última dinastia em 1911. De acordo com James Hutson, um missionário na província de Sichuan na época, as pessoas acreditavam que a passagem do cometa indicava calamidades, “como guerra, fogo, pestilência e uma mudança de dinastia. Em alguns lugares, em determinados dias, as portas foram fechadas por meio dia, nenhuma água foi transportada e muitos nem sequer bebiam água, pois havia rumores de que vapor pestilencial estava sendo derramado sobre a terra pelo cometa”.

A relação da humanidade com os cometas nos séculos anteriores também era de medo e histórias apocalípticas, e isso não é de se estranhar em uma época quando a humanidade costumava associar fenômenos naturais com divindades e criaturas místicas. Entretanto, é sempre algo interessante para se refletir a forma como a histeria se estabelece mesmo em épocas mais esclarecidas, quando a ciência já é capaz de explicar uma grande parte dos eventos.

A invasão alienígena

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Na véspera do Halloween de 1938, George Orson Welles entrou no ar pelo rádio da rede norte-americana CBS e fez a famosa transmissão de sua narração do romance The War of the Worlds, de H. G. Wells. A ideia era narrar como se fosse um noticiário real, imitando uma transmissão de rádio típica, com atualizações do tempo e música antes da narrativa sobre a invasão alienígena.

H. G. Wells foi um dos precursores da literatura de ficção científica, e seu livro A Guerra dos Mundos, publicado em 1898, ainda é um dos grandes clássicos mundiais do gênero, e uma das obras mais conhecidas do autor. Uma das características marcantes do livro, que talvez influenciou a escolha de Welles para sua dramatização radiofônica, é que estilo é bastante jornalístico, com tecnologias da época em que foi escrito.

Apesar de a obra radiofônica se passar no futuro — Welles interpretava um repórter de outubro de 1939, ou seja, a peça se passava no ano seguinte —, e mesmo que fizesse parte do programa Mercury Theater on the Air, que a cada semana adaptava um livro para o rádio, uma boa parte do público ouvinte acreditou que Nova Jersey estava sendo, de fato, invadida por alienígenas. Assim, começou a histeria em massa.

Foi um caso de sucesso para Welles, que usou as técnicas de radiojornalismo muito bem, incluindo reportagens na rua, entrevistas com testemunhas, opinião de peritos e autoridades. Tudo fictício, claro, assim como o som das naves, que eram feitos pela equipe de sonoplastia com a descarga do banheiro. Conta-se que em pouco tempo as ruas se encheram de carros congestionados e pessoas, desesperadas para fugir da invasão.

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No dia seguinte, jornais de todo o mundo falaram sobre o pânico causado pela transmissão. A dramatização de Welles ainda é um caso estudado até hoje, e sua transmissão é também um alerta para o próprio meio de comunicação “rádio” — e, porque não?, para os veículos dos dias de hoje, também.

Avistamento de OVNIS

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Em 24 de junho de 1947, Kenneth A. Arnold, um aviador americano, viveria o episódio que o tornaria conhecido como o autor do primeiro relato amplamente divulgado de um avistamento de OVNI nos Estados Unidos. É que nessa data, enquanto voava a negócios próximo ao Monte Rainier, Washington, ele avistou nove objetos aéreos em formação.

O avistamento ocorreu por volta das 15h, a aproximadamente 2.800 m de altitude, perto de Mineral, Washington. Arnold havia feito um desvio de sua rota para procurar um avião de transporte C-46 que caíra próximo ao Monte Rainier. Desistiu da busca e começou a voar para leste quando viu um clarão semelhante à luz do Sol refletindo em um espelho.

Aproximadamente 30 segundos após ter visto o primeiro clarão, Arnold viu uma série de luzes brilhantes à distância, à sua esquerda, em direção ao norte do Monte Rainier, que estava a uns 40 km de distância. Arnold supôs que se tratava de aviões a jato e procurou por uma cauda, mas não encontrou nenhuma.

Numa entrevista, ele descreveu os objetos como “um prato atirado pela superfície da água”, uma declaração que logo foi encurtada pelos jornalistas, a partir de 27 de junho, para o termo “prato voador” e “disco voador”. Por isso alguns dão a caso de Arnold o crédito pela origem do termo no vocabulário popular. Arnold acabou se tornou uma pequena celebridade, participando de entrevistas, por exemplo. Em 1952, ele publicou um livro intitulado The Coming of the Saucers ("A chegada dos discos).

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Semanas após a história de Arnold, várias centenas de relatos de avistamentos apareceram em várias partes dos EUA e do mundo, a maioria deles descrevendo objetos em forma de disco, incluindo o relato de uma tripulação da United Airlines, que alega ter visto outros nove objetos desse tipo sobre Idaho, em 4 de julho. O mais famoso caso durante esse período foi o de Roswell, em 8 de julho de 1947, que deu origem a uma crescente preocupação do público — que já vivia sob a constante ameaça de um estopim catastrófico da Guerra Fria — e a teorias de conspiração.

Em 7 de julho de 1947, ao norte de Roswell, no Novo México, William Brazel encontrou destroços em um rancho e concluiu que se tratava dos restos de um disco voador, e alertou as autoridades. De acordo com os arquivistas Dr. Greg Bradsher e Dra. Sylvia Naylor, esses destroços eram de um "projeto altamente confidencial usado pela Força Aérea do Exército dos Estados Unidos (USAAF)", mas o caso é famoso até hoje e já faz parte do imaginário popular como um dos casos mais famosos de OVNIs. E muitos outros relatos ainda viriam depois, nenhum deles com evidências concretas que justifiquem a histeria instaurada.

Hoje, acredita-se que Arnold viu pássaros migrando. Na década de 90, as forças armadas norte-americanas publicaram relatórios divulgando que os objetos vistos por Brazil eram parte de um balão gigante do ultrassecreto Projeto Mogul, que havia caído. Esses balões foram criados para detectar possíveis explosões nucleares soviéticas.

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Mesmo assim, o incidente de Roswell continua a ser do interesse da mídia popular, e persiste a criação de teorias da conspiração em torno deste caso. Roswell já foi chamado de "o caso mais conhecido, mais investigado e o mais desmascarado envolvendo OVNIs".

Epidemia de buracos em para-brisas

Em meados de 1954, Bellingham, Seattle e outras comunidades do estado de Washington foram afetados por um caso bem curioso — as pessoas começaram a reparar que havia buracos em seus para-brisa. Isso levou os moradores a acreditar que alguma coisa estava causando aquele problema: talvez vândalos, algum tipo de praga, ou quem sabe testes de bombas nucleares.

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O problema logo foi observado nas cidades de Sedro Woolley e Mount Vernon e, em meados de abril, parecia afetar a cidade de Anacortes, na Ilha Fidalgo. Havia uma boa quantidade de carros com o problema, então algo estranho deveria estar acontecendo, certo? Felizmente, não passou de mais um caso de paranoia popular causada por uma comunicação problemática dos fatos.

A notícia levou cerca de uma semana para chegar à região metropolitana de Seattle, e à medida que os jornais publicavam a história, mais e mais relatos sobre buracos apareciam. Os motoristas começaram a parar carros da polícia para relatar os danos, parques de automóveis e garagens de estacionamento relataram ataques preocupantes.

Várias hipóteses então apareceram para explicar o fenômeno: um novo transmissor de rádio de um milhão de watts da Estação de Rádio Naval Jim Creek (pertencente à Marinha dos EUA) estava produzindo ondas que causavam oscilações físicas no vidro; raios cósmicos; pulgas da areia; radiação de explosões de bombas de hidrogênio. A maioria da população era partidária de alguma dessas explicações.

Até que o sargento Max Allison, do laboratório criminal da polícia de Seattle, afirmou que os relatos eram 5% feitos por gangues e 95% de “histeria pública”. Em 17 de abril, os casos pararam repentinamente. A “Epidemia de quebra de pára-brisa de Seattle” tornou-se um caso clássico de ilusão coletiva. Os buracos sempre estiveram lá, mas foi apenas quando a mídia chamou a atenção do público que as pessoas realmente olharam seus para-brisas e viram os danos pela primeira vez.

Bug do Milênio

Provavelmente, este caso foi vivenciado pela maioria dos nossos leitores. Se você se lembra de 1999, também deve lembrar do famoso bug do milênio: 31 de dezembro daquele ano, após a contagem regressiva para celebrar a virada e o início do ano 2000, todos os computadores do mundo sofreriam algum tipo de pane por causa do calendário. Os países iriam mergulhar no caos quando os aviões caíssem, os bancos entrassem em colapso, e até os marcapassos começassem a falhar.

Tudo isso porque os sistemas antigos desenvolvidos até então guardavam e interpretavam as datas com 2 dígitos para cada ano, porque era necessário economizar memória — em 1965, um megabyte de espaço em memória magnética custava US$ 761, por exemplo. Desde essa década, portanto, usavam-se calendários internos com dois dígitos. Assim, pela lógica, depois do ano 99, vem o ano de número 00, que as máquinas entenderiam como 1900 ou como 19100, e não como 2000.

Daí veio o medo de que, com isso, os sistemas nos levariam ao desastre. Os Bancos teriam suas aplicações dando juros negativos, milhares de empresas iriam à falência, usinas nucleares teriam vazamentos de material radioativo — e todo o tipo de catástrofe que se pudesse imaginar. Cofres e cadeados que dependiam de computadores seriam facilmente saqueados, os sistemas de fornecimento de água e luz deixariam de funcionar, e por aí vai.

Nos EUA, por exemplo, muitas pessoas estocaram comida com medo de um caos econômico. Estumou-se que os gastos para lidar com o bug, também chamado de Y2K, eram de US$ 600 bilhões em todo o mundo, de acordo com o Gartner Group. Já o Caper Jones estimou US$ 1,6 trilhão.

Programadores aposentados foram chamados para vasculhar os antigos sistemas, e os equipamentos foram renovados em larga escala. Isso impulsionou bastante o crescimento das empresas do ramo de informática e, no fim, a virada do milênio acabou sendo apenas mais um réveillon, sem nenhuma tragédia ou caos.

Alinhamento dos planetas

O mundo mal conseguiu respirar após o susto com o Y2K e, poucos meses depois, o Dr. David R Williams da NASA anunciou que em 5 de maio de 2000 seis planetas do Sistema Solar — Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno — iriam se alinhar com o Sol.

Foi o suficiente para se acreditar que a Terra passaria por inundações, furacões, terremotos e até mesmo poderia se dividir ao meio! O Dr. Williams se apressou em tranquilizar a população de que o alinhamento não traria nenhum perigo para na Terra. “A distância dos planetas é muito grande para que sua gravidade, campos magnéticos, radiação, etc. tenham qualquer efeito discernível na Terra”, escreveu ele. “Na verdade, nem seremos capazes de ver esse alinhamento, pois todos os planetas estarão no lado oposto do Sol da Terra”.

Mas parece que eventos como este são um ótimo alimento para a imaginação. Não é por acaso que alinhamentos planetários também são tema recorrente em ficção de catástrofe e de terror. Em 4 de fevereiro de 1962 um alinhamento como este também resultou em pânico semelhante. O artigo da NASA intitulado ‘Planetas para a sobremesa’ explicou que, neste ano, o Sol, a Lua e os planetas de Mercúrio a Saturno estavam alinhados e nos brindou com um eclipse solar total.

Nada aconteceu em 1962, nem em maio de 2000. O próximo alinhamento desse tipo está previsto para 8 de setembro de 2040, e esperamos que ninguém fique ansioso quando for a hora.

O Calendário Maia

A mais recente “histeria coletiva” ainda deve estar viva na memória de quase todos nós. O dia 21 de dezembro de 2012 marcava o fim do ciclo do calendário Maia, o que só podia significar o fim do mundo, óbvio. Havia muitos candidatos para decretar nosso fim iminente, como tempestades solares, o Planeta Nibiru que colidiria com a Terra, um asteroide, terremotos… e por aí vai.

Algumas pessoas ganharam dinheiro com livros sobre profecias maias, teorias de conspiração, e produtos para se preparar para o fim do mundo — até mesmo filmes hollywoodianos entraram na onda. Um filme chamado 2012, dirigido por Roland Emmerich, foi divulgado com um trailer em 2008 que mostrava uma mega tsunami surgindo ao longo dos Himalaias, e terminava com uma mensagem para descobrirmos a "verdade", procurando "2012" no Google.

Hoje parece curioso pensar nisso, mas em 2011 já havia gente providenciando bunkers para se proteger de qualquer catástrofe que viesse para dar um fim à humanidade. Outros se dirigiram a Alto Paraíso, no centro do Brasil, pois se acreditava que o município de tradição esotérica seria um bunker natural contra as intempéries. O medo acabava por se misturar com interpretações bíblicas, o que alimentava ainda mais o imaginário popular.

De fato, houve um aumento na atividade solar em 2012. Mas a NASA logo explicou que o Sol passa por seus ciclos, atingindo uma atividade máxima a cada 11 anos. Foi apenas uma coincidência.

Fonte: Compare the MarketNASAFolha, James Hutson, SuperInteressante, Skeptical Inquirer Magazine, G1, Valor Investe