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Explosão de Beirute não foi atômica, mas formou uma nuvem de cogumelo; entenda

Por| 04 de Agosto de 2020 às 19h55

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Explosão de Beirute não foi atômica, mas formou uma nuvem de cogumelo; entenda
Explosão de Beirute não foi atômica, mas formou uma nuvem de cogumelo; entenda

Uma explosão da região portuária de Beirute, no Líbano, deixou pelo menos 73 mortos e mais de 2,7 mil feridos nesta terça-feira (4), segundo estatísticas até o fechamento desta reportagem. Trata-se de uma catástrofe sem precedentes para o país, que já anunciou luto federal e anunciou severas investigações contra a empresa responsável por manter um depósito de nitrato de amônio sem as devidas medidas cautelares.

Uma das curiosidades científicas que foram amplamente discutidas nas redes sociais, porém, é o fato de que tal explosão gerou uma “nuvem de cogumelo”, cuja imagem popularmente costuma ser associada à detonação de bombas nucleares. Tal fato, junto ao conhecimento popular de o Líbano já ter sido alvo de atentados terroristas, fez com que alguns internautas criassem teorias de que a explosão teria sido, na verdade, a de uma bomba atômica.

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Acontece que tal teoria é inválida: nuvens de cogumelo surgem em qualquer explosão de grande magnitude ocorrida no solo, por conta de um fenômeno da física conhecido como instabilidade de Rayleigh–Taylor. Basicamente, a detonação produz gás quente, que rapidamente sobe pela atmosfera terrestre. Porém, o ar frio localizado lá em cima confronta-se com esse gás, e, por ser mais denso, “empurra” o gás de volta para baixo.

E é daí que surge a nuvem de cogumelo: o “tronco” é a subida dos gases quentes, enquanto aquele “chapéu” é, nada mais e nada menos, do que esses mesmos gases sendo empurrados para baixo (e se dispersando horizontalmente no processo) pela massa de ar frio.

Ou seja: sendo ocasionada ou não por uma bomba atômica, uma explosão no solo, a essa magnitude, quase sempre formará uma nuvem pirocúmulo (nome científico correto para as popularmente chamadas de nuvens de cogumelo).

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Fonte: Popular Mechanics