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O céu não é o limite! | Estação espacial chinesa, meteoro, Solar Orbiter e+

Por| Editado por Patricia Gnipper | 09 de Setembro de 2023 às 20h00

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CAST/OpenClipart-Vectors/Pixabay/ESA/ATG
CAST/OpenClipart-Vectors/Pixabay/ESA/ATG

A semana trouxe muitas novidades sobre exploração espacial, como os planos da China de exploração de recursos de todo o Sistema Solar, a "fábrica" de oxigênio em Marte e "gambiarras" feitas pelos engenheiros da Agência Espacial Europeia (ESA) para melhorar as observações solares.

Confira essas e outras notícias nos resumos semanais do Canaltech.

O vídeo da estação espacial chinesa

Um vídeo mostrando a montagem da estação espacial chinesa Tiangong foi publicado pela empresa HEO Robotics, especialista uso de sensores espaciais para registrar imagens de objetos como satélites e, como bem demonstraram no post abaixo, da estação espacial.

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Segundo a descrição da empresa, “cada etapa que você vê foi verificada como uma foto tirada por outro satélite no espaço”. Durante o vídeo, acompanhamos o módulo central Tianhe recebendo as naves Tianzhou e Shenzhou, seguidas pelos módulos Wentian e Megntian sendo acoplados à estação e concluindo sua estrutura.

O meteoro em cidades dos EUA

Habitantes de diferentes cidades dos Estados Unidos se surpreenderam com uma bola de foto no céu durante a noite de domingo (3). Tratava-se de um meteoro de aproximadamente 30 cm de diâmetro que atravessou a atmosfera às 22h23 (horário de Brasília), a mais de 57 mil km/h.

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A bola de fogo surgiu quando estava a 75 km de altitude e só desapareceu ao se desentagrar a 35 km de altitude. Cálculos de sua órbita apontam que o objeto deve ter sido um pedaço de uma rocha espacial do Cinturão de Asteroides.

A "gambiarra" da ESA para ver o Sol em ultravioleta

Durante os dois anos de operação da sonda Solar Orbiter, da Agência Espacial Europeia (ESA), os cientistas fizeram testes em segredo para testar uma modificação de última hora no hardware da câmera, feita antes do lançamento. Basicamente, eles instalaram uma peça do tamanho de um dedo para bloquear a imagem do disco solar. A ideia era que, ao observar o Sol no comprimento de ondas ultravioleta extremas, os cientistas pudessem ver em detalhes a atividade da coroa solar (atmosfera solar superior).

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Como essa luz é muito mais fraca, eles precisavam cobrir o disco solar para que ele não ofuscasse a coroa, assim como a Lua esconde o Sol durante o eclipse total — o único momento em que nós, na Terra, podemos ver a coroa usando apenas óculos de proteção. Após terem certeza de que o truque tinha funcionado, a ESA anunciou que, agora, a Solar Orbiter também coletará dados científicos dessa parte de nossa estrela.

A foto da Chandrayaan-3 feita pela NASA

A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, fotografou o local de pouso da Chandrayaan-3, a sonda indiana que alunissou em 23 de agosto perto do polo sul da Lua.

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Essa imagem foi registrada pela LRO quatro dias após a descida do lander da missão indiana à superfície lunar. É possível observar uma área clara ao redor da espaçonave, formada pelas plumas dos propulsores agitando o regolito lunar para desacelerar o lander.

A "fábrica" de oxigênio em Marte

O instrumento MOXIE concluiu sua missão em Marte após gerar 122 gramas de oxigênio, separando as moléculas de dióxido de carbono. Este foi um pequeno experimento apenas para testar a tecnologia que, esperançosamente, fornecerá ar respirável aos futuros colonos do Planeta Vermelho.

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Instalado no chassi do Perseverance, o MOXIE gera oxigênio separando os átomos de carbono e oxigênio das moléculas de dióxido de carbono, gás que compõe 95% da atmosfera marciana. O próximo passo é desenvolter outro gerador para "fabricação" de oxigênio em grande escala.

Os planos da China de usar recursos do Sistema Solar

Cientistas da China planejam usar os recursos espaciais disponíveis em todo o Sistema Solar, algo que seria realizado até 2010. O esboço de planejamento foi apresentado em uma conferência da Sociedade Chinesa de Astronáutica, em Pequim, e inclui a construção de instalações para o uso de água congelada na Lua.

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As metas de exploração incluem a mineração e uso de recursos em 2035, 2050, 2075 e 2100, usando estações de mineração, rotas de transporte e muito mais. O plano também considera a importância do acesso ao espaço, a capacidade de retorno de baixo custo à Terra e inovações tecnológicas necessários para essa façanha.

O lançamento da missão espacial japonesa

Na quinta-feira (7), após adiamentos devido ao mau tempo, o Japão lançou um foguete com um telescópio de raios X feito em parceria com a NASA (XRISM) e um lander próprio (SLIM) para testar tecnologias de pouso lunar.

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O XRISM é um telescópio espacial que observara os raios X emitidos por buracos negros ativos, aglomerados de galáxias e as explosões de supernovas, enquanto o SLIM tentará pousar na cratera lunar Shioli e demonstrar um sistema de navegação bastante ousado. Com ele, os cientistas japoneses tentarão pousar dentro de um perímetro realmente pequeno (100 metros), em contraste com as missões que miram áreas de vários quilômetros.