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O céu não é o limite | Asteroide perto da Terra, 9º planeta do Sistema Solar e+

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Setembro de 2021 às 20h00

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urikyo33/NASA/Johns Hopkins Univ./APL/A. Nota/C. Britt
urikyo33/NASA/Johns Hopkins Univ./APL/A. Nota/C. Britt

Um asteroide enorme passou "perto" do nosso planeta nesta semana, mas, como já devem ter notado, não fomos atingidos! Na verdade, não havia nenhum risco desde o início do monitoramento da rocha espacial, que passou a uma distância 4 vezes maior que o espaço entre a Terra e a Lua.

Além disso, entre as notícias espaciais mais bombásticas da última semana, tivemos experimentos com ondas gravitacionais e o emocionante retorno da Inspiration4, a missão espacial da SpaceX tripulada exclusivamente por civis.

Confira abaixo o "resumão" dos últimos sete dias:

Asteroide perigoso se aproximou da Terra 

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Nesta quarta-feira (22), uma rocha espacial enorme se aproximou de nosso planeta. O asteroide 2021 NY1, com diâmetro estimado em algo entre 130 m e 300 m, viajava a 9,35 km/s quando se aproximou da Terra. Felizmente, sua aproximação máxima ainda era uma distância bem segura — 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

Essa distância é bem maior que o espaço médio entre a Terra e a Lua, por isso não houve risco algum de colisão. A boa notícia para os que possuem equipamentos de observação celeste é que a partir deste sábado (25), o 2021 NY1 ficará visível para lentes telescópicas.

Cientista que "rebaixou" Plutão afirma haver um novo planeta 

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Pois é, o cientista Mike Brown, um dos grandes responsáveis pelo "rebaixamento" de Plutão à categoria de planeta anão, diz haver um novo candidato a ocupar a vaga de planeta número nove do Sistema Solar. O candidato em questão é o já famoso, mas ainda hipotético, Planeta 9.

Ele não está errado em estudar a possibilidade de existir um planeta "indetectável" nas proximidades do Cinturão de Kuiper, mas quase ninguém superou, até hoje, a retirada de Plutão dessa posição — até mesmo grande parte dos astrônomos está um pouco "ressentida". De qualquer forma, Brown publicou um estudo que aponta uma possível localização para o Planeta 9.

Bolhas de gás revelam estrela chegando a seus estágios finais

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Não é legal desejar a morte de ninguém, mas as estrelas distantes são uma exceção a essa regra. Quando uma delas anuncia que está se aproximando de seus estágios finais, os astrônomos ficam ansiosos pela possibilidade de testemunhar a explosão de uma supernova do início ao fim.

Existem muitos sinais que anunciam esses estágios finais, e um deles são as bolhas azuis que vemos nas imagens acima. Elas são nuvens de poeira empurradas pelos ventos estelares da AG Carinae a uma velocidade de até 250 mil km/h. Isso é mais rápido que a expansão da concha de gás (em vermelho), por isso a poeira azul conseguiu alcançá-la em pouco tempo. Entretanto, ainda deve demorar um tempo até que essa estrela encerre seu ciclo de fusão nuclear.

Minidetector de ondas gravitacionais pode ter encontrado algo novo 

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Um detector de ondas gravitacionais, feito com um cristal de quartzo de apenas 3 cm de diâmetro, parece ter encontrado alguma coisa interessante. O problema é que os autores do experimento ainda não sabem ao certo se detectaram um evento cósmico ou algum tipo de ruído de fundo.

O objetivo da experiência, que durou 153 dias, era encontrar ondulações no espaço-tempo causadas por eventos próximos à época do Big Bang, ou mesmo em fenômenos de menores proporções. Para isso, o mini detector foi construído para "sintonizar" ondas em determinadas frequências. Foi assim que ele detectou dois sinais diferentes, cada um deles com um ou dois segundos de duração. Resta agora descobrir o que causou os resultados.

Estados Unidos alegam que a Rússia lançou satélite armado à órbita terrestre

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John Raymond, comandante geral da Força Espacial dos Estados Unidos, afirma que a Rússia teria lançado um satélite armado à órbita baixa da Terra, algo que fere o Tratado do Espaço Exterior assinado por ambas as nações em 1967. Ele diz que o dispositivo russo estaria equipado com armas para destruir satélites dos EUA.

As alegações foram proferidas no evento Air Space Cyber Conference, da Air Force Association (AFA), realizado entre os dias 20 e 22 de setembro. O objetivo dos russos, segundo Raymond, seria destruir satélites estadunidenses essenciais para a identificação de alvos a longas distâncias e disparo de munições “inteligentes”.

Perseverance já detectou mais de 300 redemoinhos de poeira em Marte

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O rover Perseverance já detectou mais de 300 redemoinhos de poeira em Marte, e o número deve aumentar bastante no futuro. Esses eventos climáticos, conhecidos como “demônios de poeira”, são bem comuns no Planeta Vermelho, mas pouco se sabia sobre eles devido à relativa limitação das missões anteriores. Agora, a NASA dispõe de uma série de sensores no Perseverance para coletar diversos dados sobre eles.

Esse número de detecções foi levantado por uma pesquisa, na qual cientistas usaram dados coletados por um conjunto de instrumentos chamado Mars Environmental Dynamics Analyzer (MEDA). São sensores de umidade, vento, temperatura do solo e sensores óticos de poeira. Eles descobriram, com isso, que apenas 20% dos 309 vórtices detectados conseguiram diminuir a luz solar próxima ao rover em mais de 2%. Isso indica baixa densidade de poeira nos redemoinhos.

Boeing deve adiar voo de teste da nave Starliner para 2022

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A "novela" do novo veículo espacial da Boeing ainda está longe de acabar. O teste orbital (OFT-2) do Starliner deve acontecer apenas em 2022, porque a equipe de engenheiros ainda trabalha para solucionar uma falha nas válvulas do sistema de propulsão da espaçonave. Representantes da NASA, no entanto, dizem que ainda não foi tomada uma decisão definitiva sobre a data de lançamento da missão.

Enquanto a SpaceX (outra empresa que assinou contrato com a NASA para desenvolvimento de um veículo espacial) já realiza missões operacionais com sua nave Crew Dragon, a Boeing ainda precisa enviar uma missão não tripulada até a ISS para mostrar que consegue transportar pessoas de maneira segura e acoplar-se no dock da estação orbital. Na primeira (e por enquanto única) tentativa em 2019, o Starliner não conseguiu cumprir o objetivo.

Tripulação da Inspiration4 passou três dias no espaço e retornou à Terra

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Será que os astronautas que pisaram na Lua nas décadas de 1960 e 1970 imaginavam que o turismo espacial um dia se tornaria realidade? Bem, não se passaram mais de meio século para isso acontecer. A SpaceX enviou a primeira missão tripulada exclusivamente por civis pela primeira vez na história na semana anterior, e trouxe todos de volta sãos e salvos no último sábado.

Após três dias na órbita da Terra, os viajantes da missão Inspiration4 pousaram no litoral da Flórida e compartilharam um pouco da emoção que é a aventura espacial. A médica Hayley Arceneaux, por exemplo, relatou como foi interessante observar as mudanças do comportamento de fluidos na microgravidade, um dos muitos tipos de dados que os cientistas coletaram dos três tripulantes durante a missão. Eles também compartilharam como foi ver a Terra pelo domo transparente da nave pela 1ª vez.

Um passeio espacial, no entanto, não é feito apenas de observações da curvatura do nosso planeta e experimentos científicos. Os passageiros da Inspiration4 também passaram alguns "perrengues" ao utilizar o banheiro na espaçonave. Embora tenha sido "uma missão muito limpa do começo ao fim”, de acordo com o chefe dos programas de voos tripulados na SpaceX, houve problemas no ventilador de sucção do banheiro (componente que faz a remoção de dejetos). Mas no final, "tudo funcionou e a tripulação estava saudável e feliz”, finalizou.

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