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Review Realme UI 2.0 | Uma interface limpa e muito atrativa

Por| Editado por Léo Müller | 08 de Março de 2022 às 10h45

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Review Realme UI 2.0 | Uma interface limpa e muito atrativa
Review Realme UI 2.0 | Uma interface limpa e muito atrativa

A Realme chegou oficialmente ao Brasil em janeiro de 2021 e trouxe, consigo, a estreia da linha Realme 7 em nosso país. A marca, antes subsidiária da OPPO, agora atua de forma independente e, como tal, possui suas próprias características, bem como uma interface de usuário específica.

E, aproveitando o último lançamento da empresa em nosso país, o Realme 9i — que já tem seu review aqui no Canaltech — preparamos uma análise da Realme UI 2.0, o software da chinesa que é carregado sob o Android.

Será que, além das especificações em si, vale a pena comprar um celular da Realme? Os brasileiros, habituados com celulares Android da Xiaomi, Samsung ou Motorola, conseguirão se acostumar com a interface da companhia chinesa? Confira esse review e conheça mais sobre a interface.

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Design da interface

Quem já está acostumado com celulares da Samsung ou da Motorola não será muito impactado ao começar a usar a Realme UI. A interface traz um visual limpo, com configurações que parecem uma mistura entre o Android “puro” e a One UI.

Na tela inicial, a simplicidade se repete. No entanto, ao contrário do que acontece nas skins de outras marcas, a Realme UI não oferece um feed de notícias ao deslizar completamente para o lado esquerdo. Há quem goste dessa opção, apesar de muitos optarem por desativá-la quando possível.

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O software também oferece a opção de remover a gaveta de aplicações para adotar um design apenas com a tela inicial — similar ao iOS. Além das duas opções, ainda tem um “modo simples”, que aumenta bastante o tamanho dos ícones e das fontes.

Caso decida manter a gaveta de aplicativos, o usuário terá uma navegação vertical do menu. Quem já está acostumado com a MIUI, com a interface da Motorola ou até mesmo com alguns apps de launcher de terceiros, irá gostar dessa organização.

No geral, a Realme UI é bem minimalista e conta com poucas modificações visuais. Isso ajuda a manter uma estética mais discreta e agrada quem se atrai por interfaces mais simples e intuitivas.

Personalização

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Ao contrário da MIUI ou da One UI, a Realme UI não oferece muitas opções de customização e não tem uma loja de temas que permita alterar o visual de menus, barra de notificações ou até mesmo as cores do sistema operacional.

Ainda assim, é possível alterar o formato e tamanho dos ícones que são exibidos na tela. As opções, no entanto, são limitadas e há algumas pré-configurações oferecidas pela marca.

Apesar disso, o usuário tem a possibilidade de modificar um pouco mais o design ajustando o nível de arredondamento das bordas dos ícones, por exemplo.

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Há também a opção de alterar o estilo das transições na área de trabalho, com vários modelos pré-definidos, que dão um aspecto mais agradável para rolar entre as páginas existentes.

Por fim, também é possível alterar o esquema de cores dos ícones. As opções não são muito variadas, mas o usuário pode escolher entre combinações de duas cores ou mais ou simplesmente escolher uma única que será usada para todos os ícones e menus.

Segurança e Privacidade

As opções de segurança da Realme UI são, na verdade, disponibilizadas pelo próprio Android. Dessa forma, o que o usuário tem de proteção com a interface da marca é o que o Google já oferece de forma nativa e que está presente basicamente em qualquer celular com o sistema.

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Entre as opções, estão o “Encontre meu Dispositivo”, para localizar remotamente o aparelho por meio de uma conexão com a internet; o Google Play Protect, que garante segurança ao baixar aplicativos e jogos pela Play Store e o Smart Lock; que além de ajudar a desbloquear o aparelho com mais facilidade, também permite armazenar logins e senhas na conta.

Para privacidade, porém, há alguns recursos próprios da Realme UI que podem agradar os usuários. Um deles é o “Cofre seguro”, que permite salvar arquivos e dados em uma área separada e protegida com uma senha adicional. Dessa forma, o usuário não precisa recorrer a aplicativos de terceiros.

Essa senha adicional também permite ocultar ou bloquear aplicativos instalados no aparelho, seja ele da própria interface ou baixado pelo usuário.

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Por fim, também há o “Espaço para crianças”. Com ele, os pais podem definir um limite de tempo para os pequenos utilizarem o celular, além de selecionar quais aplicativos poderão ser acessados durante o uso.

Outra vantagem desse recurso é que os menores não podem fazer compras pelo celular e também bloqueia a instalação/exclusão de aplicativos do aparelho, bem como a modificação de configurações do sistema.

Notificações

A área de notificações da Realme UI é bem simples e, como a maioria dos aparelhos já está no Android 11, contam com as bolhas de notificações, que permitem converter os aplicativos de conversas em janelas separadas, que podem ser minimizadas em uma bolha — tal qual o Facebook Messenger.

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Outra função interessante é a opção de fixar notificações específicas no topo da tela. Dessa forma, se o usuário não quiser abrir uma mensagem assim que recebê-la, mas quiser achar depois de forma mais rápida, basta adicioná-la na frente na lista e depois acessá-la mais facilmente.

Apps, recursos e diferenciais

A Realme UI tem uma interface mais limpa, portanto seu maior diferencial é entregar um sistema operacional minimalista, com poucas modificações feitas pela fabricante e menos aplicativos nativos.

Ainda assim, é possível encontrar algumas funções interessantes nos aparelhos da marca, como o “modo de uma mão”, que reduz a área de uso na tela para permitir que o usuário mexa no celular com apenas uma mão — função ideal para smartphones com tela muito grande.

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A interface também oferece seu próprio “espaço de jogos”, que reúne, em um app, todos os games instalados no celular. Esse espaço também mostra informações importantes sobre o uso do hardware, como o desempenho atual do processador e da placa gráfica, além da quantidade de energia restante e intensidade do sinal de rede.

Ao executar algum jogo, o celular também fornece um atalho com recursos rápidos, que permitem ignorar notificações ou aprimorar o desempenho do aparelho com foco na execução dos games.

Outra função interessante é a “barra lateral inteligente”, que permite acessar alguns atalhos — como o gravador de tela ou a ferramenta de tradução da tela — de forma rápida e em qualquer tela. Para isso, basta deslizar o ícone que fica posicionado em uma das bordas do display — como padrão, na direita.

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Já o Laboratório Realme — presente na tela de configuração do aparelho — permite testar algumas funções experimentais da marca.

No momento, a empresa permite ativar a “Cápsula de sono”, que restringe o uso do smartphone durante determinado horário na noite, e a “rolagem suave”, que promete uma navegação mais agradável na tela.

Um aspecto negativo, porém, é que a Realme UI ainda não está completamente traduzida para o nosso idioma. Dessa forma, podemos nos deparar com alguns erros de escrita.

No app da câmera, por exemplo, a função para usar o sensor de impressões digitais para fazer uma captura está descrito como “fotografia das impressões digitais''.

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Essas falhas, porém, são corrigidas aos poucos, conforme é identificado pela marca. Novas atualizações, portanto, devem acabar com isso.

Acessibilidade

Assim como acontece com as funções de privacidade e segurança, os recursos de acessibilidade da Realme UI são herdadas diretamente do Google e, portanto, não há muita novidade ou diferencial em relação a outros celulares que contam com o Android como sistema operacional.

Dessa forma, as opções disponíveis na interface da Realme são bem padrões. É possível, por exemplo, adicionar um alto contraste nas fontes para melhorar a visualização por quem tem dificuldades visuais ou corrigir as cores para usuários que tenham daltonismo.

O sistema operacional também oferece um menu de acessibilidade, que permite acessar funções rápidas como o Google Assistente, o gerenciamento de brilho ou volume, visualizar os aplicativos recentes e outras configurações.

Conclusão | Realme UI oferece uma interface limpa, mas com pouca customização

Quem pensa em comprar um celular da Realme e está em dúvida se a interface irá atender as expectativas deve se atentar a alguns pontos.

Primeiro, se o poder de customização é um fator crucial. Caso seja, ela pode deixar bastante a desejar, já que as opções são bem limitadas, além do fato de não haver uma biblioteca de temas disponíveis.

Se você busca algo mais minimalista e discreto, porém, ela irá atender muito bem. Os menus e a área de configurações rápidas são bem sóbrios e simples, sem muita poluição visual.

A ausência de aplicativos e funções nativas pode fazer falta a quem está acostumado com interfaces como a One UI da Samsung ou MIUI da Xiaomi, mas certamente irá agradar aqueles que são aficionados pelo Android “puro”, como o que é oferecido na linha Pixel — ou que chega perto com a interface da Motorola.

A interface ainda não está completamente traduzida para o português e, ocasionalmente, podemos nos deparar com algum erro de escrita. Mas não é algo que atrapalhe o uso e novas atualizações podem corrigir isso no futuro.

Meu veredito é que a sobriedade e o minimalismo do sistema são seus grandes atrativos e eles compensam a ausência de recursos nativos.

Por se tratar de uma marca “nova” — ou recém “emancipada” — a Realme ainda pode desenvolver bastante sua interface no futuro.