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Volvo detalha planos para crescer ainda mais no Brasil

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/louis tricot, Unsplash
Reprodução/louis tricot, Unsplash

A Volvo está em grande fase no Brasil. Após uma reformulação e reposicionamento iniciados em 2016, a montadora sueca chega a 2022 com um trabalho consolidado em nosso mercado, trabalhando no mesmo ritmo de outras praças pelo mundo e com um detalhe crucial: sem parar a completa eletrificação do portfólio.

Prova disso é o lançamento do Volvo C40 Recharge, que aconteceu na última semana. O primeiro SUV coupé da Volvo também é um carro 100% elétrico, a exemplo do XC40 Pure Electric, ambos lançamentos globais e que tiveram o Brasil como um dos primeiros mercados.

Atualmente, não apenas as pessoas com alto poder aquisitivo desejam um Volvo. Para uma marca que antes era até marginalizada no país pela fama de ser "sem graça", hoje já é possível ver que consumidores de outros modelos premium mais acessíveis preferem fazer um "esforço" no orçamento e ir para um Volvo.

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"Isso é motivo de muita felicidade para nós. Quando começamos esse trabalho há cinco, seis anos, com o projeto de reposicionar a marca no Brasil, já imaginávamos chegar onde estamos agora. Quando escutamos o que outros consumidores, inclusive de concorrentes, falam de um Volvo e do desejo de ter um, é motivo de muita satisfação para nós", disse João Oliveira, diretor geral de operações e inovação da Volvo, em entrevista ao Canaltech.

Parte desse sucesso se deve também a um processo de democratização do acesso a um carro desse nível. Segundo João Bassetto, diretor de produtos da Volvo, o Volvo Lovers, serviço que emprestava, sem custos, qualquer modelo da marca para qualquer pessoa, catapultou as vendas de modo bem interessante.

"O Volvo Lovers ajudou muito no processo de popularização da Volvo no Brasil, já que emprestamos os carros sem qualquer contrapartida ou burocracia. O resultado foi que, em vários casos, os consumidores acabaram fazendo ofertas pelo veículo que estavam testando", disse Bassetto.

Atualmente, o Volvo Lovers está paralisado, mas a empresa não enterrou totalmente a ideia. Entretanto, com a crise dos semicondutores e uma oferta menor de veículos, não há previsão de quando ele pode retornar.

Investimentos em infraestrutura

Mas o trabalho no mercado nacional não se restringe apenas aos carros. A empresa também sabe que, para atrair ainda mais clientes e seguir na liderança entre os SUVs premium, precisaria investir em infraestrutura para o carregamento não apenas dos carros elétricos, mas também dos demais híbridos plug-in, como o Volvo XC60.

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Para isso, a empresa destinou mais de R$ 10 milhões à primeira fase de instalação de novos carregadores rápidos em 13 "corredores", totalizando 26 pontos de recarga, sempre partindo de São Paulo e indo para outras localidades. Além disso, há a parceria com concessionárias para a instalação recarregadores convencionais na beira das estradas.

Em coletiva realizada na Cidade do México, Rafael Ugo, diretor de marketing da Volvo para a América Latina, disse que o trabalho da marca agora é de, além de trazer novos produtos, mudar a mentalidade do consumidor, mostrar que é, sim, possível ter um carro elétrico na garagem sem se preocupar tanto com o recarregamento.

"Estamos realizando investimentos em carregadores e a primeira fase desse plano de expansão está quase concluída. As Os clientes da Volvo e potenciais compradores podem ficar tranquilos; estamos trabalhando para que a infraestrutura deixe de ser um problema na hora de comprar um carro da nossa marca", disse o executivo.
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O futuro no Brasil

Em conversa com o Canaltech, a Volvo confirmou que vai trazer mais modelos elétricos ao Brasil. Os próximos, ao que tudo indica, serão mesmo versões menos potentes e com menor alcance do XC40 Pure Electric e do C40. Já modelos como o S60 e o S90 terão suas importações interrompidas.

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Sobre o especulado lançamento de um SUV menor do que o XC40 e que também será 100% elétrico, Bassetto revelou que ele também chegará ao país, mas não entrou em detalhes sobre o produto.

"Ainda este ano podemos ter novidades com relação a esses carros, mas é praticamente certo que eles vêm ao Brasil. A plataforma CMA permite que instalemos motores elétricos em apenas um dos eixos, nos dando mais possibilidades de lançamentos e expansão do portfólio", disse Bassetto.

O Brasil é um dos principais mercados para a Volvo e trazer os próximos lançamentos globais para cá faz parte da estratégia da marca. Com a chegada dos modelos menos potentes, a Volvo espera vender perto de 2.500 unidades do XC40 e 1.000 unidades do C40, algo que a colocaria, com folga, na liderança entre os carros elétricos no Brasil.