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Análise | Chevrolet S10 High Country traz força bruta com requintes tecnológicos

Por| Editado por Jones Oliveira | 18 de Abril de 2021 às 09h30

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Felipe Ribeiro/ Canaltech
Felipe Ribeiro/ Canaltech

Lançada em 1995, a Chevrolet S10 dominou o mercado por quase uma década, tendo perdido seu posto para a Toyota Hilux e sua infinidade de opções. Os anos passaram e as picapes evoluíram absurdamente deixando a fama de veículos meramente para trabalho no passado e adotando o que há de melhor em termos de tecnologia para seus usuários ficarem ainda mais satisfeitos. Picape apaixona e somos prova viva disso, já avaliando algumas para o Canaltech.

E se há um produto nesse mercado que representa essa evolução das picapes é a Chevrolet S10 High Country, o modelo topo de gama da atual geração do veículo. Lançada no final de 2020, a caminhonete ganhou um banho de loja dos mais esperados e, com ele, muitos itens tecnológicos que podem ajudar desde o fazendeiro no campo até o entusiasta na cidade.

Essa versão recebeu um interior completamente remodelado com materiais de melhor qualidade, fugindo um pouco do estilo rústico de outros modelos. Além disso, por ser uma das únicas do mercado equipada com direção elétrica, tornou-se mais gostosa de guiar e manobrar.

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O Canaltech passou um tempinho com a S10 High Country e contará como foi a experiência.

Conectividade e Segurança

Os itens de maior evolução dentro da S10 foram mesmo os de conectividade e segurança, algo que certamente vai deixar os leitores do Canaltech surpresos. O salto fez com que ela se tornasse um dos modelos mais avançados nesses quesitos, principalmente se compararmos com as demais concorrentes, que devem ganhar atualizações dentro em breve, sobretudo a Toyota Hilux, que já está um pouco defasada.

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Comecemos pelos itens de segurança, que são muitos. O de maior proeminência e ação no dia a dia é o sistema de frenagem automático de emergência. Por mais que ele exista em vários carros hoje em dia, em uma picape seu funcionamento, se não for bem calibrado, pode ser um problema. Como o carro é mais alto e largo, os sensores tendem a serem mais ativos, o que pode ser visto na prática em nosso uso.

Mesmo com esses pormenores, por duas vezes o sistema nos salvou de batidinhas em decorrência da imprudência de outros motoristas. Com as ruas vazias em decorrência da pandemia e a sensação de que o carro é indestrutível, muitos condutores não têm o devido cuidado em ultrapassagens e entradas nas vias.

Apesar da falta de um alerta de ponto cego que equipa, inclusive, a Chevrolet Trailblazer, derivada diretamente da S10, é muito tranquilo manobrar e utilizar a picape na cidade — dentro do possível, é claro.

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O pacote de segurança da S10 também conta com o alerta de mudança de faixa, muito útil em carros desse porte devido à largura pequena de nossas pistas. Além do alerta de ponto cego, faz falta, também, o piloto automático adaptativo e um alerta de tráfego cruzado.

Já no campo da conectividade, a S10 ganhou tudo o que modelos recentes da Chevrolet receberam, como o Wi-Fi nativo e o espelhamento do Android Auto e Apple Car Play sem fio em sua multimídia de 8 polegadas. O sistema de som, mesmo sem assinatura, é ótimo, e funciona em perfeita harmonia com a ótima acústica da cabine, que absorve bem os sons do barulhento motor diesel.

Completam os itens de segurança os controles de estabilidade e tração, auxiliar de descida, auxiliar de partida em rampa, sensores de estacionamento traseiros e dianteiros, frenagem motora automática, acendimento automático dos faróis, retrovisores eletrocrômicos e o sistema de concierge OnStar.

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Conforto e Experiência de uso

Como toda picape média 4x4, a Chevrolet S10 tem suas vantagens e desvantagens. Com a caçamba vazia, a cabine balança muito mais do que quando ela está cheia, e isso faz a diferença em nosso asfalto combalido. No off road, porém, o comportamento é mais linear e transmite maior segurança.

Se compararmos com suas concorrentes mais diretas, a S10 pode ser considerada no mesmo patamar de conforto, mas em dirigibilidade, está um nível acima. Isso acontece porque, nessa versão, a Chevrolet instalou a direção elétrica progressiva, que ajuda, e muito, em manobras na cidade.

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Já em termos de desempenho, nada a reclamar. O motor turbodiesel 2.8 de 200cv e 51 kgf/m de torque dão conta do recado de modo absoluto, fazendo com que subidas íngremes sejam vencidas como se não existissem. Mesmo sendo um carro com mais de 2100 kgs, a sensação é de agilidade, com os freios funcionando na mesma proporção e o casamento com o câmbio de seis marchas sendo bem-feito.

Um câmbio de 9 marchas, porém, ajudaria no consumo. Uma bela mancada por aqui. Em nossos testes, a S10 chegou a fazer médias de 7 km/l na cidade. Bem pouco.

Entretanto, sempre é bom ressaltar que se trata de um veículo grande e pesado. Portanto, por mais que a diversão ao guiar seja presente, é necessário ter atenção redobrada com sua utilização em vias movimentadas. A curva de aprendizado, contudo, é simples.

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Dentro dos itens de conforto, podemos destacar o GPS nativo off-line, o ar-condicionado digital que, infelizmente, é de uma zona, rebatimento elétrico dos retrovisores, partida remota, ajustes elétricos dos bancos do motorista e os braços pantográficos na porta da caçamba, que trazem mais segurança para os proprietários.

Fazem falta, contudo, a chave presencial e o ar-condicionado de duas zonas, itens que são obrigatórios para carros nesse valor.

Design e acabamento

A versão High Country da S10 segue o modelo vendido nos Estados Unidos e adota uma nova dianteira. A popular gravatinha da Chevrolet está localizada no canto da grade frontal, que dá lugar ao letreiro "chevrolet" em black piano, o que traz um ar de requinte e exclusividade ao modelo. Além disso, a grafia "High Country" pode ser vista por toda a picape, tanto nos santoantonios, que são novos, quanto na parte interna.

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O acabamento, como citamos acima, evoluiu muito e pode ser considerado superior ao de modelos concorrentes. O uso de soft touch foi de bom tom e dá um ar de mais requinte à cabine, que é exatamente a mesma do SUV grande Trailblazer, feito com base na S10.

O conjunto óptico, apesar de contar com a luz diurna de LED, não possui faróis com essa tecnologia, o que tornaria dianteira da picape ainda melhor.

Chevrolet Trailblazer

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O Chevrolet Trailblazer nada mais é do que um SUV grande de sete lugares feito com base na S10. Compartilha o mesmo motor, câmbio e tecnologias, mas tem o acréscimo, claro, de um porta-malas ou da fileira extra de bancos. A suspensão traseira também é diferente, para trazer mais conforto ao modelo e o sistema de tração também é 4x4.

Por ser um pouco mais pesado, o carro tem um desempenho levemente anestesiado, mas nada que atrapalhe no dia a dia.

Veredicto e Coeficiente Canaltech

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A Chevrolet S10 High Country é um deleite quando pensamos em robustez e tecnologia em um mesmo produto. Com um ótimo equipamento de segurança e infotenimento, a picape tem predicados para brigar na ponta da tabela de vendas em sua categoria.

As renovações de Hilux e Frontier — além da nova Fiat Toro — devem tornar esse segmento ainda mais competitivo e pautado na tecnologia.

A Chevrolet S10 High Country pode ser encontrada em todo o Brasil por R$ 234.360. Já a Chevrolet Trailblazer em sua versão Premier, a topo de gama, sai por a partir de R$ 294.970.

No Canaltech, Chevrolet S10 High Country e o Chevrolet Trailblazer Premier foram avaliados com unidades gentilmente cedidas pela General Motors do Brasil.