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Análise | Jeep Compass tem na tecnologia sua maior aliada para o sucesso

Por| Editado por Jones Oliveira | 14 de Março de 2021 às 09h00

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Felipe Ribeiro/ Canaltech
Felipe Ribeiro/ Canaltech

Inspirado em modelos maiores como o Jeep Cherokee, o Jeep Compass é um SUV médio pensado para o mercado norte-americano, mas que vem dominando as ruas no Brasil e no mundo com um projeto dos mais versáteis e tecnológicos em sua categoria. A atual geração do utilitário apareceu por aqui em 2016, um ano depois da chegada do Jeep Renegade, maior sucesso do grupo Fiat-Chrysler (FCA) e um dos maiores responsáveis pela popularização dos SUVs.

Quando lançado, o Compass foi disruptivo. Trouxe para sua categoria um alto nível de tecnologia e conforto e, apesar de o seu tamanho não ser o mesmo que os principais rivais, seu design matador, motorização muito superior (na versão diesel) e alto nível de acabamento o colocaram como o principal nome dentro do segmento, inclusive sendo o SUV mais vendido do mercado em algumas ocasiões, superando modelos menores e mais baratos.

Prestes a ganhar uma repaginada interna e alguns retoques estéticos, o Jeep Compass segue sendo líder absoluto em sua categoria, vendendo mais do que a soma de todos os concorrentes. Para explicar o seu sucesso e pensar no que podemos ganhar nas versões que serão lançadas esse ano, é justo apontar para aquela que é a maior aliada do SUV: a tecnologia.

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O Canaltech passou um tempo com a versão topo de gama do Compass, a Trailhawk, e a intermediária, Longitude, e vai trazer explicar os motivos pelos quais esse SUV faz tanto sucesso por aqui.

Conectividade e Segurança

O Jeep Compass tem muitas versões disponíveis no mercado brasileiro, mas apenas algumas são equipadas com os sistemas que vamos descrever adiante. No caso dos modelos avaliados pelo Canaltech, apenas a Trailhawk, que é uma das mais completas, ostenta os pacotes de tecnologia do SUV.

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Apesar do apelo aventureiro, o Compass Traihawk não faz feio quando pensamos no uso urbano. Isso porque ele é equipado com itens vistos em modelos até de categorias superiores, algo incomum quando ele fora lançado, como o alerta de colisão frontal, sistema de frenagem automática de emergência, auxiliar de permanência em faixa e sensores de colisão 360º. Outros carros avaliados pelo Canaltech também possuem alguns desses itens, mas cada modelo reage de uma maneira e o que vimos no Compass agradou — e muito.

No dia a dia, o que mais no chamou a atenção foi o auxiliar de permanência em faixa. Foi curioso notar como ele age a todo o instante a partir do momento em que é acionado, no caso, acima dos 50 km/h. Quando a câmera do Compass identifica as linhas na estrada, o carro se comporta de modo a sempre te colocar no centro do caminho. Alguns motoristas até poderão reclamar, mas a segurança que isso traz é enorme, principalmente em vias expressas urbanas. Já os demais recursos são de extrema eficiência, mas não queira utilizá-los. Afinal, são para casos extremos e de muita distração, como a frenagem automática de emergência.

Outra ferramenta muito interessante e que demonstrou um funcionamento dos melhores que já pudemos avaliar foi o piloto automático adaptativo. Em viagens longas, por exemplo, ele é um aliado para o descanso dos pés do motorista, já que controla o Compass com uma precisão absurda e tudo com uma pré-programação que é simples de ser feita. O diferencial no SUV da Jeep, porém, está na sensibilidade do radar do carro, que pode ser ajustado conforme a preferência do condutor e capta muito bem até carros de faixas ao lado e que fazem movimentações bruscas.

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No campo da conectividade, o Compass não faz feio. Sua central multimídia é das mais completas do mercado, com tela em formato mais quadrado e extremamente veloz. Todas as funções de infotenimento e, também, da segurança do carro, estão presentes nela, o que ajuda bastante na hora de se organizar para rodar.

O funcionamento do multimídia fica ainda melhor graças ao sistema de som da Beats, que é de extrema qualidade e casa muito bem com o excelente isolamento acústico do veículo, e com o espelhamento com Android Auto e Apple Car Play.

Completam os itens tecnológicos e de segurança do Compass airbags dianteiros, laterais, de cortina e para os joelhos do motorista, freio a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, assistente de partida em rampas, controle de descidas, controle eletrônico de estabilidade, controle de tração, controle eletrônico anticapotamento, controle de estabilidade para trailer, faróis em xênon, monitoramento de ponto cego, faróis e lanterna de neblina, luzes de condução diurna, alarme Isofix para fixação de cadeirinhas infantis no banco traseiro, Panic Break Assist e monitoramento de pressão dos pneus.

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Conforto e experiência de uso

O grande calcanhar de Aquiles quando pensamos no Jeep Compass é seu espaço. Apesar do bom porte externo e do porta-malas até que grande, a vida dos passageiros na segunda coluna não é das melhores. Isso porque ele é feito sob a plataforma do Renegade e da Fiat Toro, porém com entre-eixos de 2,63. Para situar melhor o leitor do Canaltech, essa medida é inferior, por exemplo, a do Volkswagen T-Cross, um SUV sabidamente compacto e de categoria inferior ao Compass.

Com um truque de engenharia e tecnologia, a Jeep conseguiu torná-lo um carro confortável, mas quando pensamos nos preços pedidos por suas versões e na categoria do veículo, falta, sim, espaço. Contudo, na experiência de uso, ao menos na versão Trailhawk, tudo é esquecido graças ao excelente desempenho.

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Na versão aventureira do Jeep Compass somos agraciados com o magnífico motor 2.0 turbodiesel de 170cv e 35,7 kgf/m de torque a apenas 1750 giros. Ou seja: tão logo você pise no acelerador, toda a força do carro está nos seus pés e mãos, fazendo com que ele seja um dos melhores SUVs nesse quesito em solo brasileiro.

Esse motor, além de potente e ágil, garante ótimos números de consumo. Oficialmente, a Jeep afirma que ele chega a fazer 10,3 km/l na cidade e 13,4 km/l na estrada. Para um carro que pesa faraônicos 1717 kgs, é excelente, principalmente pelo auxílio do câmbio automático de 9 marchas. Mas, em nossos testes, conseguimos números ainda melhores. Para que o leitor tenha uma ideia, em uma viagem de pouco mais de 380 quilômetros em ida e volta, utilizamos menos de meio tanque do Compass.

Quando vamos para a versão flex, os números são mais modestos, seja em desempenho, seja em consumo. O 2.0 aspirado dispõe de 166cv e apenas 20,5 kgf/m de torque. Ele não chega a ser irritante como outros modelos de mesma categoria, como o Ford Territory, mas falta agilidade em alguns momentos. O consumo com etanol não é convidativo, o tornando um verdadeiro pudim de cana. Em nossas medições no circuito cidade/estrada, marcamos 7km/l.

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E como um rodar suave também faz parte do conforto, tanto a versão flex quanto a turbodiesel não fazem feio — pelo contrário. O acerto de suspensão já característico dos SUVs da Jeep está presente no Compass, fazendo com que seus usuários vençam com facilidade a buraqueira do asfalto brasileiro. No modelo Trailhawk, aliás, somos agraciados com a tração integral sob demanda, que também conta com o seletor de terreno, caso você queira pegar um off road.

Para o conforto, o Compass conta, também, com ar-condicionado automático digital de duas zonas, direção elétrica, vidros elétricos nas quatro portas com one touch, travas elétricas nas portas e porta-malas, retrovisores externos com ajuste e rebatimento elétricos, volante ajustável em altura e profundidade, banco do motorista regulável em altura, banco do passageiro rebatível, banco traseiro bipartido e rebatível, retrovisor interno fotocrômico, sensor de chuva, sensor de estacionamento traseiro, chave presencial, faróis com acendimento automático, apoia-braço central com porta-objetos e tampa do porta-malas com abertura elétrica e função antiesmagamento.

Acabamento e Design

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Nos seus mais de 80 anos de história, se há algo que a Jeep sempre acertou foi no design dos seus SUVs — e com o Compass não é diferente. Aliando traços elegantes, mas sem perder o espírito aventureiro, o utilitário se tornou sonho de consumo de muita gente justamente por sua aparência.

No caso da versão Longitude com o pacote Night Eagle, seus tons escuros dão um aspecto mais esportivo e urbano, enquanto na Trailhawk, seu ângulo de ataque maior e rodas menores facilitam para quem quer encarar um off-road e tão um jeitão mais agressivo ao SUV.

Já no acabamento, tudo é muito bem encaixado, com materiais de ótima qualidade e bem superiores aos encontrados em rivais diretos. Isso deve ser ainda mais latente nas novas versões do SUV, que chegam até o meio do ano.

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Veredicto e Coeficiente Canaltech

O Jeep Compass consegue aliar conforto, desempenho, segurança e tecnologia em um produto que, de fato, é vencedor. Com a chegada de novos concorrentes, como o Toyota Corolla Cross e o Volkswagen Taos, algumas mudanças se fazem necessárias no SUV americano — e elas virão.

De imediato, um novo motor 1.3 turboflex vai substituir o cansado e beberrão 2.0 flex. A Fiat já anunciou que, na gasolina, ele terá 180cv e pouco mais de 28 kgf/m de torque, o que deve ajudar no consumo e emissão de poluentes.

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Os modelos atuais, porém, seguem vendendo que nem água e isso deve ficar ainda melhor na atualização que chega no meio do ano.

Um produto como o Compass atende perfeitamente a vida urbana e tem na tecnologia a sua maior aliada. Com a manutenção desses predicados, a disputa com os novos concorrentes será interessante. Melhor para nós.

O Jeep Compass Longitude pode ser encontrado por a partir de R$ 148.990, enquanto a variante Trailhawk sai por a partir de R$ 215.669.

No Canaltech, o Jeep Compass, em suas versões Longitude Night Eagle e Trailhawk, foi avaliado com unidades gentilmente cedidas pelo Grupo FCA do Brasil.