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Review BYD Dolphin | Elétrico chinês não é um fenômeno por acaso

Por| Editado por Jones Oliveira | 01 de Outubro de 2023 às 09h30

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Review BYD Dolphin | Elétrico chinês não é um fenômeno por acaso
Review BYD Dolphin | Elétrico chinês não é um fenômeno por acaso

O BYD Dolphin chegou ao Brasil no fim de junho e, com pouco tempo de mercado, repetiu o desempenho global se transformou em um verdadeiro fenômeno de vendas, com mais de 3 mil unidades comercializadas em apenas um mês.

O hatch elétrico chinês, que já emplacou mais de 500 mil unidades no mundo, ainda foi o principal responsável por provocar um efeito-dominó nas montadoras rivais, que se viram obrigadas a reduzir os preços dos modelos de entrada para não serem “engolidas pelo golfinho”.

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Emprestado à reportagem do Canaltech pela montadora chinesa, o Dolphin passou por uma análise “microscópica” durante uma semana. E mostrou, durante os sete dias de teste, que não se transformou em uma verdadeira “febre” por acaso.

Confira a seguir o porquê eu assino embaixo de todos os elogios ao surpreendente hatch compacto da BYD.

Conectividade e Segurança

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O BYD Dolphin tem nos itens de conectividade seus pontos fortes. Além da tela que gira apenas com o toque de um botão, posicionado tanto na própria central quanto no volante multifuncional, outros recursos merecem destaque.

A assistente digital extremamente competente responde a comandos básicos de voz para acessar o Spotify e controlar volume de som e climatização, faz alertas de falta de cinto de segurança, também por voz (em português de Portugal), e trabalha em conjunto com o sistema de GPS, memorizando trajetos para casa ou trabalho, se o condutor assim desejar.

O Dolphin também oferece duas funções atreladas ao app oficial da BYD que serão estendidas em breve a outros carros elétricos da linha: a possibilidade de jogar videogame na central multimídia do carro e, também, de soltar a voz no karaokê.

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Os itens de segurança, por sua vez, carecem de maior atenção por parte da montadora em futuras atualizações da linha do Dolphin. O hatch chinês conta com 6 airbags, assistente de partida em rampa, controle de cruzeiro e sensores de estacionamento traseiro, mas não oferece assistente de permanência em faixa, monitoramento de ponto cego ou frenagem automática de emergência, já “comuns” em alguns rivais.

Conforto e Experiência de uso

O motor elétrico de 95cv de potência e torque de 18,3 kgf/m do BYD Dolphin pode parecer modesto, mas é mais do que suficiente para fazer do hatch chinês um carro extremamente agradável de dirigir, tanto em ambiente urbano quanto em estradas.

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Senti, durante os 7 dias de testes, que o Dolphin tem tudo para agradar ao consumidor que quer entrar no segmento elétrico e usa o carro primordialmente em trechos urbanos — ir e voltar do trabalho, levar o filho à escola, fazer supermercado, etc.

As baterias Blade de 44,9 kWh dão ao hatch autonomia de 291 quilômetros por carga, já no ciclo PBEV do Inmetro. Mesmo acelerando mais forte vez ou outra, dá para afirmar que é possível fazer até mesmo mais quilômetros sem precisar “reabastecer”, pois o sistema de regeneração é extremamente eficiente e ajuda na recuperação da carga enquanto roda.

Foi possível até mesmo realizar um bate-volta entre São Paulo e Jundiaí sem maiores preocupações, apesar de o consumo de bateria ter sido bem mais elevado no trajeto rodoviário, como é comum em carros elétricos e híbridos, por conta do percurso ter menos pontos de freadas intensas.

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O comportamento dinâmico do carro surpreende, pois tem suspensão bem trabalhada para as ruas brasileiras, apesar de ter sido projetado para a China, é seguro nas curvas e responde aos comandos do volante com extrema precisão e rapidez, tornando a condução sempre segura. O único senão é a ausência do ajuste de profundidade do volante, que só se movimenta para cima e para baixo.

O conforto também é elogiável, tanto nos bancos da frente quanto como passageiro na parte de trás, posição que ocupei por alguns minutos apenas para relatar a experiência no review. Mesmo com 1,87 m de altura, me senti confortável atrás do motorista (que tinha pouco mais de 1,60 m), graças ao generoso entre-eixos do Dolphin, que é maior do que aparenta por fora (2,70 m).

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Design e acabamento

O design externo do BYD Dolphin pode dividir opiniões. Na minha, como responsável pela análise pelo Canaltech, ele se mostrou um carro com linhas robustas e atraentes. Pessoalmente falando, gostei dos detalhes em laranja na frente e atrás do carro, não apenas pelo ineditismo, mas pelo ar esportivo que deram ao hatch elétrico.

O conjunto óptico, composto por LEDs tanto nos faróis dianteiros quanto nas luzes diurnas (DRLs), é ainda mais chamativo na parte traseira do Dolphin. As lanternas são unidas por uma faixa luminosa que forma uma espécie de onda e torna o visual do “golfinho elétrico” inconfundível.

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As saídas de ar, também com detalhes em laranja, combinam com o visual arrojado e jovem do Dolphin, e vão de encontro à principal proposta do hatch, que mira justamente nessa parcela de consumidores para alavancar ainda mais os já excelentes números dos carros em seus primeiros meses de Brasil.

Por dentro, o acabamento do Dolphin é de primeira qualidade, com textura agradável nos painéis e nas portas e um toque elegante nos bancos, que têm visual esportivo e tons em cinza, bege e laranja.

Concorrentes

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Se levarmos em conta a faixa de preço praticada no Brasil, os principais concorrentes do BYD Dolphin são o JAC E-JS1, o Caoa Chery iCar e o GWM Ora 03. Eles custam a partir de R$ 135,9 mil, R$ 119,9 mil e R$ 150 mil, respectivamente.

Em termos de equipamentos e desempenho, porém, o carro elétrico de entrada da BYD no país tem como rival direto o modelo da GWM, apresentado ao mercado um pouco depois do Dolphin, durante o Festival Interlagos, em São Paulo.

O Ora 03, aliás, tem bateria maior (que gera mais autonomia), mais potência que o BYD e custa praticamente o mesmo preço do modelo avaliado neste review: R$ 150 mil x R$ 149,8 mil.

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BYD Dolphin: vale à pena?

Por tudo o que mostrou em minhas mãos durante os 7 dias de teste, o BYD Dolphin provou, na prática, o porquê é um fenômeno de vendas no Brasil. Além de ter um design diferenciado dos demais, não deve nada em desempenho, é econômico e oferece um pacote tecnológico bastante interessante.

Em um segmento que tende a ficar cada vez mais disputado, o hatch elétrico da montadora chinesa, que futuramente será produzido em solo brasileiro, parece ter chegado não apenas para disputar a liderança com os rivais, mas para ocupá-la por um bom tempo.

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O BYD está à venda em todo o Brasil pelo mesmo preço anunciado quando chegou ao país: R$ 149,8 mil.

* A unidade do BYD Dolphin avaliada neste review foi gentilmente emprestada à reportagem do Canaltech pela BYD Brasil